por paulo eneas
Os episódios de vandalismo, depredação e incêndios criminosos ocorridos na noite desta segunda-feira (12/12) em Brasília possuem todas as características de uma ação empreendida por elementos que infiltram-se entre os manifestantes que estão há várias semanas protestando nas ruas.
Estas manifestações na capital federal têm transcorrido sem incidentes e sem qualquer violência desde que começaram após o segundo turno das eleições, o que têm sido uma característica das manifestações da direita desde 2013: elas nunca descambam para violência, vandalismo ou conflitos com as forças da lei e da ordem.
Os eventos desta segunda-feira à noite tiveram início após a prisão do líder indígena José Acácio Tserere Xavante, conforme noticiamos na reportagem Confronto na Sede da Polícia Federal em Brasília Após Prisão de Indígena Tserere Xavante por Ordem Judicial publicada na noite de segunda-feira.
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As imagens e vídeos dos atos de vandalismo mostram pessoas jovens, em sua maioria homens, com rostos cobertos atuando com a agilidade para depredar patrimônio e incendiar veículos, indicando uma aparente “habilidade” e familiaridade com este tipo de ação.
As imagens contrastam com o perfil médio dos manifestantes que estão nas ruas em Brasília: em sua vasta maioria pessoas de meia idade, em proporção quase igual de homens e mulheres.
A tentativa que a grande imprensa vem fazendo de imputar aos manifestantes tais ações criminosas não encontrará respaldo em uma investigação policial cuidadosa que poderá elucidar estes crimes, identificar seus autores e responder algumas questões relevantes, entre elas:
Descobrir como os elementos infiltrados iriam saber que haveria uma ordem de prisão contra o indígena e como iriam saber o momento em que tal ordem seria executada, e também elucidar a razão pela qual os manifestantes deslocaram-se para a área do Palácio da Alvorada.
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