por paulo eneas
O jornal O Estado de São Paulo publicou e o blog O Antagonista repercutiu em nota nessa manhã de segunda-feira que estão sendo feitas gestões para que Renata Campos, viúva do ex-governador socialista Eduardo Campos, venha a ser a candidata a vice-presidente na chapa tucana à presidência da república encabeçada pelo ainda prefeito paulistano João Doria.
Segundo a reportagem, a intenção é formar uma ampla coalização que reuniria socialistas, os principais segmentos da classe política que há décadas exerce o poder no país, e também aqueles setores do petismo que se safarem do naufrágio do partido e conseguirem se abrigar em outras siglas. Essa coalizão ficaria sob a batuta do socialdemocrata João Doria, o suposto não-político que vai salvar a classe política e seguir adiante com o projeto da esquerda globalista no país, como tucanos e petistas já fazem há décadas.
A notícia não é novidade para os leitores do Crítica Nacional. Há meses estamos afirmando que a esquerda brasileira está se repaginando, procurando lavar-se usando a sujeira que essa mesma esquerda criou na sua versão petista-socialista. Esse ato de lavar-se consiste em descartar o petismo, transformar Lula no espantalho a ser malhado e batido (daí a defesa que João Doria faz para que o líder petista não seja preso) e dessa forma assegurar que nas eleições do ano que vem se repita a falsa polarização entre socialdemocratas e socialistas na disputa pelo poder.
A estratégia dessa repaginação da esquerda brasileira, agora a cargo da socialdemocracia abrigada no tucanato, consiste em incorporar alguns elementos de uma agenda econômica liberal, coisa que comunistas e socialistas já fazem desde os tempos de Lenin, para com isso seduzir setores da direita que, por incapacidade de compreender todas as facetas da guerra política, se deixam encantar por um discurso de viés economicista e gerencial no que diz respeito aos assuntos de estado.
Também faz parte dessa estratégia atacar de maneira fulminante qualquer alternativa conservadora e de direita que possa surgir no cenário político. Por esta razão, os operadores desse rearranjo da classe política e da agenda esquerdista islâmico-globalista no país na grande imprensa não poupam esforços em atacar Jair Bolsonaro, como fez hoje pela manhã o professor de história Marco Antônio Villa em seu programa de rádio, como faz sistematicamente Reinaldo Azevedo, e como tem feito às vezes de modo claro, às vezes de modo sutil, o blog O Antagonista. Além, é claro, dos demais veículos da grande imprensa, bem como o meio acadêmico e o meio artístico.
E por fim, faz parte dessa estratégia a divulgação de pesquisas de credibilidade altamente questionável que servem apenas para reforçar a ficção política de que existiria um suposto risco de o petismo voltar à presidência. Pesquisas que também servem para ocultar ou simplesmente mentir a respeito do crescimento inegável do nome de Jair Bolsonaro junto a diversos segmentos da população.
É esse o cenário que temos hoje. Um cenário que não surpreende os leitores do Crítica Nacional, pois já o estamos antecipando há tempos, como mostram os artigos listados abaixo.
a) Lula na Prisão ou Lula na Eleição: Uma Falsa Questão
b) João Doria É o Candidato Presidencial Tucano
c) As Metamorfoses da Esquerda Globalista: São Paulo & Paris
Publicado Originalmente em 15/05/2017. #CriticaNacional #TrueNews