por paulo eneas
O ataque que o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), fez às Forças Armadas esta semana ensejou uma resposta que foi além da nota de repúdio emitida pelo Ministério da Defesa. A resposta mais significativa veio na forma de uma entrevista concedida pelo Comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior, ao jornal O Globo nesta sexta-feira (09/07).
Entre as declarações protocolares e formais esperadas, o brigadeiro deu um recado claro e direto ao senador Omar Aziz. Disse que “os militares vão agir” caso continuem os ataques levianos que tem sido orquestrados pela esquerda e pelo establishment político, ambos blindados e protegidos pela grande imprensa, contra os militares.
O Comandante da Aeronáutica afirmou também que a nota de repúdio publicada esta semana pelo Ministério da Defesa foi apenas um aviso: “não enviaremos cinquenta notas para ele, é apenas esta”.
A menção a “cinquenta notas” foi uma referência à afirmação feita esta semana do microfone do plenário do Senado Federal pelo senador Omar Aziz que, demonstrando desdém e sentindo-se à vontade para até mesmo desafiar as autoridades militares, disse que [os militares] podem “fazer cinquenta notas [de repúdio] contra mim”.
Em outro trecho da entrevista, ao comentar as acusações de ameaças que as Forças Armadas teriam supostamente feito à CPI da Pandemia, o Comandante da Aeronáutica foi cirúrgico na resposta: “homem armado não faz ameaça”, afirmou. Por fim, o tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Junior questionou a natureza do trabalho em andamento na CPI da Pandemia, afirmando que o povo irá decidir se “aquilo lá é investigação”.
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Na edição desta quinta-feira do Jornal Crítica Nacional tratamos justamente da ausência de limites institucionais na CPI da Pandemia, cujos trabalhos têm sido realizados sem a estrita observância da lei e memo da Constituição Federal.