por paulo eneas
Dois veículos de imprensa, ambos de viés conservador mas bem distintos entre si, publicaram essa semana reportagens mostrando a natureza desagregadora e desleal da atuação do Ministro Santos Cruz, chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. Tanto a matéria do website Estudos Nacionais quanto a do Avança Brasil, mostram como a atuação do ministro tem sido suspeita e está em franco desacordo com as diretrizes estabelecidas e com a ordem dada pelo Presidente Jair Bolsonaro.
O ministro tem exercido pressão sobre órgãos distintos do governo que não são vinculados a sua pasta, como o Ministério da Cidadania e o Ministério das Relações Exteriores, para atender seus interesses. O objetivo dessa pressão é afastar e exonerar membros desses ministérios nomeados pelos respectivos ministros, para colocar em seu lugar pessoas ligadas a ele. Em alguns desses casos, algumas dessas pessoas ligadas a Santos Cruz sequer atendem às qualificações necessárias para o cargo ou função.
Esse comportamento do ministro Santos Cruz está em flagrante desacordo com a diretriz estabelecida e com a ordem dada pelo Presidente Jair Bolsonaro, que assegurou a cada ministro a liberdade para formar suas equipes sem interferências políticas ou de qualquer outra natureza, muito menos interferência de ministros de outras pastas, cabendo obviamente ao presidente, e somente a ele, a última palavra em alguns casos específicos.
A atuação de Santos Cruz vem sempre acompanhada pelo seu interesse em renovar contratos que estes ministérios firmaram com empresas nos governos passados. No caso do Ministério da Cidadania, o ministro teria prometido a Ancine a renovação de contratos para eventos no exterior que beneficiariam unicamente artistas de esquerda, e que custariam em torno de doze milhões de reais aos cofres públicos.
No caso do Ministério das Relações Exteriores, o alvo da atuação de Santos Cruz é a diretora da Apex, Letícia Catelani. Ela foi a responsável por barrar no início desse ano a renovação de contrato da Apex com uma empresa investigada pela Lava Jato, conforme mostramos em detalhes no artigo Diretora Da Apex Pressionada Por Recusar Assinar Contrato Com Empresa Investigada Na Lava-Jato, que publicamos há poucas semanas.
Segundo nossas fontes, o objetivo de Santos Cruz ao forçar pela exoneração da diretora Letícia Catelani é, além de fazer a renovação do contrato com a empresa investigada pela Lava-Jato, atingir o Chanceler Ernesto Araújo. O chanceler tem mostrado ser o ministro mais alinhado e afinado com a agenda conservadora do Governo Bolsonaro, e vem promovendo uma bem-sucedida reorientação da política externa brasileira. No entanto, Santos Cruz deseja ver Ernesto Araújo fora do governo e tem agido para isso, ignorando a autoridade e a decisão do Presidente Bolsonaro.
A forma de atuação do ministro Santos Cruz é inaceitável e desleal, e não difere em nada das práticas igualmente desleais do ex-ministro Gustavo Bebianno, que teve vida curta no governo e foi exonerado pelo Presidente Bolsonaro. Todas as evidências indicam que Santos Cruz vem se tornando um novo Bebianno no governo e a continuar com essa conduta ele poderá ter o mesmo fim que teve o agora ex-ministro. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews