por paulo eneas
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, concedeu no início da noite desta sexta-feira (14/a05) ao General de Exército e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, um salvo-conduto e a garantia de exercer o direito de permanecer calado durante seu depoimento na CPI da Covid no Senado Federal, previsto para ocorrer na semana que vem.
O salvo-conduto assegura ao ex-ministro o direito de não ser alvo de constrangimentos e ameaças, incluindo a ameaça de prisão. O direito de permanecer calado assegura ao ex-ministro que ele não precisará responder perguntas que, no seu entender e de seus advogados, possam ser utilizadas para incriminá-lo.
A decisão do magistrado do Supremo Tribunal derruba e praticamente inviabiliza a tentativa que vinha sendo feita até o momento por parte de senadores da esquerda e da oposição ao governo de tentar usar o depoimento do ex-ministro para incriminar o Presidente da República.
Ao longo dos últimos dias o General Pazuello vinha sendo descaradamente ameaçado de prisão por parte de senadores que estão utilizando a CPI do Senado Federal como instrumento de embate político rasteiro contra o Presidente Bolsonaro e, paralelamente, para tentar criminalizar o tratamento precoce da Covid-19.
Conforme o Crítica Nacional vem antecipando há várias semanas, a CPI da Covid instalada no Senado Federal por decisão do próprio STF surgiu com estes dois objetivos explícitos: incriminar o presidente e criminalizar o tratamento precoce. No entanto, as estratégias adotadas até o presente momento não produziram os efeitos esperados pela esquerda e pelos senadores oposicionistas.
Os depoimentos do diretor geral da Pfizer e do ex-secretário da Secom, Fabio Wajngarten, ao contrário do que esperavam a esquerda e a grande imprensa, não trouxeram nenhum elemento que pudesse, ao menos em tese, incriminar o Presidente da República. Pelo contrário, em especial o depoimento do ex-chefe da Secom, constituiu-se em uma defesa inequívoca do Presidente Bolsonaro.
Havia a expectativa de que o objetivo de atingir o presidente e de radicalizar o ambiente político contra o governo pudesse ser alcançado com o depoimento do General Pazuello. Com a decisão do ministro do STF, essa expectativa irá esvair-se. Toda a estratégia montada pela esquerda e pela grande imprensa para tentar atingir o presidente com o depoimento de seu ex-ministro da Saúde caiu por terra.