por paulo eneas
O debate entre os candidatos a Governador do Estado de São Paulo realizado nesse domingo (07/08) pela Rede Bandeirantes mostrou os principais postulantes despreparados e fazendo abordagens superficiais sobre os temas mais importantes que afetam a vida dos paulistas.
Nenhum dos candidatos teve competência para apresentar propostas concretas, para além dos clichês e frases de efeito que vemos a cada quatro anos, sobre os problemas crônicos envolvendo a segurança pública, as liberdades e direitos fundamentais, educação e recuperação e dinamização da economia do Estado.
A pobreza do debate pode ser medida pelos temas que ficaram ausentes dele. Nenhum candidato comprometeu-se a não adotar o passaporte sanitário e promover a supressão de direitos civis, incluindo o direito ao trabalho, de pessoas que não tomaram as “vacinas” contra o coronavírus.
Nenhum candidato apresentou proposta inovadora, baseada em experiências internacionais bem-sucedidas, para o efetivo combate ao crime organizado. O que mostra que a rigor nenhum dos postulantes está seriamente comprometido com o tema, nenhum está estudando seriamente o assunto para elaborar propostas de governo.
Nenhum candidato comprometeu-se a combater os monopólios presentes no Estado, nem apresentou proposta de reestruturação tributária para o combate a este monopólios e o estímulo à livre iniciativa e à concorrência no setores monopolizados. Um indicador claro de que estes candidatos desconhecem este problema, ou são coniventes com eles.
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A mesmice esquerdista sobre as cracolândias
Nenhum candidato apresentou proposta concreta para o problema das cracolândias. Todos, sem exceção, repetiram os mesmos clichês declaratórios de intenções, sem exibir planos concretos para resolver o problema.
Todos repetiram a falácia que os viciados em crack precisam ser amparados pela assistência social, ignorando que o problema destas pessoas não é de assistência social, mas de saúde e tratamento médico, compulsório se necessário, com o devido respaldo legal.
Tarcísio de Freitas mostrou-se totalmente alheio ao tema, ao usar a frase de efeito “união de políticas públicas”, para dizer o mesmo que os demais. Tarcísio falou ainda em políticas de moradia, como se alguém se tornasse viciado por não ter onde morar, quando na verdade ocorre o oposto: grande parte dos viciados que vivem nas cracolândias eram pessoas comuns, com residência, trabalho e família, e que foram para as ruas em decorrência da destruição da vida pessoal que o crack acarreta.
O fato é que as cracolândias são um problema maior do que parece: além das cracolândias conhecidas, existem as cracolândias “invisíveis” nos bairros das grandes e médias cidades. Estes enclaves urbanos de pessoas doentes e de vidas destruídas pela dependência do crack são o retrato semivivo, ou quase morto, da arma química que o crack representa.
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Nenhum candidato mostrou-se qualificado para compreender este problema em profundidade e muito menos estar qualificado para enfrentá-lo. O petista Fernando Haddad teve o acinte de falar em trazer de volta, sem mencionar o nome, o programa Braços Abertos, adotado em sua gestão como o pior prefeito paulistano.
Este programa, adotado segundo o conceito esquerdista de “redução de danos”, que significa admitir uma certa tolerância com o consumo da droga, cabendo ao poder público promover políticas assistencialistas para supostamente reduzir os danos aos viciados, na verdade serviu como espécie de salvo-conduto para que viciados pudessem “exercer seu direito” de continuar consumindo o crack sem serem importunados.
De um modo geral, o debate foi um show permanente de afetações. O tucano Rodrigo Garcia procurou o tempo todo emular a figura de Geraldo Alckmin, por meio de sua “fala mansa”. Tarcísio de Freitas, inexplicavelmente, parece estar empenhando em assemelhar-se a João Doria na sua estratégia de comunicação, e de todos mostrou-se o menos seguro e o mais generalista em suas falas.
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Ao ser questionado por Vinícius Poit que, assim como Tarcísio, já serviu aos governos petistas, sobre suas alianças com políticos do Centrão condenados por corrupção, Tarcísio de Freitas não deu resposta satisfatória e limitou-se a dizer que o Presidente Bolsonaro não interferiu politicamente em sua gestão no Ministério da Infraestrutura.
Ao questionar Rodrigo Garcia sobre apadrinhamento político, Tarcísio de Freitas teve que ouvir do tucano que ele, Tarcísio, veio como candidato a Governador de São Paulo por ordem do presidente, tendo que abrir mão de seus planos de disputar o Senado pelo Estado de Goiás. Nesse episódio, bem como no embate com Poit, Tarcísio mostrou não estar preparado para certos confrontos políticos que se propõe a fazer.
Chamou também a atenção do fato de o candidato bolsonarista ter feito poucas menções ao Presidente Bolsonaro e ao seu governo, inclusive quando questionado sobre políticas educacionais. Tarcísio não dignou-se a mencionar as inovações promovidas pelo Governo Federal na educação básica e incorporá-las ao seu plano de governo. Talvez por que tais inovações tenham sido feitas por Abraham Weintraub.
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