por redação
O chanceler Ernesto Araújo manifestou-se nesta quinta-feira (07/01) em sua rede social a respeito da invasão da sede do Congresso dos Estados Unidos ocorrida na tarde de ontem e que resultou na morte de quatro pessoas, além das enormes implicações que teve para o desfecho da sessão do Congresso que ocorria naquele momento e que terminou por confirmar Joe Biden como o próximo presidente norte-americano. A íntegra do texto publicado pelo chanceler brasileiro pode ser lida abaixo:

  • Há que lamentar e condenar a invasão da sede do Congresso ocorrida nos EUA ontem.
  • Há que investigar se houve participação de elementos infiltrados na invasão.
  • Há que deplorar e investigar a morte de 4 pessoas incluindo uma manifestante atingida por um tiro dentro do Congresso.
  • Há que reconhecer que grande parte do povo americano se sente agredida e traída por sua classe política e desconfia do processo eleitoral.
  • Há que distinguir “processo eleitoral” e “democracia”. Duvidar da idoneidade de um processo eleitoral não significa rejeitar a democracia. Ao contrário, uma democracia saudável requer, como condição essencial, a confiança da população na idoneidade do processo eleitoral.
  • Há que parar de chamar “fascistas” a cidadãos de bem quando se manifestam contra elementos do sistema político ou integrantes das instituições. Deslegitimar o povo na rua e nas redes só serve para manter estruturas de poder não democráticas e seus circuitos de interesse.
  • Há que perguntar, a propósito, por que razão a crítica a autoridades do Executivo deve considerar-se algo normal, mas a crítica a integrantes do Legislativo ou do Judiciário é enquadrada como atentado contra a democracia.
  • Nada justifica uma invasão como a ocorrida ontem. Mas ao mesmo tempo nada justifica, numa democracia, o desrespeito ao povo por parte das instituições ou daqueles que as controlam.
  • O direito do povo de exigir o bom funcionamento de suas instituições é sagrado. Que os fatos de ontem em Washington não sirvam de pretexto, nos EUA ou em qualquer país, para colocar qualquer instituição acima do escrutínio popular.