A desgraça política da América Latina é sua direita centrista, politicamente correta e covarde, que quando chega ao poder não combate os inimigos, preparando assim o caminho para volta da esquerda.
por paulo eneas
A América Latina padece de uma desgraça política de implicações tão graves quanto o crime organizado associado ao narcotráfico que domina o subcontinente: esta desgraça atende pelo nome de pseudo-direita centrista politicamente correta e permitida, ainda que o vocábulo “direita” seja empregado aqui por abuso de linguagem. Pois o mais apropriado seria chamar esta pseudo-direita de puxadinho envergonhado do establishment político de cada país onde ela está presente.
Quando está no poder, esta pseudo-direita centrista politicamente correta e permitida cede ao feminismo por medo de ser chamada de machista, pois ela acredita realmente que existe uma coisa chamada “machismo”, cujo significado é justamente aquele que é dado pelos revolucionários e progressistas em geral do women’s lib.
Estando no poder, esta pseudo-direita abraça as pautas da ideologia identitária e de gênero, pois tem pavor de ser tachada de “homofóbica”, vocábulo também criado pelo movimento revolucionário para blindar sua agenda identitária de qualquer tipo de questionamento.
A pseudo-direita não apenas legitima, como confere materialidade e substância a este elemento discursivo artificial criado pela esquerda para fins de guerra cultural e de indução comportamental na esfera semântica. E faz isso para mostrar aos seus inimigos que ela é “inclusiva” e que possui “responsabilidade social”.
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A pseudo-direita latino-americana, quando está no poder, decide não combater seus inimigos por ter medo de ser tachada de “antidemocrática”. Pela mesma razão, esta pseudo-direita invariavelmente deixa de exercer este poder em sua plenitude pois entende que o exercício da autoridade é o mesmo que autoritarismo. Exatamente como a esquerda ensinou que se deve fazer, exceto quando ela (a esquerda) está no poder.
Esta mesma pseudo-direita costuma exibir “macheza” quando resolve dar vazão ao seu antiamericanismo ainda presente nos filamentos terceiro-mundistas de seu DNA, fruto de uma contaminação ideológica causada por páginas não esquecidas da geleânica As Veias Abertas da América Latina. Mas mostra-se uma mocinha dócil e obediente diante do imperialismo do Partido Comunista Chinês e acredita realmente que o ditador Vladimir Putin é o bastião do conservadorismo universal.
A pseudo-direita centrista latino-americana esforça-se ao máximo em parecer indistinguível do establishment político que ela sempre promete combater a cada eleição, para desta forma mostrar que estamos errados, e que ela não é só um puxadinho, mas uma edícula de luxo deste mesmo establishment, com banheiro azulejado e entrada independente.
A nossa pseudo-direita tropical e subtropical transforma a covardia em virtude por meio da “ressignificação” da ideia de pragmatismo. Este deixa de ser a habilidade em tomar ações efetivas para implementar políticas baseadas em princípios e valores, para tornar-se a senha e a licença para abrir mão de qualquer valor ou princípio e fazer exatamente o que a esquerda e o establishment mandam.
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Durante cada eleição, esta pseudo-direita toma emprestado retoricamente a demanda liberal por menos assistencialismo estatal para conquistar os corações e mentes do eleitor conservador. Mas estando no poder e pautada pelo politicamente correto, esta pseudo-direita apressa-se em mostrar que ela pode oferecer tanto assistencialismo estatal quanto a esquerda.
A pseudo-direita latino-americana é incapaz de enfrentar os interesses monopolistas para assegurar uma plena economia de mercado. Ela rende-se facilmente a fórmulas keynesianas, flerta com subsídios e pode até mesmo eleger novos campeões nacionais se necessário, mas é incapaz de adotar um programa econômico liberal clássico por meio do enfrentamento efetivo aos grupos monopolistas, mostrando assim possuir laços com interesses escusos associados aos “donos” da economia do país.
No plano do embate político e ideológico, a pseudo-direita centrista latino-americana é carente de reconhecimento e aprovação por parte de seus inimigos, a quem ela procura sempre agradar por meio de inúmeras concessões, esperando assim que estes inimigos tornem-se amigáveis e desta forma deixem esta pseudo-direita exercer sua covardia em paz.
Ocorre que esta pseudo-direita esquece de combinar este apaziguamento com seus inimigos amigáveis-wannabe, e quanto mais concessões são feitas, mais estes inimigos a atacam e invariavelmente a derrotam e a perseguem na eleição seguinte. Desta forma, estes inimigos nem um pouco amigáveis não permitem a esta pseudo-direita centrista nem mesmo desfrutar em sossego de sua Síndrome de Estocolmo.
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Como um anjo maldito que bate à porta de cada casa da rua, este espectro da pseudo-direita centrista já visitou a Argentina sob o governo de Maurício Macri, o Chile sob a presidência do covarde-padrão latino-americano Sebastian Piñera, a Bolívia sob a agora prisioneira Jeanine Áñez.
Em todos os países onde chegou ao poder, tudo o que esta pseudo-direita centrista e covarde conseguiu, com seus complexos de edícula de luxo e suas Síndromes de Estocolmo, foi fragilizar ainda mais a soberania destas nações, destruir e desarticular qualquer movimento de direita autêntica conservadora soberanista e preparar o caminho para a volta da esquerda.
Esta pseudo-direita centrista, refém do politicamente correto e de suas covardias derivadas da ausência de uma espinha dorsal ideológica e moral, precisa ser banida da vida política do continente latino-americano, para que seu lugar seja ocupado por uma genuína direita conservadora e soberanista, dotada de consistência ideológica e princípios e balizas morais inegociáveis, que guiem sua atuação política.
Esta necessidade é ainda mais premente no Brasil, para que o desenrolar dos eventos políticos futuros não venham revelar que o País também tenha sido uma das casas da rua visitadas pelo mesmo anjo maldito que assolou o continente latino-americano nos anos recentes.
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