por paulo eneas
A condenação de Lula em primeira instância pelo juiz Sergio Moro foi um fato de relevância política indiscutível e um dos mais importantes na história política recente do país. A condenação mostra que a despeito do aparelhamento que as esquerdas produziu nas instituições de Estado do país nas últimas décadas, inclusive na área da justiça e particularmente no Ministério Público, ainda restam nichos que resistiram a esse aparelhamento e açodamento. O histórico de ações da Lava Jato no âmbito da competência do juiz Sérgio Moro são a evidência disso.
Os brasileiros de bem tinham e têm razões de sobra para celebrar a decisão. Afinal, há anos um número crescente de brasileiros percebem o mal que o petismo e as políticas de esquerda fizeram e fazem ao país. E obviamente Lula é figura que encarna em si tudo o que estas políticas de esquerda representam: demagogia, mentira, corrupção, uso de dinheiro público para financiar ditaduras comunistas, a prática do capitalismo de compadrio, e outros. Portanto, nada mais razoável do que sair às ruas para celebrar uma decisão que, embora ainda demande desdobramentos e decisões em instâncias superiores, por si só possui um valor inestimável.
No entanto, o que observamos ontem logo após a divulgação da decisão do juiz Sérgio Moro de condenar Lula a nove anos e meio de prisão, foi um esforço das pseudo-lideranças dos principais grupos de movimento de rua orientando seus seguidores a não saírem às ruas para celebrar, em uma verdadeira ação de boicote de mobilizações, como se pode ver no comunicado abaixo emitido em conjunto pelos grupos MBL, Avança Brasil e Nas Ruas:
É evidente que não faz sentido algum o motivo apresentado acima por esses grupos para não ter mobilizado as pessoas ontem. Os petistas também esboçaram tentativas de mobilização ontem em defesa de Lula, inclusive na Avenida Paulista, mas que redundaram em fracasso de público, se considerarmos a gigantesca máquina sindical e a montanha de recursos que as esquerdas têm à sua disposição para fazer manifestações. Além disso, se fôssemos nos guiar pelo temor de supostos conflitos com a esquerda, jamais teríamos sequer começado a ir às ruas há cerca de três anos para iniciar o movimento que resultou no impeachment.
Por sua vez, o grupo Vem Pra Rua mostrou mais uma vez sua desorientação política e sua cada vez mais reduzida capacidade de mobilização. O grupo chamou uma mobilização para o mesmo local da Avenida Paulista onde os petistas iriam se reunir. Nós do Crítica Nacional também fomos para a Avenida Paulista para o local indicado pelo grupo Ativistas Independentes. E o que constatamos é que não havia mobilização alguma por parte do grupo Vem Pra Rua. Tanto o é que alguns de seus líderes se dirigiram para o local em que estávamos.
O fato é que a cada episódio político relevante, fica evidente a incapacidade das pseudo-lideranças oriundas dos antigos movimentos pelo impeachment de oferecerem respostas adequadas aos desafios da conjuntura. O país precisa que a população volte às ruas em mobilizações cívicas pacíficas e ordeiras, para fazer a defesa da Lava Jato e para pressionar e exigir do governo de Michel Temer o atendimento de pautas que interessam à maioria da população e não à agenda da esquerda.
Mas dificilmente tais mobilizações irão ocorrer com pseudo-lideranças desacreditadas, incapazes de mobilizar seus apoiadores, comprometidas com outros interesses, e que muitas vezes boicotam iniciativas de mobilização sob pretextos dos mais esdrúxulos. O que o país precisa é de novas lideranças formadas por pessoas sérias e responsáveis, que sejam capazes de fazer renascer as mobilizações de rua em defesa dos reais interesses da nação, e não para servir de plataforma para quem deseja apenas conquistar seu lugar ao sol, ou à sombra, no status quo do establishment político.
No vídeo acima, a terceira parte da cobertura feita pelo Crítica Nacional da manifestação ocorrida nesta quarta-feira em comemoração à condenação de Lula. A manifestação foi organizada e convocada pelo grupo Ativistas Independentes. A primeira parte da transmissão pode ser vista nesse link aqui. E a segunda parte nesse outro link aqui.
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Acredito que quando os movimentos de rua se “reencontrarem”, ou seja, quando os grupos forem liderados por indivíduos compromissados com os interesses da nação e saibam dirigir os movimentos, tendo aí incluso a capacidade de movimentar quantidades expressivas de pessoas as ruas (como foram os movimentos pró-impeachment, que colocaram milhões às ruas) para defender as pautas de interesses da nação, devem aí nestas oportunidades demonstrar e propagar já uma posição politica para 2018. Pois o que vejo é que esses movimentos se apoiaram e ainda se apoiam na velha e surrada bandeira do anti petismo, puro e simples. O que foi um grande erro e uma grande perda de oportunidade, pois, naqueles anos pré impeachment os movimentos eram donos de uma grande influência, mas ao invés de utilizarem isso para esclarecer o povo sobre o que é a ESQUERDA e incentivarem posições políticas nos mesmos que coincidam com suas visões e valores, se apoiaram apenas no anti petismo, por isso, atualmente pessoas que participaram e apoiaram o movimento ainda acreditam no “PSDB de DIREITA”, etc. Existiu muito oportunismo na ocasião. É necessário além de movimentar as massas, conscientiza-las! Além do anti petismo e do anti corrupção, precisamos de uma posição definida e bem estabelecida já de agora. Posição esta, que se configura no apoio a candidatura e campanha do Jair Bolsonaro o único candidato com as reais características que podem começar o processo de libertação do Brasil desta democracia de um lado só (patológica). Caso contrário o que veremos é a comprovação do oportunismo das lideranças, que muitos já desconfiam!
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