por paulo eneas
O Partido Liberal (PL) irá levar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima terça-feira (22/11) uma proposta para que sejam desconsideradas, para fins de totalização dos votos, um total de 250 mil urnas eletrônicas usadas nas eleições deste ano. A informação foi dada neste final de semana pelo presidente da agremiação, Valdemar da Costa Neto.
Em vídeo que circula nas redes sociais, o chefe do PL afirma que o partido teria apurado que as urnas anteriores ao ano de 2020 teriam todas o mesmo número, não possuindo assim registro individual de patrimônio [público]. Todo bem móvel pertencente à administração pública, possui uma identificação de patrimônio.
Valdemar da Costa Neto enfatizou que o partido não irá propor a realização de novas eleições: “não queremos tumultuar a vida do País”. O cacique do PL procurou também isentar de responsabilidade os ministros do Tribunal Superior Eleitoral: “isso é culpa dos funcionários do TSE”, afirmou.
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Segundo o PL, estas urnas estariam espalhadas por todo o País. Nas eleições deste ano foram utilizadas 427.075 urnas em todo o território nacional. Se, por hipótese, a demanda do PL for a atendida pela justiça eleitoral, o total de votos nacionais computados teria que desconsiderar cerca de 53% das seções eleitorais.
O presidente do PL também não especificou se o pedido a ser apresentado ao TSE abrange os dois turnos das eleições ou somente o segundo turno.
Valdemar da Costa Neto também não esclareceu se, caso o pedido do partido venha a abranger os dois turnos, se a alteração decorrente na totalização dos votos envolveria somente o pleito majoritário presidencial ou também os votos dados a candidatos a deputado. O PL foi o partido vitorioso nas eleições proporcionais, elegendo 99 deputados federais.
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