Em live organizada por uma entidade globalista, general faz a defesa das urnas eletrônicas, mesmo admitindo ainda não compreender muito bem como elas funcionam, e fala em combater as supostas fake news pelos órgãos do judiciário.
por paulo eneas
A internet e as redes sociais mudaram a imprensa e o perfil das eleições, e o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal estão debruçados sobre o problema das fake news. A afirmação foi feita na última sexta-feira (17/12) em uma live pelo general Fernando de Azevedo Silva, ex-ministro da Defesa do Presidente Bolsonaro e que em breve exercerá a função de diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral, a convite dos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin.
A fala do general, que já foi assessor do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, antes de assumir o Ministério da Defesa, está em linha com falas recentes dos ministros das cortes superiores a respeito do uso da internet como ferramenta para o exercício da liberdade de expressão.
Este uso vem sendo balizado por meio da noção de suposta disseminação de fake news, expressão que designa uma prática que tem sido considerada ilegal, ainda que não esteja tipificada em nosso Código Penal.
A despeito desta ausência de tipificação, a alegação de suposta disseminação de fake news vem sendo utilizada para banir de circulação determinadas opiniões sobre assuntos de interesse público, havendo ainda o risco de potencial penalização criminal das pessoas que sustentam tais opiniões banidas.
As própria redes sociais já vem exercendo esse banimento de determinadas opiniões e pontos de vista sob a alegação de suposta disseminação de fake news. Esse banimento, que constitui-se em censura à liberdade de expressão, ocorre sem que nenhum ente de poder constituído adote medidas para impedir esta flagrante ilegalidade.
Sobre a urna eletrônica, o general foi taxativo: “vai ser ela [a urna eletrônica] que vai conduzir a eleição, não tem de se discutir mais”. O general admitiu não ter um entendimento profundo sobre o mecanismo de funcionamento das urnas, apesar de ser o futuro responsável pelo departamento encarregado das próprias urnas.
Logo após as Manifestações de Sete de Setembro, o Presidente Bolsonaro veio a público dizer que não havia mais razões para questionar e propor mudanças no sistema eleitoral, e desta forma sepultou uma das mais antigas demandas do movimentos cívicos dos últimos anos que era justamente a demanda pelo voto impresso.
A live da qual participou o general Fernando Azevedo foi organizada pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa, uma entidade que apresenta-se como “uma organização independente cuja missão é promover o debate democrático e pluralista para aperfeiçoar a interação entre os setores público e privado no Brasil”.
Dentre as personalidades públicas vinculadas à entidade estão o petista Jorge Viana, ex-governador e ex-senador pelo Estado do Acre, o general da reserva Sérgio Etchegoyen, Raul Jungman, ex-ministro da Defesa do governo de Michel Temer, e Ana de Hollanda ex-ministra da Cultura da ex-presidente petista Dilma Rousseff.
Também são vinculados à entidade o líder do MTST Guilherme Boulos, o historiador Luiz Felipe de Alencastro, o ex-deputado federal Wadih Damous, autor de um texto no próprio site da instituição intitulado “Lula é inocente e ponto final”, entre outros nomes, quase todos ligados a segmentos progressista de esquerda do meio acadêmico ou artístico.
O website do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa traz várias áreas de atuação da instituição, com ênfase em segurança e meio ambiente, com abordagens alinhadas com Agenda 2030 da ONU. Foi nesse ambiente, próprio de uma entidade globalista, que o futuro diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral foi abordar o tema de redes sociais, urnas eletrônicas e supostas fake news. Fonte: Revista Oeste.
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