por paulo eneas
Na cobertura que fizemos ontem da apuração das eleições francesas, procuramos estabelecer os paralelos bastante evidentes entre as alternativas que a classe política e a esquerda globalista, tanto francesa quanto brasileira, encontram para assegurar a continuidade de seus projetos, ainda que fazendo algumas concessões. Essa capacidade que tem a esquerda de se metamorfosear, incorporando causas e ideologias e descartando outras conforme a conveniência, é o traço distintivo do movimento revolucionário desde sua origem.
Como esse movimento hoje se insere no esquema mais amplo de poder representado pelos globalistas, esquema esse que inclui os mega capitalistas e uma aliança umbilical com o mundo islâmico desde os anos cinquenta, essas metamorfoses nem sempre são evidentes à primeira vista. Principalmente quando são levadas a cabo pela socialdemocracia, que ao longo de décadas se esmerou justamente em levar adiante a agenda revolucionária, mas atuando de acordo com as regras formais do jogo democrático e, claro, respeitando a economia de mercado.
Um desafio para os conservadores hoje é perceber e compreender a rapidez com que a esquerda globalista está se reinventando e se adaptando aos novos cenários. Cenários como o ambiente pós impeachment aqui no Brasil, no qual o antipetismo se tornou o passaporte e o salvo conduto para continuar levando adiante a agenda globalista da esquerda, repaginada com a incorporação de alguns itens de uma pauta liberal, mas sem a mácula do finado petismo.
O mesmo se observou na França nas eleições desse ano, em que derrota já antecipada e previsível dos socialistas que governam o país foi mitigada pelo lançamento de um candidato socialista, que fez parte desse mesmo governo socialista, que fez carreira no Partido Socialista e que, em um lance extraordinário de alquimia política, ressurgiu no cenário eleitoral apresentando-se como um outsider moderno que afirma não ser de esquerda nem de direita.
A alquimia política representada pelo socialista globalista Emmanuel Macron será completada pela união em torno de sua candidatura de todo a esquerda e de todo o establishment político contra a candidatura de direita de Marine Le Pen. Na nota denominada Partidos Tradicionais Derrotados: Elite da Classe Política Preservada que publicamos ontem durante a apuração das eleições francesas, fizemos uma brevíssima consideração a respeito desse tema, do qual continuaremos a falar a respeito em artigos futuros aqui no Crítica Nacional.
Publicado Originalmente em 24/04/4/2017. Ilustração: Fotomontagem de Angélica Ca.
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Exato! Neste início de século 21, ninguém representa melhor a imagem estampada no brasão da FABIAN SOCIETY (UK), que o francês EMMANUEL MACRON; e no século 20 o personagem emblemático dos fabianos era o Primeiro Ministro sueco, OLOF PALME… Como bons plagiadores, os fabianos tupiniquins já inventaram seu próprio “MACRON”: JOÃO DORIA… 😉
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