França: Entre O Globalista Ocidental Emmanuel Macron & A Direita Nacionalista Pró-Putin Marine Le Pen

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por paulo eneas
O atual presidente francês, Emmanuel Macron e a líder da direita nacionalista Marine Le Pen venceram o primeiro turno das eleições presidenciais realizados neste domingo (10/abr) na França. Macron ficou em primeiro lugar com 28.1% dos votos válidos. Marine Le Pen obteve 23.3% da preferência do eleitorado, enquanto o comunista Jean-Luc Mélenchon obteve 20.2% dos votos, ficando apenas 3.1% atrás da candidata da direita francesa.

A disputa eleitoral ocorreu no âmbito de péssimas alternativas colocadas para os franceses: ou continuar com o globalista esquerdista pró-islâmico e anti-soberanista Emmanuel Macron, ou com uma direita contaminada pelo antiamericanismo próprio dos franceses, muito flexível e permeável a algumas pautas da esquerda e fortemente alinhada à Rússia, representada por Marine Le Pen.

Chamou a atenção também a votação expressiva Jean-Luc Mélenchon, comunista da velha guarda e descrito pela grande mídia como esquerda radical, que obteve o mesmo patamar de votos de Marine Le Pen.

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O candidato Éric Zemmour, que representou aquilo que mais se aproxima de uma direita conservadora, ficou com 6.8% dos votos. Uma votação muito baixa para um candidato que durante a campanha chegou ultrapassar Marine Le Pen nas pesquisas de intenção de votos no eleitorado de direita.

A eleição ocorreu em um ambiente tensionado na Europa devido à guerra na Ucrânia, na qual as ações de Emmanuel Macron como governante francês pautaram-se o tempo todo muito mais pelo esforço do atual presidente da França de capitalizar eleitoralmente em cima do conflito.

Em seus cinco anos de mandato, Emmanuel Macron atuou mais em favor do projeto globalista antinacional da União Europeia e da sua obsessão quase patética em tornar-se líder mundial da causa ambientalista – uma espécie de Greta Thunberg de calça apertada dos Champs Elysees – do que em favor dos reais interesses do cidadão comum francês.

A leviandade com que Emmanuel Macron conduziu seu governo em assuntos que afetam até mesmo a segurança nacional francesa, especialmente o problema da imigração islâmica na França, levou um grupo de militares da reserva e também da ativa das Forças Armadas Francesas a publicar em abril de 2021 um documento de alerta.

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O documento afirmava que a França está em perigo e que o momento vivido pelo país é grave, e falava explicitamente na necessidade de defesa e resgate dos valores civilizacionais e da identidade nacional francesas. O documento recebeu apoio e endosso de Marine Le Pen.

A obsessão ambientalista de Emmanuel Macron o levou a sobretaxar combustíveis, para atender a agenda ambiental, o que resultou em 2020 nas manifestações populares que ficaram conhecidas como Protestos dos Coletes Amarelos. A despeito da heterogeneidade ideológica daquelas manifestações, elas foram mais um indicador da insatisfação da população com o governo do globalista Macron.

Esta mesma obsessão ambiental levou Emmanuel Macron a criar uma crise diplomática com o Brasil em 2019, ao referir-se à Amazônia brasileira como sendo “nossa”, no sentido de ser deles, dos franceses. A fala de Macron gerou uma pronta resposta à época do Governo Bolsonaro, que qualificou a postura do presidente francês como sendo a de neocolonialista.

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Emmanuel Macron pretendia levar a questão da Amazônia para a reunião do G7 daquele ano, na qual o Brasil não participa, mas a pronta reação da chancelaria brasileira, chefiada à época por Ernesto Araújo, junto aos demais Chefes de Estado do G7, levou a um isolamento do presidente francês na reunião do grupo, onde a pauta obviamente não foi tratada nos termos pretendidos por Macron.

O segundo turno das eleições francesas vai ser realizado dia 24 de abril. O cenário mais provável, em princípio, é de uma vitória de Emmanuel Macron que poderá receber a maior parte dos votos dados ao comunista Jean-Luc Mélenchon e os votos que foram dados ao outrora poderoso Partido Socialista Francês, onde Macron se criou, e cujo candidato obteve menos de 2.0% dos votos nesta eleição.

Por sua vez, Marine Le Pen herdará os votos de Éric Zemmour, a despeito das enormes e justificadas objeções que os conservadores têm com a candidata da antiga Frente Nacional.

Uma vitória de Macron será a certeza da continuidade de uma diretriz de governo globalista e pró-União Europeia que vem arruinando a França. Uma vitória de Marine Le Pen significará a escolha do caminho da direita nacionalista, com todos os vícios e incertezas que a orientação pró-Rússia, antiamericanista e sua concepção de Estado forte desta direita francesa podem representar.

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Recomendamos aos nossos leitores que a análise das eleições francesas feita pela equipe do Canal PHVox:

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