Boletim do Crítica Nacional

BOLETIM DE NOTAS CURTAS

O Reality Show Político de Jair Bolsonaro na UTI Hospitalar

por paulo eneas O coletivo militante bolsonarista nas redes sociais reagiu com indignação ao fato do ex-presidente Jair Bolsonaro ter sido intimado por oficial de justiça esta semana estando ainda internado em uma UTI hospitalar. Mas esse mesmo coletivo militante em momento algum viu estranheza no fato de um paciente internado em UTI fazer lives, receber correligionários políticos e conceder entrevistas. O fato é que Jair Bolsonaro tentou valer-se da UTI como "asilo" o maior tempo possível para não ser formalmente notificado por oficial de justiça, valendo-se de uma interpretação amadora do Art 244 do Código de Processo Civil que estabelece situações em que a citação não pode ser realizada. Os quatro casos previstos são: a) Participação em culto religioso b) Período de sete dias de luto por falecimento de cônjuge ou parente até segundo grau c) Três dias após o casamento d) Estando doente em estado grave Ao contrário da fake news espalhada pelo coletivo bolsonarista, o judiciário não ignorou essa lei ao determinar a intimação de Jair Bolsonaro. Em nota o judiciário informou que os demais réus foram todos notificados entre os dias 11 e 15 de abril e que a citação de Jair Bolsonaro estava em aguardo até que o ex-presidente estivesse em condições de saúde para receber o oficial de justiça, pois o Art 244 do CPC diz claramente: Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: IV - de doente, enquanto grave o seu estado. (grifo nosso) Ocorre que no período da internação hospitalar em UTI, Jair Bolsonaro recebeu visitas de correligionários políticos, deu entrevista a uma emissora de televisão e ainda fez uma transmissão ao vivo pela internet com os filhos na terça-feira (22/04) onde o próprio ex-presidente afirmou estar bem de saúde e que possivelmente terá alta na próxima segunda-feira. As imagens divulgadas desses eventos midiáticos na UTI mostram pessoas sem uso de equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras e aventais, normalmente exigidos em ambiente hospitalar para os visitantes de pacientes em UTI. Diante dessas evidências proporcionadas pelo próprio réu, em especial a live de terça-feira, judiciário entendeu que Jair Bolsonaro não está albergado pela restrição prevista no Art 244 do Código de Processo Civil, alínea IV, reproduzido acima, que prevê a condição de estado grave de saúde. E portanto, foi intimado nesta quarta-feira (23/04). Tudo indica que a internação do ex-presidente na UTI, ainda que tenha sido de fato motivada por razões de saúde no entender dos médicos, também foi usada pela defesa de Jair Bolsonaro como expediente de postergação, um "asilo" simbólico, para retardar sua citação. Se esta foi a estratégia, ela deu errado. COLABORE VIA DOAÇÃO NO PIX: 022.597.428-23 Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23

Uma Direita Amoral Que Apoia e Defende o Novo Hitler do Século Vinte e Um

por paulo eneas O governo dos Estados Unidos informou nesta terça-feira (15/04) aos países membros do G7 que não apoiará qualquer declaração conjunta do grupo condenando o ataque mortal da Rússia contra civis ucranianos na cidade de Sumy ocorrido no Domingo de Ramos passado. O ataque matou 34 civis, incluindo crianças. A informação é da Bloomberg, citando fontes do Departamento de Estado, a chancelaria americana. Os detalhes da ação criminosa e a reação cínica de Donald Trump isentando os russos da responsabilidade pelo crime cometido estão descritos no artigo Putin Combatendo os "Globalistas": Ataque Russo Mata Mais de 30 Civis na Ucrânia no Domingo de Ramos que publicamos nesta segunda. O ditador e genocida Vladimir Putin sabe que pode contar com a retaguarda do atual chefe da Casa Branca para cometer todos os tipos de crimes de guerra contra civis ucranianos. Putin sabe também que pode contar com respaldo na opinião pública ocidental assegurado pela direita do Ocidente, que se tornou aliada de regimes de ditadura e de ditadores genocidas. Para esta direita amoral e imoral, que se diz anticomunista, pouco importa que o agressor russo conte com auxílio do exército da ditadura comunista da Coreia do Norte na sua guerra de agressão contra a Ucrânia. Também pouco importa para essa direita anticomunista-fake que militares chineses estejam em campo na Ucrânia combatendo ao lado dos agressores russos, ainda que o regime de ditadura de Pequim negue oficialmente seu envolvimento na guerra. O fato é que estamos vivendo uma distopia contemporânea onde o Novo Hitler do Século 21 pode agir com desenvoltura sabendo que o mundo inteiro é quase todo ele governado por novos Neville Chamberlain's e novos Mussolini's que estão prontos para respaldar todos os tipos de crimes e atrocidades que este fuhrer eslavo queira cometer em sua saga expansionista eurasiana. Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23

Putin Combatendo os “Globalistas”: Ataque Russo Mata Mais de 30 Civis na Ucrânia no Domingo de Ramos

por angelica ca e paulo eneas Um ataque russo com mísseis balísticos fragmentadores no centro da cidade ucraniana Sumy matou pelo menos 34 civis e deixou outras 117 pessoas feridas na manhã deste Domingo de Ramos (13/04). Quinze crianças ucranianas ficaram feridas e duas morreram no ataque. O ataque, realizado com mísseis balísticos fragmentadores no início da Semana Santa, foi o o mais mortal nestes últimos meses da Guerra da Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022. Desde o final do ano passado a guerra escalou para um conflito mais amplo com a entrada da Coreia do Norte ao lado da Rússia na invasão à Ucrânia. O ataque ocorre no momento em que a Rússia sente-se mais estimulada por Washington a prosseguir em sua guerra agressão, uma vez que Donald Trump vem dando sinais claros de apoio às ambições expansionistas russas, ao mesmo tempo em que se recusa a tratar a Rússia como agressora e responsabiliza a Ucrânia pela agressão sofrida. Muitos cidadãos ucranianos estavam a caminho ou reunidos no Domingo de Ramos quando mísseis balísticos russos atingiram o centro da cidade. O ataque russo foi um típico ato de crime de guerra, uma vez que os alvos eram todos civis, e não instalações militares ou tropas ucranianas. O ataque repete crime de guerra semelhante praticado pelos russos há uma semana, quando um ataque à localidade ucraniana de Kryvyi Rih matou outras 20 pessoas, todas civis ucranianos. O bombardeio russo deste final de semana se soma à longa lista de crimes de guerra que a Rússia vem praticando contra civis da Ucrânia desde o início da invasão russa. Apesar das denúncias internacionais, o ditador Vladimir Putin continua a perpetuar esses crimes, agora com o apoio explícito da Casa Branca chefiada pelo seu aliado mais importante: Donald Trump. Vídeos que circularam nas redes sociais após o ataque mostram corpos espalhados pelas ruas e vários veículos, incluindo um ônibus, que sofreram grandes danos no ataque. O medíocre secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, limitou-se a emitir uma declaração burocrática e protocolar sem efeito algum. Por sua vez, Donald Trump usou do cinismo que lhe é próprio ao comentar o ataque, afirmando: "Me disseram que foi um erro, e se eles afirmaram que foi um erro, é por que foi". O ditador Vladimir Putin vem cometendo crimes de guerra e genocídio contra os ucranianos desde o início da guerra de agressão, assim como foi feito pelo seu antecessor Josef Stalin décadas atrás com o Holodomor. A diferença é que agora o ditador russo conta com o apoio político da direita ocidental, que não vê obstáculo moral algum em um regime de ditadura invadir uma nação soberana e matar seus civis, desde que esta agressão e estes crimes sejam cometidos em nome de um combate contra o espantalho que essa direita cúmplice de criminosos chama de "globalistas". Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23

Estrategista Amador: Blefes e Recuos de Donald Trump Fortalecem a China e Enfraquecem os Estados Unidos

Donald Trump está se revelando um amador nas estratégias de negociação sobre comércio internacional e que desconhece por completo a real natureza do regime de ditadura chinesa, pois acreditou que poderia blefar com o Partido Comunista Chinês sobre as tarifas. A resposta da China nos últimos dias poderá custar caro aos Estados Unidos. por paulo eneas A semana que passou foi marcada pela sequência de capítulos espetaculosos da maneira leviana e amadora com que Donald Trump tem tratado as relações comerciais dos Estados Unidos com o resto do mundo no que diz respeito às tarifas de comércio internacional. A cada decisão anunciada, no dia seguinte Donald Trump vinha com um recuo, sinalizando assim a falta de apoio e respaldo do setor produtivo norte-americano à sandice que tem guiado a política comercial da Casa Branca. A última decisão de Donald Trump foi a de impor tarifas de 145% a todos os produtos importados da China, que reagiu impondo a mesma tarifa em reciprocidade aos produtos importados dos Estados Unidos e falando abertamente em desacoplamento das duas economias, ou seja, o fim de todas as transações comerciais entre os dois países. Mas o pior estava por vir. Cabe aqui antes uma observação prévia: a China precisa do mercado norte-americano para exportar seus excedentes manufaturados e dar sobrevida a seu modelo econômico exportador sobre o qual se assenta seu regime de ditadura? Sim. A China teme o poderio econômico, e também militar, norte-americano? Seguramente sim, e prova disso é que a reação inicial chinesa às primeiras investidas destrambelhadas de Donald Trump veio em forma de uma resposta moderada e calculada. Ocorre que aparentemente a China já percebeu que não tem por que temer Donald Trump, pois os chineses já entenderam que o atual chefe da Casa Branca não passa de um amador no xadrez geopolítico. Um amador que acha que pode chutar aliados estratégicos e históricos, como Europa e Canadá, e que acredita mesmo que as regras e o ambiente de comércio internacional são os mesmos das negociações comezinhas domésticas do mercado imobiliário. No dia seguinte ao anúncio das tarifas de 145% sobre a China, Donald Trump recuou duplamente: anunciou suspensão por noventa dias de decisão anterior sobre tarifas para mais de cem outros países, e a isenção tarifária para uma classe de produtos manufaturados chineses, incluindo computadores, chips, celulares, placas de energia solar e outros. Ou seja, para o consumidor americano, vai continuar sendo mais vantajoso e barato importar esses produtos da China do que comprar seus similares que venham a ser fabricados nos Estados Unidos, pois estes terão obrigatoriamente componente importados da China, que continuarão sendo taxados em 145%. Ao menos até o próximo recuo de Trump. Portanto, a promessa da "reindustrialização" americana continuará sendo apenas mais uma bravata trumpista, pois após o vai e vem de Donald Trump tornou-se mais caro para qualquer empreendedor tentar fabricar computadores, chips, celulares e painéis solares nos Estados Unidos. Graças a Donald Trump, os Estados Unidos são nesse momento menos competitivos do que já eram antes nesse setor de indústria de ponta. O Partido Comunista Chinês Não Blefa Logo após o recuo trumpista, a China reagiu com maestria: em vez anunciar alguma medida de reciprocidade favorável, como possivelmente Trump esperaria, os chineses anunciaram neste final de semana a restrição de exportações para os Estados Unidos de minerais raros chineses, que são cruciais para a indústria de tecnologia e do setor militar norte-americano. Um golpe duro que seguramente não estava no limitado e quase inexistente horizonte estratégico de Donald Trump. A maneira pela qual a China vem reagindo ao amadorismo trumpista mostra que os chineses já perceberam que as ideias presentes no panfleto em forma de livro chamado a "Art Of The Deal" não passam de um blefe de marketing político para construção de imagem pessoal, e que não revelam maestria estratégica alguma. É apenas showbiz para consumo interno das massa de idólatras. A reação da China diante dos próximos blefes, seguidos de recuos, de Donald Trump poderá confirmar essa nossa análise. O fato é que nesse momento os Estados Unidos estão em posição enfraquecida na guerra comercial brancaleônica iniciada por Donald Trump contra a China. O país também está enfraquecido na sua relação com os já quase ex-aliados, como Canadá e Europa. Nessa semana, líderes europeus anunciaram a disposição de não mais comprar equipamentos militares americanos, por falta de confiança, no esforço já anunciado de rearmar a Europa. A prova desse enfraquecimento americano aparece também no setor financeiro: pela primeira vez na história há um ambiente de quebra de confiança dos investidores nos títulos de longo prazo da dívida pública americana. Por décadas, títulos do tesouro norte-americano foram considerados o ativo mais seguro e confiável do mundo, o porto seguro em todos os cenários de crise. Esta semana que passou, no entanto, vimos o aumento exigido no valor do prêmio de risco (juros cobrados) pelos títulos de longo prazo da dívida americana: saíram de 4.3% para mais de 5.0% ao ano em poucos dias para os títulos de dez anos, os chamados Treasuries 10YR. Um desastre sem precedentes, pois o aumento nos juros desses títulos eleva a pressão na já enorme dívida pública americana e inaugura um ambiente de desconfiança que nunca existiu antes, nem mesmo na pandemia da covid ou durante a crise de subprime de 2008. O fato é que Donald Trump está sendo um desastre para os Estados Unidos e para o todo o Ocidente, conforme antecipamos que seria ainda no ano passado, antes mesmo das prévias do Partido Republicano. Um desastre que conta com o apoio cego da doentia e deformada direita ocidental, que colocou-se quase toda ela ao lado do eixo dos regimes de ditadura e aplaude as sandices trumpistas que estão fazendo Vladimir Putin e Xi Jinping sorrir como nunca imaginaram. Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em...

Donald Trump Impõe Tarifas de Importação de 104% Sobre China e Gera Novas Incertezas nos Mercados

por paulo eneas A Casa Branca confirmou na tarde desta terça-feira (08/04) tarifas de importação adicionais sobre produtos chineses, elevando para 104% a taxação tarifária total aplicada pelos Estados Unidos sobre a China. As novas tarifas entram em vigor nesta quarta-feira. O temor de uma quebra da cadeia global suprimentos decorrente dessas medidas trouxe nova instabilidade e aversão ao risco nos mercados. Bolsas americanas interromperam processo de recuperação que vinha ocorrendo hoje após dias seguidos de queda e estão no momento com as cotações estabilizadas, mas com viés baixista. O dólar disparou assim que a medida foi anunciada. No Brasil, a moeda norte-americana volta a ser negociada acima de R$ 6,00 no mercado de câmbio futuro. Nenhum analista consegue apresentar uma análise fria e mais assertiva sinalizando onde de fato Donald Trump pretende chegar. E quando se aponta um possível objetivo, como por exemplo a desvalorização do dólar frente a outras moedas para reduzir deficits comerciais norte-americanos, as ações ações de Trump produzem efeito na direção oposta. Algumas análises apontam que Brasil poderá talvez (com muitas reticências aqui) beneficiar-se das sandices tarifárias trumpistas. De um modo geral, analistas acreditam que China e economias emergentes sairiam beneficiadas. Assim, China, Brasil, Mexico e India fortaleceriam suas economias por conta do isolacionismo irracional de Donald Trump. Em termos políticos, caso esse isolacionismo norte-americano no comércio internacional persista, Donald Trump estaria na prática ajudando a reeleger o petista Lula no Brasil e fortalecendo politicamente a atual presidente esquerdista do Mexico. No Canadá, ao contrário de algumas tolices afirmadas pelo ex-ministro Paulo Guedes em evento no início de março, o efeito político das bravatas e ameaças trumpistas foi fortalecer o Partido Liberal (progressista) de Trudeau, que saiu do cargo de premier, mas seu partido segue majoritário e apontou o sucessor, menos desgastado politicamente. Há um entendimento junto a maioria dos analistas que as medidas adotadas por Donald Trump terão efeitos devastadores internos na economia americana, com recessão, desemprego e inflação. Pois tarifas representam encarecimento de produtos e serviços na ponta do consumo e aumento de custos na ponta da produção. Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23

Hands Off: Milhares Protestam em Várias Cidades Norte-Americanas Contra Donald Trump

Milhares de norte-americanos saíram às ruas em todas as capitais do país nesse fim de semana em protestos contra as políticas autoritárias e antirrepublicanas de Donald Trump e contra a sandice de sua sanha tarifária que já gerou perdas de bilhões de dólares para empresas e pessoas físicas norte-americanas. por angelica ca e paulo eneas Milhares de manifestantes protestaram em todos os estados norte-americanos nesse último sábado (05/04) contra o governo de Donald Trump. As manifestações denominadas Hands Off (tire suas mãos) aconteceram nas capitais dos cinquenta estados da federação e também nas cidades de Washington, New York, Los Angeles, bem como em outros países. Os protestos foram as maiores demonstrações em nível nacional de oposição política a Donald Trump, desde que o republicano assumiu a Casa Branca há pouco mais de dois meses. Os protestos ocorreram na mesma semana em que Donald Trump anunciou sua insana política tarifária que tem abalado as economias do mundo todo. O país mais afetado até agora pela sandice tarifária trumpista são os próprios Estados Unidos. O mercado estima uma destruição de riqueza da ordem de dezenas de bilhões de dólares em  perda de valor das principais empresas norte-americanas desde quando Donald Trump iniciou suas ameaças de isolar os Estados Unidos do comércio internacional. Mais da metade da população adulta norte-americana, incluindo principalmente os assalariados, investem suas economias e aposentadorias nas grandes empresas americanas por meio das Bolsas de Valores. As perdas de patrimônio de mais da metade da população têm sido superiores, segundo algumas estimativas, àquela do período da pandemia. Além dos Estados Unidos, as manifestações ocorreram no México, Itália, França, Reino Unido, Alemanha, Canadá, México, Áustria, Holanda e Portugal. A Europa está sendo diretamente impactada pelas políticas de Donald Trump em relação à OTAN e à Guerra na Ucrânia, além das políticas tarifárias, resultando num ambiente de instabilidade e insegurança no continente. Algumas pesquisas mostram que os índices de aprovação do governo de Donald Trump estão em queda. Uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada no início da semana passada mostrou que seu índice de aprovação caiu para 43%, seu ponto mais baixo desde que Trump começou seu segundo mandato em janeiro, quando estava com 47% de aprovação. Novas manifestações Hands Off estão sendo organizados para o próximo fim de semana. O site Hands Off Mobilize informa que novas manifestações estão sendo programadas para os estados de Arkansas, Texas e Kentucky. Leia também: Tarifaço de Donald Trump: O Dia da Ruína Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23

Tarifaço de Donald Trump: O Dia da Ruína

por paulo eneas O tarifaço anunciado nesta quarta-feira (02/04) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo corretamente chamado de Dia da Ruína, pela revista The Economist. No dia seguinte ao anúncio das medidas, uma onda de incerteza e insegurança afetou toda a economia mundial, principalmente a dos Estado Unidos. As principais empresas norte-americanas perderam centenas de milhões de dólares em valor de mercado, perdas estas refletidas no comportamento das principais bolsas de valores dos Estado Unidos, que fecharam todas no dia seguinte com quedas expressivas superiores a 3.98% (Dow Jones). Por exemplo, a Nasdaq fechou a quinta-feira (03/04) em queda de 5.97% no valor de suas ações. Bolsas europeias também fecharam em queda acentuada. Este processo de quedas generalizadas, chamado de aumento da aversão ao risco no jargão dos analistas, veio acompanhado da queda nos preços internacionais do petróleo e do próprio dólar em relação às principais moedas internacionais, conforme medido pelo índice DXY. A queda do dólar foi acompanhada da valorização relativa do Euro. A queda acentuada nos preços internacionais do petróleo que seguiu-se ao anúncio das tarifas de comércio internacional é um dos mais fortes indicadores de retração da atividade econômica no mundo todo, apontando para o risco concreto de uma recessão em escala internacional provocada pela mudança arbitrária na regras do comércio internacional promovida por Donald Trump. Uma Completa Arbitrariedade na Definição das Tarifas Inicialmente acreditava-se que Donald Trump iria anunciar medidas de reciprocidade em relação a tarifas de comércio exterior com os parceiros comerciais dos Estados Unidos. Por exemplo, se um dado país cobrasse x por cento nas importações de produtos americanos, os Estados Unidos cobrariam os mesmos x por cento de tarifa para a entrada de produtos desse país no mercado americano. Se fosse essa a medida anunciada ela seria justa e não haveria o que se criticar. A propósito, essa foi a promessa feita em fala recente pelo secretário do Tesouro (equivalente a ministro da Fazenda) dos Estados Unidos, Scott Bessent. Ocorre que não foi isso o anunciado. O que o governo Trump fez foi, em relação a cada país, adotar uma tarifa definida pela metade da ratio do déficit comercial americano com aquele país em relação ao valor das exportações daquele país para os Estados Unidos. Ou seja, não se trata de reciprocidade tarifária nominal, mas sim uma feitiçaria numérica aleatória, sem qualquer lastro no conhecimento em ciência econômica consolidada, para se aplicar tarifas aleatoriamente como se não houvesse amanha. E caso se prossiga com esta sandice, poderá não haver mesmo um amanhã, aos menos para a economia americana no curto e médio prazo. Chamou a atenção dos analistas o caso do Vietnam: aquele país foi tarifado em 45% segundo a métrica de feitiçaria adotada. Ocorre que os Vietnam não aplica tarifas desse valor para entrada de produtos americanos no seu mercado. Retrocesso de Cem Anos no Comércio Internacional Os analistas também afirmam que o isolacionismo radical dos Estados Unidos sob o regime político de Donald Trump, isolacionismo este que foi antecipado por nós ainda no ano passado durante a campanha eleitoral americana, representa um retorno ao padrão de comércio internacional "travado" que existia entre as décadas de vinte e trinta do século passado. Esse sistema de comércio internacional travado mantido por um estado permanente de guerra comercial de todos contra todos ensejou o ambiente para o surgimento de movimento ideológicos autoritários como fascismo e nazismo e desaguou na Segunda Guerra Mundial. Após a guerra e suas mazelas, um longo processo de negociação, que incluiu a formação da União Europeia, por incentivo e estímulo dos Estados Unidos, e entidades multilaterais como a Organização Mundial do Comércio, permitiu o surgimento pactuado do sistema de livre comércio internacional existente hoje e que beneficiou principalmente os Estados Unidos. É este sistema internacional de livre comércio que está sendo agora detonado e destruído por Donald Trump. Cabe observar ainda que a medida adotada por Donald Trump também repete a fórmula conhecida como Smoot Hawley Act. Tratou-se de uma lei dotada em junho de 1930 pelo governo do então presidente Herbert Hoover e que impôs tarifas elevadíssimas a milhares de itens importados pelos Estados Unidos de seus principais parceiros comerciais. Os países afetados pela lei reagiram em reciprocidade, impondo tarifas de importação análogas aos Estados Unidos, o que travou o comércio mundial e assim acentuou e prolongou a Grande Depressão Econômica, retratada até mesmo em filmes, que se seguiu ao Big Crash da Bolsa de Nova York de 1929. Como as Tarifas Afetaram o Brasil Entre os mortos e feridos pelo tarifaço de Donald Trump, o Brasil sobressaiu-se como um dos poucos sobreviventes: analistas avaliam que a imposição de tarifa de 10% aos produtos brasileiros "não foi tão ruim" ante as tarifas impostas aos demais países. Ainda assim, foi uma medida hostil ao nosso país. Segundo estudo da FGV Ibre, baseado em dados do Banco Mundial, o Brasil aplicou em média uma tarifa de 4.70% nas importações de produtos americanos ao longo do ano de 2022. Nesse mesmo ano, os produtos brasileiros foram taxados em média em 1.30% para entrar no mercado americano. Portanto, segundo estes dados e caso esse padrão tenha se mantido, uma tarifa média de 4.70% aplicada ao Brasil seria justa. No entanto, os produtos brasileiros foram taxados em 10% com a decisão de Donald Trump. O Brasil deveria adotar medida de reciprocidade, aplicando tarifa de 10% nas importações de produtos americanos? Analistas divergem a respeito. O Que Donald Trump Realmente Pretende Há um questionamento generalizado sobre qual a verdadeira intenção de Donald Trump com seu protecionismo exacerbado, que irá afetar principalmente a economia interna dos Estados Unidos, com reflexos igualmente deletérios para toda a economia mundial. Uma corrente de analistas avalia que a agenda secreta de Donald Trump seria promover uma recessão profunda na economia norte-americana para desta forma equacionar o problema da crescente dívida pública dos Estados Unidos. Esse hipótese merece ser considerada, pois ela possui lógica interna e uma racionalidade econométrica, que exploraremos em artigo em separado. No entanto, a meu ver, a agenda verdadeira de Donald Trump e as medidas dela decorrentes, tanto na economia como na geopolítica, não podem ser explicadas...

Coreia do Norte Enviou Mais Três Mil Soldados Para Rússia Este Ano

por angelica ca e paulo eneas A Coreia do Norte enviou mais 3.000 soldados de seu exército regular no início desse ano para combater ao lado dos russos na Guerra da Ucrânia. A nova remessa de soldados norte-coreanos foi enviada para suprir as baixas sofridas no campo de batalha durante os combates contra as forças ucranianas. A informação foi divulgada semana passada por fontes militares da Coreia do Sul. A Coreia do Norte também reforçou seu fornecimento a Moscou de mísseis balísticos de curto alcance, artilharia e munição para ser usada na guerra de agressão russa contra a Ucrânia. Rússia e a Coreia do Norte fortaleceram os laços de cooperação militar desde a invasão russa da Ucrânia no começo de 2022. A partir de então o regime de ditadura norte-coreano vem fornecendo à Rússia projéteis de artilharia, mísseis e tropas em troca de produtos petrolíferos e tecnologia avançada de foguetes. Fontes militares afirmam que até 12.000 soldados norte-coreanos foram enviados à região de Kursk no ano passado em auxílio à Rússia na sua guerra de agressão contra a Ucrânia.

Donald Trump Afirma Que Irá Até Onde For Preciso Para Obter Controle da Groenlândia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer que os Estados Unidos precisam, na visão imperialista-putinista, dele assumir o controle da Groenlândia por questão de segurança nacional e internacional.

"Precisamos dela, devemos tê-la. (…) Odeio dizer isso assim, mas vamos ter que tomar posse deste imenso território ártico", afirmou Donald Trump em uma entrevista ao podcaster Vince Coglianese, onde disse ainda que a Dinamarca seria forçada a ceder às suas exigências sobre o território, afirmando que "a Dinamarca precisa que fiquemos com a Groenlândia".

Recentemente Donald Trump afirmou que os Estados Unidos "irão até onde for preciso" para assumir o controle da Groenlândia, recusando-se a descartar o uso de força militar para colocar a Groenlândia sob o controle de Washington, apesar da imensa ilha ser território da Dinamarca, que é aliada dos Estados Unidos membro da OTAN há décadas.

Réu

por angelica ca e paulo eneas O fato político mais importante da semana passada não foi exatamente uma novidade: conforme já era esperado, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade na última quarta-feira (26/03) pelo acolhimento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas, que integram um dos núcleos de acusados de suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. É importante lembrar que a decisão não condena nem inocenta os acusados, mas apenas indica que os magistrados viram indícios de crimes nas denúncias apresentadas pela Procuradoria. Uma vez que a denúncia foi aceita, Jair Bolsonaro e os demais sete acusados tornam-se réus e responderão a uma ação penal. Na ação penal os réus responderão por suposta prática dos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União. Todos estes crimes e a duração de suas respectivas penas de reclusão, que podem chegar até 26 anos de reclusão, estão previstos na Lei 14197, a Lei Bolsonaro, e em artigos do Código Penal modificados por esta lei, que o ex-presidente fez aprovar a partir de projeto de lei petista e sancionou em 1 de setembro de 2021. Com instauração da ação penal, inicia-se uma série de trâmites e audiências. Na primeira etapa, que é a da instrução, serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa, além dos depoimentos dos próprios acusados e as alegações finais do Ministério Público. Os advogados poderão indicar testemunhas e pedir a produção de novas provas para comprovar as teses de defesa. Com o fim da instrução do processo, o julgamento será marcado, e os ministros deverão votar pela condenação ou absolvição dos réus, e em seguida, vão estipular as penas de forma individualizada. Não há data definida para o julgamento, que depende do andamento da instrução processual. Até ao final do julgamento, os réus devem responder ao processo em liberdade, mas ficam impedidos de sair do território nacional. Conforme entendimento já firmado pelo Supremo Tribunal Federal, qualquer prisão para cumprimento de pena só deve ocorrer após o trânsito em julgado da ação penal. Isto é, quando não for mais possível apresentar nenhum recurso contra eventual condenação. Com a aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República, tornaram-se réus os seguintes políticos, militares e figuras públicas: • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal • Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) • Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa • Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de ter sido candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 As Primeiras Reações de Jair Bolsonaro Logo após a decisão da primeira turma do STF que o tornou réu, Jair Bolsonaro deu declarações com duas intenções bem claras: vitimizar-se junto à sua base eleitoral e implorar por clemência e misericórdia de seus algozes, e ao mesmo tempo isentar-se de qualquer responsabilidade pelas manifestações que desaguaram nos eventos de 8 de Janeiro de 2023 em Brasília. Seguindo orientação de seus advogados, Jair Bolsonaro fez menção a trechos cuidadosamente escolhidos de pronunciamentos seus ainda ao final de 2022 onde faz referências genéricas a uma suposta manifestação de caminhoneiros que estaria prestes a ocorrer antes da posse do petista Lula. Ou seja, o então presidente Jair Bolsonaro escolheu na época falar sobre algo que não estava ocorrendo, o que é uma evidente estratégia para eximir-se de responsabilidades. Desde quando revelou sua verve bolchevique revolucionária, a direita brasileira transformou os caminhoneiros no "seu proletariado". A última grande mobilização dos caminhoneiros no Brasil não foi uma greve, mas um locaute (sabotagem patronal orquestrada por um segmento econômico) de empresas do setor em 2017, ainda no Governo Temer, e que custou uma fração apreciável do PIB nacional naquele ano. O locaute teve apoio amplo da esquerda e também da direita, mostrando o quanto ambos os espectros têm mais em comum do que de diferenças. O locaute disfarçado de greve promoveu lideranças como André Janones, que foi reverenciado por inúmeras lideranças da direita de então e depois tornou-se deputado federal da base do governo petista. Desde então a direita bolchevique passou a ameaçar o cenário político nacional de tempos em tempos com blefes sobre supostas greves de caminhoneiros, o que geraria desabastecimento em escala nacional. Greves estas que na verdade nunca ocorreram nem ocorreriam. Tudo sempre foi um blefe, e não há razão alguma para acreditar que seria diferente ao final de 2022. As Mobilizações Reais em Porta de Quartel em Brasília O que existia de mobilização real ao final de 2022 e sobre a qual Jair Bolsonaro omitiu-se esta semana em sua primeira fala após tornar-se réu eram os acampamentos em porta de quartel em Brasília. Essas mobilizações não surgiram por geração espontânea. As centenas ou milhares de donas de casa, manicures, motoristas de Uber, pequenos empresários, pessoas desempregadas e outras tantas gentes comuns do povo não despertaram um dia qualquer após as eleições daquele ano e decidiram abandonar suas famílias e seus afazeres para ir acampar em Brasília e pedir golpe de Estado, sob o eufemismo de intervenção militar constitucional, por vontade própria. Estas pessoas foram incitadas e estimuladas a tal por meio da rede bolsonarista de agentes desinformantes que passaram a falar em nome, ainda que não oficialmente, do então presidente, que em momento algum veio a público desautorizar estes agentes. Pelo contrário, em diversas oportunidades Jair Bolsonaro dirigiu-se aos manifestantes, inclusive no Palácio da Alvorada, com discursos genéricos que os incitavam a permanecer mobilizados. A manipulação daquela massa de inocentes era feita por estes mesmos agentes bolsonaristas com interpretações fantasiosas de supostas mensagens cifradas, com slogans ilusionistas como "aguarde mais 72h" ou então " não sobe a rampa". Em momento algum Jair Bolsonaro teve a hombridade de vir a público reconhecer...

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O Reality Show Político de Jair Bolsonaro na UTI Hospitalar

por paulo eneas O coletivo militante bolsonarista nas redes sociais reagiu com indignação ao fato do ex-presidente Jair Bolsonaro ter sido intimado por oficial de justiça esta semana estando ainda internado em uma UTI hospitalar. Mas esse mesmo coletivo militante em momento algum viu estranheza no fato de um paciente internado em UTI fazer lives, receber correligionários políticos e conceder entrevistas. O fato é que Jair Bolsonaro tentou valer-se da UTI como "asilo" o maior tempo possível para não ser formalmente notificado por oficial de justiça, valendo-se de uma interpretação amadora do Art 244 do Código de Processo Civil que estabelece situações em que a citação não pode ser realizada. Os quatro casos previstos são: a) Participação em culto religioso b) Período de sete dias de luto por falecimento de cônjuge ou parente até segundo grau c) Três dias após o casamento d) Estando doente em estado grave Ao contrário da fake news espalhada pelo coletivo bolsonarista, o judiciário não ignorou essa lei ao determinar a intimação de Jair Bolsonaro. Em nota o judiciário informou que os demais réus foram todos notificados entre os dias 11 e 15 de abril e que a citação de Jair Bolsonaro estava em aguardo até que o ex-presidente estivesse em condições de saúde para receber o oficial de justiça, pois o Art 244 do CPC diz claramente: Art. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: IV - de doente, enquanto grave o seu estado. (grifo nosso) Ocorre que no período da internação hospitalar em UTI, Jair Bolsonaro recebeu visitas de correligionários políticos, deu entrevista a uma emissora de televisão e ainda fez uma transmissão ao vivo pela internet com os filhos na terça-feira (22/04) onde o próprio ex-presidente afirmou estar bem de saúde e que possivelmente terá alta na próxima segunda-feira. As imagens divulgadas desses eventos midiáticos na UTI mostram pessoas sem uso de equipamentos de proteção individual, como luvas, máscaras e aventais, normalmente exigidos em ambiente hospitalar para os visitantes de pacientes em UTI. Diante dessas evidências proporcionadas pelo próprio réu, em especial a live de terça-feira, judiciário entendeu que Jair Bolsonaro não está albergado pela restrição prevista no Art 244 do Código de Processo Civil, alínea IV, reproduzido acima, que prevê a condição de estado grave de saúde. E portanto, foi intimado nesta quarta-feira (23/04). Tudo indica que a internação do ex-presidente na UTI, ainda que tenha sido de fato motivada por razões de saúde no entender dos médicos, também foi usada pela defesa de Jair Bolsonaro como expediente de postergação, um "asilo" simbólico, para retardar sua citação. Se esta foi a estratégia, ela deu errado. COLABORE VIA DOAÇÃO NO PIX: 022.597.428-23 Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23
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Uma Direita Amoral Que Apoia e Defende o Novo Hitler do Século Vinte e Um

por paulo eneas O governo dos Estados Unidos informou nesta terça-feira (15/04) aos países membros do G7 que não apoiará qualquer declaração conjunta do grupo condenando o ataque mortal da Rússia contra civis ucranianos na cidade de Sumy ocorrido no Domingo de Ramos passado. O ataque matou 34 civis, incluindo crianças. A informação é da Bloomberg, citando fontes do Departamento de Estado, a chancelaria americana. Os detalhes da ação criminosa e a reação cínica de Donald Trump isentando os russos da responsabilidade pelo crime cometido estão descritos no artigo Putin Combatendo os "Globalistas": Ataque Russo Mata Mais de 30 Civis na Ucrânia no Domingo de Ramos que publicamos nesta segunda. O ditador e genocida Vladimir Putin sabe que pode contar com a retaguarda do atual chefe da Casa Branca para cometer todos os tipos de crimes de guerra contra civis ucranianos. Putin sabe também que pode contar com respaldo na opinião pública ocidental assegurado pela direita do Ocidente, que se tornou aliada de regimes de ditadura e de ditadores genocidas. Para esta direita amoral e imoral, que se diz anticomunista, pouco importa que o agressor russo conte com auxílio do exército da ditadura comunista da Coreia do Norte na sua guerra de agressão contra a Ucrânia. Também pouco importa para essa direita anticomunista-fake que militares chineses estejam em campo na Ucrânia combatendo ao lado dos agressores russos, ainda que o regime de ditadura de Pequim negue oficialmente seu envolvimento na guerra. O fato é que estamos vivendo uma distopia contemporânea onde o Novo Hitler do Século 21 pode agir com desenvoltura sabendo que o mundo inteiro é quase todo ele governado por novos Neville Chamberlain's e novos Mussolini's que estão prontos para respaldar todos os tipos de crimes e atrocidades que este fuhrer eslavo queira cometer em sua saga expansionista eurasiana. Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23
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Putin Combatendo os “Globalistas”: Ataque Russo Mata Mais de 30 Civis na Ucrânia no Domingo de Ramos

por angelica ca e paulo eneas Um ataque russo com mísseis balísticos fragmentadores no centro da cidade ucraniana Sumy matou pelo menos 34 civis e deixou outras 117 pessoas feridas na manhã deste Domingo de Ramos (13/04). Quinze crianças ucranianas ficaram feridas e duas morreram no ataque. O ataque, realizado com mísseis balísticos fragmentadores no início da Semana Santa, foi o o mais mortal nestes últimos meses da Guerra da Ucrânia, que foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022. Desde o final do ano passado a guerra escalou para um conflito mais amplo com a entrada da Coreia do Norte ao lado da Rússia na invasão à Ucrânia. O ataque ocorre no momento em que a Rússia sente-se mais estimulada por Washington a prosseguir em sua guerra agressão, uma vez que Donald Trump vem dando sinais claros de apoio às ambições expansionistas russas, ao mesmo tempo em que se recusa a tratar a Rússia como agressora e responsabiliza a Ucrânia pela agressão sofrida. Muitos cidadãos ucranianos estavam a caminho ou reunidos no Domingo de Ramos quando mísseis balísticos russos atingiram o centro da cidade. O ataque russo foi um típico ato de crime de guerra, uma vez que os alvos eram todos civis, e não instalações militares ou tropas ucranianas. O ataque repete crime de guerra semelhante praticado pelos russos há uma semana, quando um ataque à localidade ucraniana de Kryvyi Rih matou outras 20 pessoas, todas civis ucranianos. O bombardeio russo deste final de semana se soma à longa lista de crimes de guerra que a Rússia vem praticando contra civis da Ucrânia desde o início da invasão russa. Apesar das denúncias internacionais, o ditador Vladimir Putin continua a perpetuar esses crimes, agora com o apoio explícito da Casa Branca chefiada pelo seu aliado mais importante: Donald Trump. Vídeos que circularam nas redes sociais após o ataque mostram corpos espalhados pelas ruas e vários veículos, incluindo um ônibus, que sofreram grandes danos no ataque. O medíocre secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, limitou-se a emitir uma declaração burocrática e protocolar sem efeito algum. Por sua vez, Donald Trump usou do cinismo que lhe é próprio ao comentar o ataque, afirmando: "Me disseram que foi um erro, e se eles afirmaram que foi um erro, é por que foi". O ditador Vladimir Putin vem cometendo crimes de guerra e genocídio contra os ucranianos desde o início da guerra de agressão, assim como foi feito pelo seu antecessor Josef Stalin décadas atrás com o Holodomor. A diferença é que agora o ditador russo conta com o apoio político da direita ocidental, que não vê obstáculo moral algum em um regime de ditadura invadir uma nação soberana e matar seus civis, desde que esta agressão e estes crimes sejam cometidos em nome de um combate contra o espantalho que essa direita cúmplice de criminosos chama de "globalistas". Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23
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Estrategista Amador: Blefes e Recuos de Donald Trump Fortalecem a China e Enfraquecem os Estados Unidos

Donald Trump está se revelando um amador nas estratégias de negociação sobre comércio internacional e que desconhece por completo a real natureza do regime de ditadura chinesa, pois acreditou que poderia blefar com o Partido Comunista Chinês sobre as tarifas. A resposta da China nos últimos dias poderá custar caro aos Estados Unidos. por paulo eneas A semana que passou foi marcada pela sequência de capítulos espetaculosos da maneira leviana e amadora com que Donald Trump tem tratado as relações comerciais dos Estados Unidos com o resto do mundo no que diz respeito às tarifas de comércio internacional. A cada decisão anunciada, no dia seguinte Donald Trump vinha com um recuo, sinalizando assim a falta de apoio e respaldo do setor produtivo norte-americano à sandice que tem guiado a política comercial da Casa Branca. A última decisão de Donald Trump foi a de impor tarifas de 145% a todos os produtos importados da China, que reagiu impondo a mesma tarifa em reciprocidade aos produtos importados dos Estados Unidos e falando abertamente em desacoplamento das duas economias, ou seja, o fim de todas as transações comerciais entre os dois países. Mas o pior estava por vir. Cabe aqui antes uma observação prévia: a China precisa do mercado norte-americano para exportar seus excedentes manufaturados e dar sobrevida a seu modelo econômico exportador sobre o qual se assenta seu regime de ditadura? Sim. A China teme o poderio econômico, e também militar, norte-americano? Seguramente sim, e prova disso é que a reação inicial chinesa às primeiras investidas destrambelhadas de Donald Trump veio em forma de uma resposta moderada e calculada. Ocorre que aparentemente a China já percebeu que não tem por que temer Donald Trump, pois os chineses já entenderam que o atual chefe da Casa Branca não passa de um amador no xadrez geopolítico. Um amador que acha que pode chutar aliados estratégicos e históricos, como Europa e Canadá, e que acredita mesmo que as regras e o ambiente de comércio internacional são os mesmos das negociações comezinhas domésticas do mercado imobiliário. No dia seguinte ao anúncio das tarifas de 145% sobre a China, Donald Trump recuou duplamente: anunciou suspensão por noventa dias de decisão anterior sobre tarifas para mais de cem outros países, e a isenção tarifária para uma classe de produtos manufaturados chineses, incluindo computadores, chips, celulares, placas de energia solar e outros. Ou seja, para o consumidor americano, vai continuar sendo mais vantajoso e barato importar esses produtos da China do que comprar seus similares que venham a ser fabricados nos Estados Unidos, pois estes terão obrigatoriamente componente importados da China, que continuarão sendo taxados em 145%. Ao menos até o próximo recuo de Trump. Portanto, a promessa da "reindustrialização" americana continuará sendo apenas mais uma bravata trumpista, pois após o vai e vem de Donald Trump tornou-se mais caro para qualquer empreendedor tentar fabricar computadores, chips, celulares e painéis solares nos Estados Unidos. Graças a Donald Trump, os Estados Unidos são nesse momento menos competitivos do que já eram antes nesse setor de indústria de ponta. O Partido Comunista Chinês Não Blefa Logo após o recuo trumpista, a China reagiu com maestria: em vez anunciar alguma medida de reciprocidade favorável, como possivelmente Trump esperaria, os chineses anunciaram neste final de semana a restrição de exportações para os Estados Unidos de minerais raros chineses, que são cruciais para a indústria de tecnologia e do setor militar norte-americano. Um golpe duro que seguramente não estava no limitado e quase inexistente horizonte estratégico de Donald Trump. A maneira pela qual a China vem reagindo ao amadorismo trumpista mostra que os chineses já perceberam que as ideias presentes no panfleto em forma de livro chamado a "Art Of The Deal" não passam de um blefe de marketing político para construção de imagem pessoal, e que não revelam maestria estratégica alguma. É apenas showbiz para consumo interno das massa de idólatras. A reação da China diante dos próximos blefes, seguidos de recuos, de Donald Trump poderá confirmar essa nossa análise. O fato é que nesse momento os Estados Unidos estão em posição enfraquecida na guerra comercial brancaleônica iniciada por Donald Trump contra a China. O país também está enfraquecido na sua relação com os já quase ex-aliados, como Canadá e Europa. Nessa semana, líderes europeus anunciaram a disposição de não mais comprar equipamentos militares americanos, por falta de confiança, no esforço já anunciado de rearmar a Europa. A prova desse enfraquecimento americano aparece também no setor financeiro: pela primeira vez na história há um ambiente de quebra de confiança dos investidores nos títulos de longo prazo da dívida pública americana. Por décadas, títulos do tesouro norte-americano foram considerados o ativo mais seguro e confiável do mundo, o porto seguro em todos os cenários de crise. Esta semana que passou, no entanto, vimos o aumento exigido no valor do prêmio de risco (juros cobrados) pelos títulos de longo prazo da dívida americana: saíram de 4.3% para mais de 5.0% ao ano em poucos dias para os títulos de dez anos, os chamados Treasuries 10YR. Um desastre sem precedentes, pois o aumento nos juros desses títulos eleva a pressão na já enorme dívida pública americana e inaugura um ambiente de desconfiança que nunca existiu antes, nem mesmo na pandemia da covid ou durante a crise de subprime de 2008. O fato é que Donald Trump está sendo um desastre para os Estados Unidos e para o todo o Ocidente, conforme antecipamos que seria ainda no ano passado, antes mesmo das prévias do Partido Republicano. Um desastre que conta com o apoio cego da doentia e deformada direita ocidental, que colocou-se quase toda ela ao lado do eixo dos regimes de ditadura e aplaude as sandices trumpistas que estão fazendo Vladimir Putin e Xi Jinping sorrir como nunca imaginaram. Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em...
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Donald Trump Impõe Tarifas de Importação de 104% Sobre China e Gera Novas Incertezas nos Mercados

por paulo eneas A Casa Branca confirmou na tarde desta terça-feira (08/04) tarifas de importação adicionais sobre produtos chineses, elevando para 104% a taxação tarifária total aplicada pelos Estados Unidos sobre a China. As novas tarifas entram em vigor nesta quarta-feira. O temor de uma quebra da cadeia global suprimentos decorrente dessas medidas trouxe nova instabilidade e aversão ao risco nos mercados. Bolsas americanas interromperam processo de recuperação que vinha ocorrendo hoje após dias seguidos de queda e estão no momento com as cotações estabilizadas, mas com viés baixista. O dólar disparou assim que a medida foi anunciada. No Brasil, a moeda norte-americana volta a ser negociada acima de R$ 6,00 no mercado de câmbio futuro. Nenhum analista consegue apresentar uma análise fria e mais assertiva sinalizando onde de fato Donald Trump pretende chegar. E quando se aponta um possível objetivo, como por exemplo a desvalorização do dólar frente a outras moedas para reduzir deficits comerciais norte-americanos, as ações ações de Trump produzem efeito na direção oposta. Algumas análises apontam que Brasil poderá talvez (com muitas reticências aqui) beneficiar-se das sandices tarifárias trumpistas. De um modo geral, analistas acreditam que China e economias emergentes sairiam beneficiadas. Assim, China, Brasil, Mexico e India fortaleceriam suas economias por conta do isolacionismo irracional de Donald Trump. Em termos políticos, caso esse isolacionismo norte-americano no comércio internacional persista, Donald Trump estaria na prática ajudando a reeleger o petista Lula no Brasil e fortalecendo politicamente a atual presidente esquerdista do Mexico. No Canadá, ao contrário de algumas tolices afirmadas pelo ex-ministro Paulo Guedes em evento no início de março, o efeito político das bravatas e ameaças trumpistas foi fortalecer o Partido Liberal (progressista) de Trudeau, que saiu do cargo de premier, mas seu partido segue majoritário e apontou o sucessor, menos desgastado politicamente. Há um entendimento junto a maioria dos analistas que as medidas adotadas por Donald Trump terão efeitos devastadores internos na economia americana, com recessão, desemprego e inflação. Pois tarifas representam encarecimento de produtos e serviços na ponta do consumo e aumento de custos na ponta da produção. Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23
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Hands Off: Milhares Protestam em Várias Cidades Norte-Americanas Contra Donald Trump

Milhares de norte-americanos saíram às ruas em todas as capitais do país nesse fim de semana em protestos contra as políticas autoritárias e antirrepublicanas de Donald Trump e contra a sandice de sua sanha tarifária que já gerou perdas de bilhões de dólares para empresas e pessoas físicas norte-americanas. por angelica ca e paulo eneas Milhares de manifestantes protestaram em todos os estados norte-americanos nesse último sábado (05/04) contra o governo de Donald Trump. As manifestações denominadas Hands Off (tire suas mãos) aconteceram nas capitais dos cinquenta estados da federação e também nas cidades de Washington, New York, Los Angeles, bem como em outros países. Os protestos foram as maiores demonstrações em nível nacional de oposição política a Donald Trump, desde que o republicano assumiu a Casa Branca há pouco mais de dois meses. Os protestos ocorreram na mesma semana em que Donald Trump anunciou sua insana política tarifária que tem abalado as economias do mundo todo. O país mais afetado até agora pela sandice tarifária trumpista são os próprios Estados Unidos. O mercado estima uma destruição de riqueza da ordem de dezenas de bilhões de dólares em  perda de valor das principais empresas norte-americanas desde quando Donald Trump iniciou suas ameaças de isolar os Estados Unidos do comércio internacional. Mais da metade da população adulta norte-americana, incluindo principalmente os assalariados, investem suas economias e aposentadorias nas grandes empresas americanas por meio das Bolsas de Valores. As perdas de patrimônio de mais da metade da população têm sido superiores, segundo algumas estimativas, àquela do período da pandemia. Além dos Estados Unidos, as manifestações ocorreram no México, Itália, França, Reino Unido, Alemanha, Canadá, México, Áustria, Holanda e Portugal. A Europa está sendo diretamente impactada pelas políticas de Donald Trump em relação à OTAN e à Guerra na Ucrânia, além das políticas tarifárias, resultando num ambiente de instabilidade e insegurança no continente. Algumas pesquisas mostram que os índices de aprovação do governo de Donald Trump estão em queda. Uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada no início da semana passada mostrou que seu índice de aprovação caiu para 43%, seu ponto mais baixo desde que Trump começou seu segundo mandato em janeiro, quando estava com 47% de aprovação. Novas manifestações Hands Off estão sendo organizados para o próximo fim de semana. O site Hands Off Mobilize informa que novas manifestações estão sendo programadas para os estados de Arkansas, Texas e Kentucky. Leia também: Tarifaço de Donald Trump: O Dia da Ruína Independência Editorial Garantida A Revista Crítica Nacional é um projeto editorial de análises políticas e econômica do campo da direita democrática liberal. Nosso empreendimento é de acesso público livre e gratuito, pois não temos fins lucrativos. O site é mantido principalmente com recursos próprios de seu editor, o que assegura nossa absoluta independência editorial em relação a lideranças políticas, partidos políticos ou grupos de interesse econômico. Nosso objetivo e linha editorial estão descritos em detalhes no documento QUEM SOMOS, que pode ser acessado no menu principal. O leitor interessado pode contribuir para assegurar a continuidade de nossa independência editorial por meio de doações voluntárias, que serão destinadas unicamente ao custeio do nosso site. As doações podem ser feitas no pix abaixo: PIX: 022.597.428-23
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Tarifaço de Donald Trump: O Dia da Ruína

por paulo eneas O tarifaço anunciado nesta quarta-feira (02/04) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está sendo corretamente chamado de Dia da Ruína, pela revista The Economist. No dia seguinte ao anúncio das medidas, uma onda de incerteza e insegurança afetou toda a economia mundial, principalmente a dos Estado Unidos. As principais empresas norte-americanas perderam centenas de milhões de dólares em valor de mercado, perdas estas refletidas no comportamento das principais bolsas de valores dos Estado Unidos, que fecharam todas no dia seguinte com quedas expressivas superiores a 3.98% (Dow Jones). Por exemplo, a Nasdaq fechou a quinta-feira (03/04) em queda de 5.97% no valor de suas ações. Bolsas europeias também fecharam em queda acentuada. Este processo de quedas generalizadas, chamado de aumento da aversão ao risco no jargão dos analistas, veio acompanhado da queda nos preços internacionais do petróleo e do próprio dólar em relação às principais moedas internacionais, conforme medido pelo índice DXY. A queda do dólar foi acompanhada da valorização relativa do Euro. A queda acentuada nos preços internacionais do petróleo que seguiu-se ao anúncio das tarifas de comércio internacional é um dos mais fortes indicadores de retração da atividade econômica no mundo todo, apontando para o risco concreto de uma recessão em escala internacional provocada pela mudança arbitrária na regras do comércio internacional promovida por Donald Trump. Uma Completa Arbitrariedade na Definição das Tarifas Inicialmente acreditava-se que Donald Trump iria anunciar medidas de reciprocidade em relação a tarifas de comércio exterior com os parceiros comerciais dos Estados Unidos. Por exemplo, se um dado país cobrasse x por cento nas importações de produtos americanos, os Estados Unidos cobrariam os mesmos x por cento de tarifa para a entrada de produtos desse país no mercado americano. Se fosse essa a medida anunciada ela seria justa e não haveria o que se criticar. A propósito, essa foi a promessa feita em fala recente pelo secretário do Tesouro (equivalente a ministro da Fazenda) dos Estados Unidos, Scott Bessent. Ocorre que não foi isso o anunciado. O que o governo Trump fez foi, em relação a cada país, adotar uma tarifa definida pela metade da ratio do déficit comercial americano com aquele país em relação ao valor das exportações daquele país para os Estados Unidos. Ou seja, não se trata de reciprocidade tarifária nominal, mas sim uma feitiçaria numérica aleatória, sem qualquer lastro no conhecimento em ciência econômica consolidada, para se aplicar tarifas aleatoriamente como se não houvesse amanha. E caso se prossiga com esta sandice, poderá não haver mesmo um amanhã, aos menos para a economia americana no curto e médio prazo. Chamou a atenção dos analistas o caso do Vietnam: aquele país foi tarifado em 45% segundo a métrica de feitiçaria adotada. Ocorre que os Vietnam não aplica tarifas desse valor para entrada de produtos americanos no seu mercado. Retrocesso de Cem Anos no Comércio Internacional Os analistas também afirmam que o isolacionismo radical dos Estados Unidos sob o regime político de Donald Trump, isolacionismo este que foi antecipado por nós ainda no ano passado durante a campanha eleitoral americana, representa um retorno ao padrão de comércio internacional "travado" que existia entre as décadas de vinte e trinta do século passado. Esse sistema de comércio internacional travado mantido por um estado permanente de guerra comercial de todos contra todos ensejou o ambiente para o surgimento de movimento ideológicos autoritários como fascismo e nazismo e desaguou na Segunda Guerra Mundial. Após a guerra e suas mazelas, um longo processo de negociação, que incluiu a formação da União Europeia, por incentivo e estímulo dos Estados Unidos, e entidades multilaterais como a Organização Mundial do Comércio, permitiu o surgimento pactuado do sistema de livre comércio internacional existente hoje e que beneficiou principalmente os Estados Unidos. É este sistema internacional de livre comércio que está sendo agora detonado e destruído por Donald Trump. Cabe observar ainda que a medida adotada por Donald Trump também repete a fórmula conhecida como Smoot Hawley Act. Tratou-se de uma lei dotada em junho de 1930 pelo governo do então presidente Herbert Hoover e que impôs tarifas elevadíssimas a milhares de itens importados pelos Estados Unidos de seus principais parceiros comerciais. Os países afetados pela lei reagiram em reciprocidade, impondo tarifas de importação análogas aos Estados Unidos, o que travou o comércio mundial e assim acentuou e prolongou a Grande Depressão Econômica, retratada até mesmo em filmes, que se seguiu ao Big Crash da Bolsa de Nova York de 1929. Como as Tarifas Afetaram o Brasil Entre os mortos e feridos pelo tarifaço de Donald Trump, o Brasil sobressaiu-se como um dos poucos sobreviventes: analistas avaliam que a imposição de tarifa de 10% aos produtos brasileiros "não foi tão ruim" ante as tarifas impostas aos demais países. Ainda assim, foi uma medida hostil ao nosso país. Segundo estudo da FGV Ibre, baseado em dados do Banco Mundial, o Brasil aplicou em média uma tarifa de 4.70% nas importações de produtos americanos ao longo do ano de 2022. Nesse mesmo ano, os produtos brasileiros foram taxados em média em 1.30% para entrar no mercado americano. Portanto, segundo estes dados e caso esse padrão tenha se mantido, uma tarifa média de 4.70% aplicada ao Brasil seria justa. No entanto, os produtos brasileiros foram taxados em 10% com a decisão de Donald Trump. O Brasil deveria adotar medida de reciprocidade, aplicando tarifa de 10% nas importações de produtos americanos? Analistas divergem a respeito. O Que Donald Trump Realmente Pretende Há um questionamento generalizado sobre qual a verdadeira intenção de Donald Trump com seu protecionismo exacerbado, que irá afetar principalmente a economia interna dos Estados Unidos, com reflexos igualmente deletérios para toda a economia mundial. Uma corrente de analistas avalia que a agenda secreta de Donald Trump seria promover uma recessão profunda na economia norte-americana para desta forma equacionar o problema da crescente dívida pública dos Estados Unidos. Esse hipótese merece ser considerada, pois ela possui lógica interna e uma racionalidade econométrica, que exploraremos em artigo em separado. No entanto, a meu ver, a agenda verdadeira de Donald Trump e as medidas dela decorrentes, tanto na economia como na geopolítica, não podem ser explicadas...
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Coreia do Norte Enviou Mais Três Mil Soldados Para Rússia Este Ano

por angelica ca e paulo eneas A Coreia do Norte enviou mais 3.000 soldados de seu exército regular no início desse ano para combater ao lado dos russos na Guerra da Ucrânia. A nova remessa de soldados norte-coreanos foi enviada para suprir as baixas sofridas no campo de batalha durante os combates contra as forças ucranianas. A informação foi divulgada semana passada por fontes militares da Coreia do Sul. A Coreia do Norte também reforçou seu fornecimento a Moscou de mísseis balísticos de curto alcance, artilharia e munição para ser usada na guerra de agressão russa contra a Ucrânia. Rússia e a Coreia do Norte fortaleceram os laços de cooperação militar desde a invasão russa da Ucrânia no começo de 2022. A partir de então o regime de ditadura norte-coreano vem fornecendo à Rússia projéteis de artilharia, mísseis e tropas em troca de produtos petrolíferos e tecnologia avançada de foguetes. Fontes militares afirmam que até 12.000 soldados norte-coreanos foram enviados à região de Kursk no ano passado em auxílio à Rússia na sua guerra de agressão contra a Ucrânia.

Donald Trump Afirma Que Irá Até Onde For Preciso Para Obter Controle da Groenlândia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer que os Estados Unidos precisam, na visão imperialista-putinista, dele assumir o controle da Groenlândia por questão de segurança nacional e internacional.

"Precisamos dela, devemos tê-la. (…) Odeio dizer isso assim, mas vamos ter que tomar posse deste imenso território ártico", afirmou Donald Trump em uma entrevista ao podcaster Vince Coglianese, onde disse ainda que a Dinamarca seria forçada a ceder às suas exigências sobre o território, afirmando que "a Dinamarca precisa que fiquemos com a Groenlândia".

Recentemente Donald Trump afirmou que os Estados Unidos "irão até onde for preciso" para assumir o controle da Groenlândia, recusando-se a descartar o uso de força militar para colocar a Groenlândia sob o controle de Washington, apesar da imensa ilha ser território da Dinamarca, que é aliada dos Estados Unidos membro da OTAN há décadas.

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Réu

por angelica ca e paulo eneas O fato político mais importante da semana passada não foi exatamente uma novidade: conforme já era esperado, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu por unanimidade na última quarta-feira (26/03) pelo acolhimento da denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras sete pessoas, que integram um dos núcleos de acusados de suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. É importante lembrar que a decisão não condena nem inocenta os acusados, mas apenas indica que os magistrados viram indícios de crimes nas denúncias apresentadas pela Procuradoria. Uma vez que a denúncia foi aceita, Jair Bolsonaro e os demais sete acusados tornam-se réus e responderão a uma ação penal. Na ação penal os réus responderão por suposta prática dos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União. Todos estes crimes e a duração de suas respectivas penas de reclusão, que podem chegar até 26 anos de reclusão, estão previstos na Lei 14197, a Lei Bolsonaro, e em artigos do Código Penal modificados por esta lei, que o ex-presidente fez aprovar a partir de projeto de lei petista e sancionou em 1 de setembro de 2021. Com instauração da ação penal, inicia-se uma série de trâmites e audiências. Na primeira etapa, que é a da instrução, serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa, além dos depoimentos dos próprios acusados e as alegações finais do Ministério Público. Os advogados poderão indicar testemunhas e pedir a produção de novas provas para comprovar as teses de defesa. Com o fim da instrução do processo, o julgamento será marcado, e os ministros deverão votar pela condenação ou absolvição dos réus, e em seguida, vão estipular as penas de forma individualizada. Não há data definida para o julgamento, que depende do andamento da instrução processual. Até ao final do julgamento, os réus devem responder ao processo em liberdade, mas ficam impedidos de sair do território nacional. Conforme entendimento já firmado pelo Supremo Tribunal Federal, qualquer prisão para cumprimento de pena só deve ocorrer após o trânsito em julgado da ação penal. Isto é, quando não for mais possível apresentar nenhum recurso contra eventual condenação. Com a aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República, tornaram-se réus os seguintes políticos, militares e figuras públicas: • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor-geral da Abin • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal • Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) • Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa • Walter Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, além de ter sido candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022 As Primeiras Reações de Jair Bolsonaro Logo após a decisão da primeira turma do STF que o tornou réu, Jair Bolsonaro deu declarações com duas intenções bem claras: vitimizar-se junto à sua base eleitoral e implorar por clemência e misericórdia de seus algozes, e ao mesmo tempo isentar-se de qualquer responsabilidade pelas manifestações que desaguaram nos eventos de 8 de Janeiro de 2023 em Brasília. Seguindo orientação de seus advogados, Jair Bolsonaro fez menção a trechos cuidadosamente escolhidos de pronunciamentos seus ainda ao final de 2022 onde faz referências genéricas a uma suposta manifestação de caminhoneiros que estaria prestes a ocorrer antes da posse do petista Lula. Ou seja, o então presidente Jair Bolsonaro escolheu na época falar sobre algo que não estava ocorrendo, o que é uma evidente estratégia para eximir-se de responsabilidades. Desde quando revelou sua verve bolchevique revolucionária, a direita brasileira transformou os caminhoneiros no "seu proletariado". A última grande mobilização dos caminhoneiros no Brasil não foi uma greve, mas um locaute (sabotagem patronal orquestrada por um segmento econômico) de empresas do setor em 2017, ainda no Governo Temer, e que custou uma fração apreciável do PIB nacional naquele ano. O locaute teve apoio amplo da esquerda e também da direita, mostrando o quanto ambos os espectros têm mais em comum do que de diferenças. O locaute disfarçado de greve promoveu lideranças como André Janones, que foi reverenciado por inúmeras lideranças da direita de então e depois tornou-se deputado federal da base do governo petista. Desde então a direita bolchevique passou a ameaçar o cenário político nacional de tempos em tempos com blefes sobre supostas greves de caminhoneiros, o que geraria desabastecimento em escala nacional. Greves estas que na verdade nunca ocorreram nem ocorreriam. Tudo sempre foi um blefe, e não há razão alguma para acreditar que seria diferente ao final de 2022. As Mobilizações Reais em Porta de Quartel em Brasília O que existia de mobilização real ao final de 2022 e sobre a qual Jair Bolsonaro omitiu-se esta semana em sua primeira fala após tornar-se réu eram os acampamentos em porta de quartel em Brasília. Essas mobilizações não surgiram por geração espontânea. As centenas ou milhares de donas de casa, manicures, motoristas de Uber, pequenos empresários, pessoas desempregadas e outras tantas gentes comuns do povo não despertaram um dia qualquer após as eleições daquele ano e decidiram abandonar suas famílias e seus afazeres para ir acampar em Brasília e pedir golpe de Estado, sob o eufemismo de intervenção militar constitucional, por vontade própria. Estas pessoas foram incitadas e estimuladas a tal por meio da rede bolsonarista de agentes desinformantes que passaram a falar em nome, ainda que não oficialmente, do então presidente, que em momento algum veio a público desautorizar estes agentes. Pelo contrário, em diversas oportunidades Jair Bolsonaro dirigiu-se aos manifestantes, inclusive no Palácio da Alvorada, com discursos genéricos que os incitavam a permanecer mobilizados. A manipulação daquela massa de inocentes era feita por estes mesmos agentes bolsonaristas com interpretações fantasiosas de supostas mensagens cifradas, com slogans ilusionistas como "aguarde mais 72h" ou então " não sobe a rampa". Em momento algum Jair Bolsonaro teve a hombridade de vir a público reconhecer...