camila abdo e paulo eneas
Caminhoneiros promoveram na manhã desta quarta-feira (27/01) na capital paulista uma manifestação em forma de buzinaço contra o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) determinado pelo proto-ditador tucano João Doria.

Por volta das oito horas da manhã, os veículos concentraram-se em frente ao Estádio Municipal do Pacaembu e saíram em direção a quatro locais: o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual; a sede da Secretaria da Fazenda, e em direção às avenidas marginais do Rio Pinheiros e do Rio Tietê.

O aumento do ICMS foi determinado no ano passado, quando o tucano João Doria conseguiu aprovar um pacote de ajuste fiscal na Assembleia Legislativa de São Paulo visando aumentar a arrecadação estadual. A justificativa apresentada foi a queda das receitas tributárias em decorrência da redução das atividades econômicas.

Ocorre que esta redução nas atividades econômicas deveu-se exclusivamente ao próprio governador tucano, que impôs medidas de restrição ao comércio e outras atividades para supostamente combater a pandemia do vírus chinês.

Estas medidas surtiram efeito nulo no que diz respeito à pandemia, uma vez que não existe evidência científica alguma de que pode-se combater a propagação de um vírus trancando as pessoas dentro de casa e interrompendo as atividades econômicas.

O único efeito concreto destas medidas de restrição foi a queda da atividade econômica, com falências e aumento do desemprego no Estado. Ao promover o aumento de impostos estaduais, João Doria tão somente oferece uma solução amarga para um problema que ele mesmo criou.

A proposta de aumento geral de impostos foi derrotada na época, por conta da forte reação da sociedade. No entanto, foram mantidos os aumentos de tributos para outros produtos, como a carne, o leite e o feijão, itens essenciais da cesta básica. O protesto desta quarta-feira teve por alvo exatamente estes aumentos.

Mediante o protesto dos transportadores de carga autônomos, o proto-ditador João Doria optou não por dialogar, mas acusar os manifestantes de agirem politicamente e de estarem ligados aos bolsonaristas. Ou seja, mais uma vez João Doria politiza de maneira cínica e dissimulada uma questão que diz respeito diretamente à sua péssima e desastrada gestão à frente do Estado mais rico da Nação.