Em evento de entrega de casas do programa Minha Casa Minha Vida essa semana, o prefeito paulistano deu um safanão verbal num militante que interrompeu sua fala para elogiar a ex-presidente petista. Esse fato foi suficiente para alguns setores do campo conservador ver no episódio mais um exemplo extraordinário de guerra política do alcaide tucano contra a esquerda. Até Reinaldo Azevedo, que há tempos não diz nem escreve coisa com coisa, chegou a ver no feito, que consistiu em dar um cala-boca num mortadela desgarrado, uma demarcação de campo ideológico (!!!).
O Minha Casa Minha Vida é um programa instituído pelo antigo governo federal petista. Durante a gestão do antigo prefeito paulistano também petista, o programa servia de item de barganha na relação entre a prefeitura e os delinquentes do MTST e suas milícias de black blocs, que arregimentam pessoas pobres e desinformadas para levar adiante suas práticas revolucionárias.
Ao nosso ver, os setores de direita que estão embarcando na pré-candidatura presidencial do prefeito tucano poderiam procurar saber se os atuais beneficiados do programa têm alguma relação com o MTST. E saber se essa entrega de casas guarda alguma relação com a recente saída negociada do grupo revolucionário que ficou por uns dias acampado na Avenida Paulista.
Mas em vez disso, esses setores preferiram se comportar feito claque, superdimensionando um episódio e dando a ele uma narrativa de guerra política que a rigor esse episódio em si não tem.
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