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A Intolerância do Ator Global & A Direita Que Somente Enxerga Direitos

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A Intolerância do Ator Global & A Direita Que Somente Enxerga Direitos

por paulo eneas
Um ator global protagonizou uma cena de intolerância nesse final de semana ao se retirar em protesto de um evento de luta esportiva devido a presença do deputado Jair Bolsonaro no mesmo recinto. O gesto do ator foi um gesto político, expressão da intolerância e do autoritarismo típicos da esquerda. O mesmo tipo de autoritarismo e intolerância exibidos por um grupo de cineastas que há poucos dias retirou suas obras de um festival de cinema em Recife devido à presença do filme O Jardim das Aflições entre as atrações da amostra.

A esquerda tem que ser denunciada, entre outros, pela sua intolerância. E exemplos como o dos cineastas mencionados e do referido ator global são evidências inequívocas dessa intolerância de uma ideologia política que é pródiga em exercer o autoritarismo e a intolerância muitas vezes em nome da tolerância. No entanto, para nossa surpresa, algumas figuras públicas da direita viram no episódio envolvendo o ator global apenas um exercício de direitos, argumentando que o ator tem o direito de se retirar de um ambiente em se sente incomodado.

Oras, qualquer pessoa tem o direito de se retirar de um local em que se sente desconfortável, e usar esse direito como argumento significa exatamente nada. Ao reduzir esse episódio de intolerância a um exercício de direito, a direita conservadora brasileira mais uma vez demonstra sua incapacidade de enxergar as diversas facetas da guerra política travada pela esquerda contra a maioria da sociedade. Inclusive as facetas simbólicas.

Em vez de recorrer à retórica oca de exercício de direito, caberia às figuras públicas da direita apontar a intolerância do gesto do ator, e chamar a atenção para o fato de que, em contraste com a intolerância esquerdista, não costumamos ver personagens públicos do campo da direita se retirando em protesto de certos ambientes devido a presença de esquerdistas no recinto.

A direita conservadora precisa compreender que a guerra política contra a esquerda não tem qualquer relação com o reconhecimento do exercício de supostos direitos. Pelo contrário, a guerra política é travada identificando-se nos gestos concretos e simbólicos a intolerância e o autoritarismo dos esquerdistas, ainda que estes gestos estejam amparados no exercício de um direito. Ou a direita compreende isso, ou ela ficará se limitando a um exercício de juspositivismo enquanto a esquerda prossegue obtendo vitórias no campo da guerra cultural, guerra essa que envolve também comportamento e gestos simbólicos que a direita na maioria das vezes não consegue decifrar.

#CriticaNacional #TrueNews

7 COMENTÁRIOS

  1. Adorei!!!
    Tá na hora de ampliarmos a democracia, retirar entraves que membros da esquerda colocou, como a do Senador gaúcho Paulo Paim, proibindo a exibição da suástica!. Que democracia é esta, Todos tem que o direito de manifestar sua ideologia de forma clara, transparente o antigo PCB não pregava a ditadura do proletariado? Então vamos proibir a foice e o martelo?? e o sigma por que não foi proibido???… agora fica aí Bolsonaro, saido do PP (o mais corrupto), entrando em PSD, PDC ou sei lá que porra de partido de aluguel ele estará amanhã. Deveria fazer igual ao Collor criou um partido pra ele, ganhou a eleição mas acabou engolido pelo corrupto congresso e stf.
    Mas minha sugestão é que Bolsonaro deve ter um partido mais próximo do que ele representa e parece, ou seja, PFB – Partido dos Fascistas Brasileiro. e ponto final!!!!

  2. Sem misericórdia com comunista.

  3. No Facebook as propagandas da Renault com o global estão senda achincalhadas, veremos o que a equipe de marketing vai fazer pra se livrar do abacaxi. ????

  4. Brilhantíssimo este artigo!
    Foi perfeito.

    Ora, a intolêrância é um direito, mas é justamente aí que a esquerda manipula reivindicando um direito que ela não concede aos demais. É a contradição dos canalhas, dos pérfidos.

    Não se trata de condenar a intolerância do ator (atividade das mais banais: até animais e crianças de 3 ou 4 anos interpretam), mas, SIM, condenar a sua HIPOCRISIA.

    A esquerda propagandeia o políticamente correto reivindicando a tolerância a seus bandidos, ditadores, assassinos, terroristas, assaltantes, torturadores e etc., mas atribui-se o privilégio de não cumprir o que recomenda e faz dessa assimetria um item de seu políticamente correto.

    Onde não há lógica, há a canalhice.

    Todo o artigo foi brilhante e o ultimo paragrafo foi primoroso!

    Afinal, não se trata de negar o direito de ser intolerante com o aquilo que incomoda, mas sim de AFIRMAR a HIPOCRISIA dos FARSANTES!

  5. Perfeito Paulo, não é a toa que enquanto a esquerda conhece bem o que é hegemonia, a direita só sabe no máximo onde é o palácio do planalto.

  6. manezinho bobo esse Bruno Global… Mas, fez bem ele sair… deve ter ficado com ciumes do Bolsonaro estar chamando mais a atenção do que ele kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

  7. Bem colocado, Paulo.
    Ainda existem pessoas suficientemente tolas para não enxergar a intolerância dos que nos acusam de intolerantes.
    Não podemos deixar passar em branco episódios como esse justamente para comprovar a hipocrisia de que são afeitos. Se o ator verbalizou que deixou o recinto por causa da presenca de uma pessoa, mas é claro que foi por intolerância, ainda que lhe seja um direito. Óbvio.

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