por angelica ca e paulo eneas
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, promulgou neste domingo (24/11) a lei que convoca novas eleições gerais no país. Em vídeo publicado em sua rede social também neste domingo, Jeanine Áñez agradeceu ao parlamento por ter ouvido e atendido a demanda popular, e afirmou que a lei promulgada permitirá que os bolivianos tenham eleições livres, justas e transparentes no menor tempo possível.
O plenário da Câmara dos Deputados da Bolívia aprovou por unanimidade no sábado (23/11) a lei de emergência para agilizar a convocação de novas eleições no país, e a enviou ao governo de transição de Jeanine Áñez para promulgação. O projeto de lei já havia sido aprovado no dia anterior pelo Senado boliviano.
A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, havia enviado na última quarta-feira (20/11) ao Congresso, projeto de lei para convocar eleições gerais com o objetivo de colocar fim a grave crise política que o país atravessa há mais de um mês, e que resultou na morte de 32 pessoas.
O projeto apresentado possui três pontos. O primeiro deles consiste na anulação das eleições de 20 de outubro, nas quais Evo Morales venceu de maneira fraudulenta. O segundo ponto é a formação de um novo tribunal eleitoral dentro de um período de quinze dias, com novos membros. O terceiro ponto dispõe que o tribunal será o responsável por convocar novas eleições.
O projeto de lei aprovado, ainda veda a participação no pleito de cidadãos que já exerceram dois mandatos consecutivos, limitando a reeleição. Esse dispositivo inviabiliza uma hipotética nova candidatura de Evo Morales, uma vez que o chefe cocaleiro do Foro de São Paulo/Grupo de Puebla exerceu o poder na Bolívia por 14 anos consecutivos.
Ainda de acordo com a lei aprovada, os novos ministros da nova corte eleitoral serão responsáveis por definir a data das eleições, que irão eleger o presidente, o vice-presidente e renovar todos os cento e trinta deputados e os trinta e seis senadores.
Uma comissão de auditoria da OEA informou em 10 de novembro que encontrou irregularidades graves no sistema de apuração e na contagem de votos da eleições de outubro, e recomendou a anulação do pleito e a renovação da justiça eleitoral boliviana. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews