O Desafio de Identificar e Fazer Frente Ao Projeto de Poder dos Globalistas Ocidentais e Salvaguardar as Liberdades e a Soberania Nacional

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O enfrentamento ao projeto de poder globalista demanda uma autêntica liderança política soberanista, com um sentido claro de missão e que seja capaz de identificar e de abandonar certos pressupostos liberais que servem de isca ou de backdoor para a agenda globalista.


por paulo eneas
O principal desafio pelo qual a civilização ocidental vem passando já há décadas é exatamente o da sua sobrevivência e perpetuação como civilização. O projeto de poder globalista, também chamado de Nova Ordem Mundial, foi por muito tempo visto como teoria conspiratória, mas hoje evidencia-se de forma clara por meio da homogeneidade de medidas autoritárias adotadas no contexto da pandemia do vírus chinês.

Este projeto tem como linhas gerais o banimento das soberanias nacionais, o fim das liberdades individuais e o consequente ou concomitante fim da chamada experiência de democracia moderna ocidental, com a concentração do poder político-econômico, e também militar, em uma burocracia transnacional não eleita ancorada nas instituições transnacionais já existentes, especialmente as Nações Unidas e suas agências.

Os agentes deste projeto são as grandes corporações metacapitalistas bilionárias e as fundações a elas associadas, bem como a infinidade de meios de ação que estes agentes controlam, como a grande imprensa, as instituições de produção acadêmica e científica e, no âmbito da formação do imaginário, também as instituições de produção de cultura e entretenimento.

Mais do que um projeto de poder, os globalistas aspiram um projeto civilizacional, que para ser implantado implica em solapar as bases da civilização ocidental, especialmente seus fundamentos morais de base cristã. Daí decorre o intenso esforço de demonização da família, que tem na agenda identitária seu principal instrumento, bem como o empenho em pautas adicionais que visam esse fim, como a liberalização do consumo de drogas, fim do direito à legítima defesa, entre outros.

Além disso, os globalistas têm no movimento revolucionário seus agentes terceirizados, que são financiados para atuar politicamente em favor deste projeto. Estes revolucionários de estirpe frankfurtiana atuam empregando a velha retórica do suposto enfrentamento ao “grande capital”, ao mesmo tempo em que defendem e implementam todas as políticas e ideologias que interessam a este mesmo “grande capital”.

Isto ficou evidenciado neste período da pandemia, onde a ação das forças políticas de esquerda, seja nos governos que controla ou nos meio de comunicação, foi toda ela no sentido de atender aos interesses da indústria farmacêutica internacional, um dos braços mais poderosos de toda a elite globalista.

O principal desafio a ser enfrentado em cada país é identificar os agentes políticos locais deste projeto globalista. Pois ao contrário de tempos passados, quando um país era dominado por agentes externos que agiam de fora para dentro por meio da força militar, o globalismo vem sendo implementado a partir de dentro de cada país, pelos agentes políticos e econômicos locais comprometidos com este projeto.

Os agentes do projeto globalista no Brasil
Os principais agentes políticos do projeto globalista no Brasil são os tucanos, ainda que não se limite a eles. Fernando Henrique Cardoso foi a principal vocalizador deste projeto ainda no final do século passado, quando o globalismo era apresentado sob o rótulo elegante de multilateralismo que teria como uma de suas metas apenas uma inofensiva preocupação de dar voz às nações menos poderosas no cenário geopolítico.

Para além de sua atuação como intelectual, Fernando Henrique Cardoso, quando na chefia do governo, também promoveu mudanças na estrutura do Estado brasileiro que sedimentaram o caminho para o avanço deste projeto. Uma destas mudanças foi a criação de agências reguladoras em diversas áreas da infraestrutura nacional e das políticas públicas.

Sob a roupagem de órgãos estritamente técnicos e “livre de ingerência política”, as agências reguladoras tornaram-se na verdade centros de poder, com capacidade de tomar decisões que afetam a vida de toda a população sem que seus integrantes, não eleitos, precisem prestar contas a esta população.

Afinal, as decisões destas agências são por pressuposto decisões estritamente técnico-científicas e não precisam passar pelo crivo da aprovação ou não daqueles que serão afetados por elas. É a consagração do poder da tecnocracia não eleita, que está na essência de um projeto de poder globalista.

Juntamente com estas iniciativas, veio todo um repertório que expressa, às vezes de maneira sutil, as aspirações globalistas. Passou-se a falar em sustentabilidade, regras ou normas de compliance, governança, termos de uso, responsabilidade ambiental ou social e outros, que sempre remetem à legitimação indireta de um poder ancorado numa tecnocracia.

Obviamente, os tucanos não são os únicos agentes políticos dos globalistas no Brasil. Da mesma forma, os agentes do globalismo não são unicamente atores políticos: há também os agentes na mídia, no meio empresarial e artístico, além do acadêmico.

No âmbito estrito da política, outras figuras públicas, como o ex-juiz Sérgio Moro, que pode ser chamado de tucano filiado ao Podemos, é sem dúvida o agente político que, mais do que João Doria, melhor encarna este projeto globalista no Brasil.

Como um país pode fazer frente ao projeto de poder dos globalistas
Nenhum país ocidental conseguiu até o momento fazer frente à agenda dos globalistas. Donald Trump fracassou nesta missão nos Estados Unidos e foi derrotado. As dificuldades do Presidente Bolsonaro no Brasil são visíveis e saltam aos olhos, principalmente considerando que as principais instituições de Estado nacionais são ocupadas por agentes diretos ou indiretos deste projeto.

Outros países cujas lideranças pareciam oferecer resistência a aspectos do projeto de poder dos globalistas, como Hungria ou o Estado de Israel sob o governo de Benjamin Netanyahu, sucumbiram ao imperialismo chinês ou à ditadura sanitária dos próprios globalistas ocidentais. Não temos até o momento um “case” de um país que tenha conseguido brecar esta agenda por meio da reafirmação plena de sua soberania nacional.

Por outro lado, é ilusório acreditar que somente o povo por si conseguirá fazer frente a esta agenda. O povo, em cada país, poderá no máximo protestar e reagir contra seus respectivos governantes que implementam esta agenda, como temos visto nas manifestações dos europeus contra o passaporte sanitário e a vacinação compulsória. No entanto, o mais provável é que estes protestos não consigam reverter o avanço da ditadura sanitária nestes países.

O enfrentamento a esta agenda globalista passa necessariamente pelo surgimento em cada país de uma autêntica liderança política de viés soberanista, com um sentido claro de missão e que entenda os desafios a serem enfrentados. E o enfrentamento começará pela identificação e abandono de certos pressupostos liberais que servem de isca ou de backdoor para a agenda globalista.

Estes pressupostos liberais estão presentes não apenas na economia, mas também nas formas de organização institucional do aparato de Estado e, obviamente, na cultura. É por meio destes pressupostos liberais, que nunca são questionados principalmente pela direita que não os compreende justamente por serem de estirpe liberal, que a agenda globalista espraia-se nas instituições.

Foi exatamente assim, por meio destes pressupostos liberais traduzidos em políticas de Estado, que Fernando Henrique Cardoso deu o pontapé inicial ao projeto globalista no Brasil quando governou o país. E são estes pressupostos que estão presentes hoje na fala do tucano filiado ao Podemos Sérgio Moro. Iremos tratar destes pressupostos liberais em artigo futuro em separado.


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