por paulo eneas
O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, decidiu nesta terça-feira (29/06) suspender temporariamente o contrato firmado entre o Ministério da Saúde e farmacêutica indiana Bharat Biotech para a importação das vacinas covaxin. Segundo o ministro, “não é mais oportuno importar as vacinas neste momento”.
Ainda segundo o ministro, a decisão de suspender o contrato segue recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU), chefiada por Wagner Rosário, que estava a lado do ministro Marcelo Queiroga na entrevista coletiva em que confirmou a suspensão. Segundo o chefe da CGU, o órgão irá investigar o processo de compra das vacinas da Bharat Biotech.
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União afirmou também que a suspensão do contrato é uma “medida simplesmente preventiva, visto que existem denúncias que não conseguiu (sic) ser bem explicada pelo denunciante”. Wagner Rosário afirmou que a suspensão irá durar apenas o tempo da investigação a ser conduzida pela CGU, que será em torno de dez dias.
A decisão de suspensão do contrato com a Bharat Biotech vem logo após denúncias não comprovadas feitas na semana passada pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) sobre supostas irregularidades na aquisição de tais vacinas. O deputado até agora não exibiu provas de suas denúncias, nem mesmo em seu depoimento à CPI da Covid no Senado Federal.
O contrato entre o Ministério da Saúde e a Bharat Biotech foi firmado em fevereiro deste ano e prevê a entrega ao Brasil de 20 milhões de doses da vacina covaxin. O preço das vacinas fixado em contrato é de US$ 15.00 por unidade de dose. Esse valor corresponde ao piso da faixa de preços de exportação tabelados praticada pela Bharat Biotech, conforme consta em seu website.