por paulo eneas
A política externa brasileira sofreu uma guinada de cento e oitenta graus com a saída do ministro Ernesto Araújo por exigência de uma ala do centrão capitaneada pela senadora Katia Abreu (PP-TO), e também por exigência do Partido Comunista Chinês por intermédio de seu agente político que atua no Brasil blindado por credenciais diplomáticas, o embaixador Yang Wanming.
No lugar de Ernesto Araújo, veio o tucano Carlos França, que tem dado todos os sinais de que a política externa brasileira poderá retroceder ao período petista em que o Brasil era chamado de anão diplomático, por conta das relações privilegiadas que a diplomacia brasileira mantinha com regimes de ditadura e com nações párias como o Irã, o principal financiador do terrorismo muçulmano no mundo inteiro.
Se o Brasil ainda não retrocedeu à condição de anão diplomático após a saída de Ernesto Araújo, é por que o seu legado nos dois anos e três meses em que esteve à frente do Itamaraty é robusto o bastante para impedir que isso ocorra de modo tão rápido. Mas a gestão desastrosa e vergonhosa de Carlos França à frente de nossa chancelaria parece estar levando o país nesta direção.
Desde a semana passada circulam informações de que o Brasil poderá rever a posição até aqui adotada em relação à ditadura narco-comunista venezuelana, promovendo na prática uma aproximação da diplomacia brasileira com o regime genocida do país vizinho. Regime este que, entre outros, levou milhares de venezuelanos a fugirem para Roraima, causando um crise social naquele Estado.
Esta mudança de diretriz da diplomacia brasileira em relação à ditadura de Nicolás Maduro atenderia à exigência do Partido Comunista Chinês que, ao lado dos russos, tem na Venezuela o seu proxy: termo que designa a condição em que um país, no caso a Venezuela, torna-se instrumento e marionete dos interesses geopolíticos de potências estrangeiras. No caso, a Rússia e a China.
A Venezuela já é há alguns anos um campo de operação de organizações terroristas muçulmanas, especialmente o Hezbollah, que é controlado pelo Irã, que por sua vez opera como proxy da Russia no Oriente Médio. O país dos aiatolás é o principal inimigo de Israel naquela região, além de possuir um programa de armas nucleares que poderá ser reativado com endosso do impostor Joe Biden.
O primeiro passo para reaproximação da diplomacia brasileira pró-China chefiada pelo tucano Carlos França com a ditadura venezuelana seria a reabertura do Consulado Geral do Brasil em Caracas, capital venezuelana. O consulado havia sido fechado em abril do ano passado em decisão acertada do chanceler Ernesto Araújo.
A possibilidade de reabertura do consulado foi divulgada nesta segunda-feira (17/05) por Lauro Jardim, do jornal O Globo, e foi confirmado por fontes independentes do Crítica Nacional.
Lauro Jardim é hoje um dos jornalistas mais bem informados sobre os bastidores do governo federal, uma vez que vários setores do governo promovem deliberadamente vazamentos e briefings seletivos em favor dos principais veículos da grande imprensa inimigos do Presidente Bolsonaro.
Resta saber se o presidente, após duas gigantescas manifestações populares em seu apoio em apenas duas semanas, irá permitir que sob seu governo o Brasil volte a ser o anão diplomático que foi na era petista. Acreditamos que não, e esperamos que o presidente corrija o erro de ter exonerado Ernesto Araújo e retome as rédeas da bem-sucedida política externa soberana brasileira que era conduzida pelo seu ex-chanceler conservador.
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