por paulo eneas
O cardápio eleitoral a ser oferecido este ano aos eleitores do Distrito Federal pelo Presidente Bolsonaro irá conter opções trazendo os mesmos pratos requentados da velha classe política. Em acordo fechado esta semana, ficou decidido que o Presidente Bolsonaro apoiará os velhos políticos tradicionais do Centrão na sucessão brasiliense, em prejuízo de bolsonaristas históricos como a deputada federal Bia Kicis.
Para o Governo do Distrito Federal, o presidente Jair Bolsonaro irá apoiar a reeleição do atual governador Ibaneis Rocha (MDB) que, durante a pandemia, seguiu à risca agenda imposta pelos globalistas promovendo fechamentos e impondo restrições de direitos civis.
Até mesmo os hotéis em Brasília deixaram de oferecer refeições aos hóspedes nos meses de restrições mais severas. A obrigatoriedade do uso de máscaras faciais em ambientes abertos imposta pelo governo de Ibaneis Rocha resultou em uma multa aplicada ao próprio Presidente da República, por não atender tal determinação.
Para o Senado Federal, o acordo costurado prevê o apoio do presidente à candidatura de Flávia Arruda, que foi ministra do Governo Bolsonaro e responsável pela articulação política. Foi sob a batuta de Flávia Arruda, que Bolsonaro considera sua “melhor ministra”, que a relatoria do novo Código Penal ficou a cargo de um senador petista.
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José Roberto Arruda: preso duas vezes por suspeita de corrupção e reabilitado
Foi acertado também que o ex-governador José Roberto Arruda disputará uma vaga para deputado federal, com apoio de Ibaneis Rocha e Flávia Arruda, ficando assim tácito o apoio a ser dado pelo presidente Bolsonaro à sua candidatura.
Jose Roberto Arruda foi o primeiro governador a ser preso no Brasil sob a acusação de corrupção, no esquema conhecido como Mensalão do DEM.
A prisão, e posterior cassação de seu mandato de governador, ocorreu em 2010. Nove anos antes, José Roberto Arruda havia renunciado ao mandato de senador para escapar de uma cassação por denúncia de fraude no painel eletrônico de votação do Senado Federal.
Ainda no ano de 2010, a Polícia Federal concluiu relatório da Operação Caixa de Pandora, apontando José Roberto Arruda como chefe de uma organização criminosa que atuava no desvio de recursos públicos.
O ex-governador foi preso novamente em maio de 2017 na Operação Panatenaico, que investigava desvios de recursos públicos da ordem de R$ 1 bilhão em obras do Estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014. A operação resultou no bloqueio de bens de Arruda e de Tadeu Filippelli, assessor do então Presidente da República, Michel Temer.
José Roberto Arruda estava com seus direitos políticos suspensos, mas foi reabilitado para a vida pública em julho deste ano por decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça.
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O acordo fechado pelo presidente Bolsonaro com estes políticos tradicionais, incluindo um ex-condenado preso duas vezes por corrupção, implicou em descartar uma apoiadora histórica do presidente, como a deputada federal Bia Kicis, que era tida como candidata natural da direita ao Senado Federal, mas não recebeu o apoio de Bolsonaro para sua possível candidatura.
O acordo também selou o destino da ex-ministra Damares Alves, a feminista responsável pela implementação da agenda progressista identitária no Governo Federal. Damares Alves pretendia disputar uma vaga para o Senado Federal, mas foi preterida em favor de Flávia Arruda e de José Roberto Arruda, que abriu mão de pleitear o Governo do Distrito Federal, em troca do apoio do presidente à sua esposa, Flávia Arruda.
O arranjo eleitoral brasiliense é um retrato bem representativa da linha que vem sendo seguida pelo presidente Bolsonaro de reabilitar políticos tradicionais que estavam caindo no esquecimento, como José Roberto Arruda, família Garotinho, Fernando Collor e outros. Uma reabilitação que é feita, se necessário, às custas do sacrifício de seus apoiadores históricos e do sacrifício, claro, da pauta conservadora que elegeu Bolsonaro em 2018. Crédito da Foto: Diário do Poder.
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