por angelica ca e paulo eneas
O rede social Twitter recusou-se a remover um conteúdo de abuso sexual infantil envolvendo um adolescente norte-americano, apesar de a advogada da vítima ter entrado em contato com a empresa solicitando a remoção. O Twitter não apenas recusou-se a remover o conteúdo abusivo, como obteve lucros com as milhares de visualizações obtidas.
A revelação foi feita na semana passada pela advogada Lisa Haba, do estado norte-americano da Florida, segundo informou o jornal The Epoch Times. A vítima, John Doe, tinha apenas 13 anos quando o episódio ocorreu. Após o twitter ter sido notificado pela advogada, a empresa respondeu afirmando: “não consideramos isso uma violação de nossas políticas e não vamos tomar nenhuma medida”.
John Doe, hoje com 17 anos, é residente da Flórida. Quando ele tinha 13 anos foi alvo da ação de produtores e divulgadores de pornografia infantil por meio do aplicativo Snapchat. O criminoso se fez passar por uma garota de 16 anos. A vítima foi manipulada e convencida a enviar fotos suas estando nu. Depois de receber as fotos, os criminosos passaram a chantageá-lo, ameaçando enviar as fotos para sua família, seu pastor, escola e outros.
“A criança tentou por muito tempo apaziguar os criminoso, concordando com suas demandas”, afirmou a advogada Lisa Haba, que informa também que a chantagem cessou quando os criminosos exigiram encontrar-se com a vítima pessoalmente, e ela recusou-se.
Os vídeos divulgados no twitter contendo as fotos acumularam mais de 167.000 visualizações e mais de 2.200 retuítes, até que as autoridades públicas passaram a exigir do Twitter a remoção. Apesar de o Twitter afirmar que a empresa possui tolerância zero com pornografia infantil, a advogada da vítima afirma que as ações da empresa não correspondem ao que é afirmado.
“Quando nosso cliente pediu que retirassem o material, a empresa simplesmente recusou-se a fazê-lo, e esta tem sido basicamente a essência desta ação judicial”, acrescentou Lisa Haba, referindo-se à ação movida no Tribunal Distrital dos Estados Unidos do Distrito Norte da Califórnia. A ação é levada em conjunto com o National Center on Sexual Exploitation.
Lisa Haba disse que o Twitter lucrou com os vídeos de abuso de seu cliente. “Quando você olha a estrutura de lucro que o Twitter tem, eles lucram cada vez que esses vídeos são disseminados, retuitados e vistos. Há um enorme incentivo de publicidade e incentivo para que esses conteúdos permaneçam no ar. Portanto, o Twitter certamente estava lucrando com a exploração de John Doe”, afirmou Lisa Haba. Informações de Christian Post e Epoch Times.