por paulo eneas
Em uma decisão histórica sem precedentes, o presidente norte-americano Donald Trump irá anunciar nessa quarta-feira a mudança da Embaixada dos Estados Unidos em Israel para a cidade de Jerusalém. A mudança significará que os Estados Unidos passarão a ser a primeira nação do mundo a reconhecer Jerusalém como a capital do Estado Israel. Mais do que o cumprimento de uma promessa de campanha, o anúncio da mudança da embaixada representará uma das mais profundas e significativas reorientações na política externa norte-americana no Oriente Médio e nas relações dos Estados Unidos com Israel.
A mudança representará o rompimento de décadas de uma orientação da política externa norte-americana no Oriente Médio que, ainda que indiretamente, conferia alguma legitimidade à descabida e ilegítima pretensão dos países muçulmanos da região de exercer alguma possessão ou soberania sobre a cidade israelense e judaica de Jerusalém. Essa pretensão por parte dos muçulmanos sobre a capital israelense, que foi transformada em Questão do Status de Jerusalém, sempre esteve presente nas encenações diplomáticas vendidas pela grande imprensa como negociações de paz.
A grande imprensa ocidental e muçulmana partem sempre da premissa falsa de que existe um processo de negociação de paz legítimo e inquestionável entre os israelenses e seus antagonistas muçulmanos, cujas interrupções quando ocorrem são de responsabilidade única e exclusiva de Israel ou dos Estados Unidos. Parte-se do pressuposto igualmente falso de que é possível haver uma negociação de paz em que integrantes de um dos lados da negociação, o lado muçulmano, tem a intenção deliberada e explícita de aniquilar e destruir o outro lado, o lado israelense.
Estas encenações sempre destinaram-se unicamente a ocultar a real natureza do conflito no Oriente Médio: a recusa dos regimes de ditaduras seculares ou teocráticas muçulmanas em reconhecer a legitimidade do Estado de Israel e a intenção, explícita ou velada, desses regimes e dos grupos terroristas islâmicos por eles financiados de aniquilar e destruir o estado e a sociedade israelense.
Com o reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado de Israel por parte dos Estados Unidos, a falsa questão do status da cidade santa, questão essa presente inclusive em documentos oficiais da ONU, deixa de existir em futuras encenações diplomáticas travestidas de negociações de paz, uma vez que o status da cidade deixará de ser objeto de discussão por parte dos dois principais interlocutores: americanos e israelenses.
A reação da grande imprensa e do mundo islâmico
Embora o anúncio oficial da decisão do governo americano esteja programado para ser feito nessa quarta-feira ao fim da tarde, a notícia já foi comunicada ao público por membros do governo americano nessa terça-feira à noite, e repercutiu em toda a grande imprensa internacional. Esta grande imprensa reagiu conforme o esperado, afirmando que esta decisão irá criar supostos obstáculos para futuras negociações de paz.
A falácia desse argumento reside justamente na negação ou no desconhecimento da real natureza de tais negociações de paz que, como dissemos acima, nunca passaram de encenações diplomáticas destinadas a deslegitimar a existência de Israel e a ocultar as intenções belicistas e genocidas de seus antagonistas muçulmanos, sejam eles os regimes de ditaduras locais ou seus braços armados terroristas.
Matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo na noite de terça-feira, assinada pela correspondente Claudia Trevisan, repete essa falácia de maneira quase ingênua ou possivelmente cínica. Por sua vez, o website da Al Jazeera, principal rede comunicação pró-muçulmana em língua inglesa do Oriente Médio, repetiu essencialmente a mesma narrativa encontrada no website do New York Times: a de que o anúncio do reconhecimento de Jerusalém como capital israelense encerrará o suposto processo de paz e dará início a um aumento das tensões na região, e que estes fatos serão responsabilidade exclusiva de Donald Trump.
Um derrota para os globalistas e seus aliados muçulmanos e comunistas
A relevância da decisão de Donald Trump poderá ser medida pela reação quase histérica que poderá ser observada hoje em toda a grande imprensa ocidental, que é profundamente anti-Israel e pró-muçulmana. A decisão cria um fato geopolítico novo e fortalece as relações históricas entre Estados Unidos e Israel, e que foram quase destruídas pela passagem do muçulmano socialista Barack Obama pela Casa Branca.
Do ponto de vista geopolítico mais geral, a decisão de Donald Trump impõe mais uma derrota aos globalistas e seus aliados comunistas e islâmicos, e abre o caminho para que outros países governados por coalizações anti-globalistas adotem a mesma medida, reconhecendo oficialmente a cidade Jerusalém como capital do Estado de Israel.
Por sua vez acreditamos que o Brasil, dando prosseguimento à sua diplomacia de anão iniciada na era petista e continuada no atual governo, dificilmente tomará qualquer posição nesse sentido. A nossa expectativa, conforme defendemos durante a Conferência do Crítica Nacional realizada na capital paulista em setembro passado, é que se a direita conservadora eleger o próximo presidente nas eleições do ano que vem, o país siga o mesmo caminho, honre suas raízes judaico-cristãs e a memória de Oswaldo Aranha, e reconheça a cidade Jerusalém como capital eterna e única do Estado de Israel.
Com a colaboração de Angelica Ca e com informações de Fox News, Al Jazeera, New York Times e O Estado de São Paulo. #CriticaNacional #TrueNews
Espetáculo de texto. Parabéns!
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