por paulo eneas
O questionamento feito por alguns leitores quanto a abordagem adotada pelo Crítica Nacional a respeito da situação política na Venezuela, especialmente quanto à suposta oposição política ao regime de ditadura narco-comunista que controla aquele país, é válido e legítimo como qualquer outro questionamento que um leitor pode e deve fazer em relação a todos os veículos de imprensa. Entretanto, isto posto, quando se fala em oposição venezuelana, é preciso ter claro a respeito de quem e do quê se está falando.
Muito daquilo que a grande imprensa trata como oposição venezuelana constitui-se na verdade em dissidência interna do chavismo, ou quando muito são correntes socialistas ou socialdemocratas em disputa de poder com o chavismo, mas que não constituem-se necessariamente em alternativas reais ao projeto socialista que o chavismo implantou no país nos últimos anos.
Este projeto de poder foi implantado por determinação do Foro de São Paulo, com respaldo diplomático brasileiro no período do governo de Fernando Henrique Cardoso, com suporte financeiro brasileiro no período dos governos petistas, além do apoio do narcotráfico do continente e do silêncio e da omissão coniventes da Casa Branca durante os dois mandatos de Barack Obama.
O plano chavista de implantação de um regime narco-comunista na Venezuela foi em grande parte bem-sucedido pelos fatores apontados acima. Mas seu sucesso deveu-se também à natureza da oposição política venezuelana, que limitava-se a uma disputa formal de poder institucional com o chavismo, enquanto este abria as portas do país para a invasão cubana, especialmente nos postos de comando das forças armadas, promovia um meteórico aparelhamento das instituições de estado do país, destruía a economia nacional, e ao mesmo tempo formava suas milícias armadas com o apoio do narcotráfico.
A síntese da tragédia venezuelana foi a crença ingênua de que uma oposição socialdemocrata, integrante do status quo político, pudesse ser capaz de impedir a implantação naquele país de um projeto de poder comunista associado ao crime organizado e ao narcotráfico internacional.
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Este post é uma verdadeira aula, Paulo Enéas!
Graças ao bom Deus (porque acredito Nele), o Brasil não chegou ao descalabro econômico e ao genocídio venezuelano, nem vai chegar!..
E pensar que políticos tradicionais do PSDB, do PT e de outros partidos de esquerda foram e ainda são mentores e apoiadores do bolivarianismo (comunismo) na AL, iniciado nos anos 90 e financiado, inclusive, com dinheiro público brasileiro. E ainda tem o narcotráfico internacional, as Farc, Cuba e China. Tudo muito assustador…
Muito bem respondido e esclarecido. Parabéns.
A oposição que a grande mídia fala que existe na Venezuela é semelhante a que existe no Brasil há 30 anos. Apenas uma pura e simples disputa de cargos, endossado com uma criticazinha econômica aqui e ali, somente e apenas isso !
Estão apenas jogando o jogo, ou seja, estão do “lado” dos oprimidos, porém, quando tiverem oportunidade serão opressores, pois, ideologicamente não combatem o narco – comunismo Venezuelano. Resumindo: “Na Venezuela o Governo Maduro é o PT, e oposição de lá é o PSDB”. Esse é o resultado do aparelhamento estatal. Lamentável!
Espero que nossa nação não chegue a esse ponto, nossas realidades são semelhantes, todavia, em um grau menor.
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