por paulo eneas
O problema da criminalidade no Brasil tornou-se grande e sério demais para ser tratado com os discursos e a linguagem do politicamente correto. Achar que a criminalidade vai ser resolvida com uma melhor gestão das políticas de segurança pública, ou com ações integradas e outros clichês esquerdistas e politicamente corretos como esses, é o mesmo que não querer resolver o problema.
Mais do que isso, apostar na via do politicamente correto é demonstrar ignorância em relação à origem e à causa última do aumento da criminalidade no país: as políticas públicas e o ordenamento jurídico na área de segurança impostos pela esquerda nas últimas décadas. Imposições essas que foram feitas com base nos mesmos pressupostos politicamente corretos que algumas figuras públicas ainda insistem em usar para apresentar suas não-soluções para o problema.
Um exemplo dessa abordagem que traz uma não-solução foi feita essa tarde por João Amoedo, candidato presidencial do Partido Novo. Em uma mensagem publicada no twitter, e que pode ser vista nesse link aqui, João Amoedo afirma: Segurança começa com bom senso. Antes disso, Amoedo tenta de maneira risível fazer guerra política com a direita, associando a um candidato que ele chama de chama de escandaloso a ideia muito presente na população de que bandido bom é bandido morto, oferecendo em contraposição a ideia de que bandido bom é bandido preso.
Dizer que bandido bom é bandido preso é o mesmo que dizer nada, pois as polícias militares e civis dos estados já fazem isso todo dia: as polícias prendem os bandidos, para no dia seguinte eles estarem nas ruas de novo. O que é preciso fazer é mudar o ordenamento jurídico, incluindo Código Penal e o Código de Execução Penal, para que o bandido condenado continue preso. Para isso é preciso acabar com as audiências de custódia, que além de serem base legal questionável, na prática extinguiram a gravidade da prisão em flagrante.
É necessário assegurar o excludente de ilicitude para policiais no exercício da função e para cidadãos comuns no exercício da legítima defesa. É necessário extinguir as progressões de pena, as saídas temporárias e os indultos. É necessário, acima de tudo, assegurar ao cidadão de bem o direito de ter acesso legal a armas de fogo. É necessário reduzir a maioridade penal, para que criminosos-mirins respondam pelos seus crimes. É necessário criminalizar de maneira dura o tráfico e também o consumo de drogas.
Estas demandas, e outras na área de segurança pública, não podem de modo algum serem reduzidas a um clichê politicamente correto que fala de bom senso. O enfrentamento à criminalidade no país passa pela compreensão, que vai muito além do bom senso, de que trata-se de um enfrentamento político: uma guerra política contra as correntes ideológicas de esquerda e globalistas que, sendo até aqui hegemônicas, colocaram o país na rota da criminalidade crescente, e de forma deliberada.
É nesse escopo de enfrentamento político e geopolítico que o problema da criminalidade precisa e deve ser tratado, e não com uma retórica politicamente correta que fala de um suposto bom senso. Principalmente quando o proponente dessa retórica possui recursos o bastante para pagar por seguranças armados privados sempre que julgar necessário. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews