por evandro pontes
Na noite de quarta-feira (08/04) o presidente Jair M. Bolsonaro fez o que talvez tenha sido o seu melhor pronunciamento como Presidente da República.
Jair foi sóbrio, foi duro, expressou tranquilidade e reafirmou cristalinamente a sua estratégia: equilibrar o combate ao vírus, cuja letalidade ainda é baixa, com o combate aos problemas advindos de uma grave crise econômica, esta, por incrível que possa parecer, com letalidade mais grave.
Desde o início da crise Jair apostou no tratamento por cloroquina e optou pelos riscos do tratamento do que os riscos de uma devastação econômica combinada com alta vulnerabilidade e ampla exposição da população.
De outro lado os governadores: defendem o abandono do remédio que já se mostrou eficaz até entre eles e pessoas do meio deles, a submissão a materiais profiláticos importados da China (nação que criou o problema e segue sonegando informações ao mundo), agravadas pelo confinamento, que ao invés de ajudar na imunização, atrapalha, tornando no médio prazo todos mais vulneráveis.
A experiência vem comprovando que Jair estava certo e que a sua medida tem potencial de salvar milhares de vidas e ao mesmo tempo retomar a economia de forma sadia e distante da histeria que tomou conta do mundo.
Nessa dicotomia Jair foi incisivo ao alocar a responsabilidade do quadro atual onde a pandemia do vírus mostra seus piores números nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro: governadores e prefeitos.
O efeito foi imediato, e ainda ontem o governo de São Paulo começou a mudar o discurso e construir uma narrativa favorável à cura que o próprio Presidente da República prega combinar-se com reclusão vertical para quem for grupo de risco: qual seja, uma solução racional e humana, de baixo risco e sob proteção de um grupo mais amplo que se dispõe a trabalhar a sustentar os vulneráveis.
Já o governador Dória dobrou a aposta na crise econômica estendendo o “Estado de Sítio Estadual” para o dia 22 de abril (data do descobrimento do Brasil, que há de ser novo marco em nossa história), além de intervir via Tribunal de Justiça em medidas que antecipam o pagamento de ICMS em plena crise, para que o empresário pague uma conta decorrente de um prejuízo gerado pelo próprio governador.
A postura de Jair Bolsonaro, pelo contrário, é um exemplo da essência do conservadorismo: quem pode assumir riscos se sacrifica por quem não pode, e é nas crises que se separam os espartanos dos atenienses.
Essa atitude de coragem transformou por completo a postura do Ministro da Saúde e dos governadores, daquele, aliados. É fato, inegável – Jair Bolsonaro tomou uma decisão que tem altíssimo potencial de salvar vidas e manter a economia razoavelmente sadia.
Quando tive a ideia de responder ao amigo Bernardo Küster aventando a possibilidade de candidatar Jair Bolsonaro para um Nobel da Paz, eu não fazia a menor ideia de que tanta gente no Brasil ia enxergar tão rapidamente que a paz é promovida por quem se esforça para salvar vidas.
Por mais óbvio que isso possa parecer e ainda que sob a fúria de questionamentos da esquerda, a ideia é conclusão lógica e conforme coloquei em minha conta nas redes sociais, ela começa a se desenhar, pois um requisito formal (nem sempre cumprido, como foram os casos de Al Gore e Obama) é um actual achievement, qual seja, uma realização concreta.
Dado que os números mais pessimistas pairavam na casa de 1 milhão de mortos, previsão que nunca se materializou, é possível mensurar quantas pessoas em grupo de risco se salvaram meramente tendo tomado o caminho do fármaco. Mas essa não seria uma conta honesta, pois partiria de uma premissa desonesta – tem valor retórico, não estatístico.
Essa estimativa de vidas salvas e dado que o número de casos já passa dos 16 mil, pode ser considerada de certa forma na medida em que, portanto, ao menos metade são de vidas salvas (contabilizando aqui algo em torno de 50% de grupo de risco). Um bom trabalho do Ministério da Saúde para apurar esses dados, independentemente do Nobel, é algo que o Brasil e o mundo precisam saber.
Quiçá possa Jair Bolsonaro, ainda, liderar uma ação global de combate ao vírus e ajudar as nações irmãs de Israel, EUA, Espanha e Itália a saírem da situação complicada em que se encontram, o que poderia tornar o Nobel a ele algo inevitável.
Sei que a ideia de Jair Bolsonaro como candidato ao Nobel da Paz por conta de sua solução para essa crise sanitária incomoda muita gente – mas de absurda essa ideia nada tem. Não só é plausível como, acima de tudo, justa. E isso não começou com hashtag alguma: começou no pronunciamento à nação de 8 de abril de 2020.