Uma das cobranças que é feita sobre Jair Bolsonaro por parte de seus detratores, especialmente alguns dos integrantes da chamada nova direita que se julgam detentores de uma procuração para decidir com base em critérios de erudição quem tem ou não legitimidade para representar a direita brasileira, é a de que o deputado nunca aprovou projetos de lei em seus anos de mandato.
Cumpre antes lembrar que quem vai decidir quem possui ou não legitimidade para representar a direita brasileira não será um minúsculo círculo de pessoas que se auto-proclamam juízes dessa decisão. Quem irá decidir tal questão é o processo político, onde ficará claro que ator político expressa ou não de modo autêntico e verdadeiro, sem truques de marketing, os verdadeiros anseios da maioria conservadora e cristã do país.
Isto posto, é evidente que Jair Bolsonaro nunca aprovou nenhum projeto de lei. Nem ele, nem qualquer outro parlamentar. Quem aprova projetos de lei é o plenário da Câmara, após tramitações em comissões e negociações, quase sempre pautadas por pressões de lobbies e de grupos de interesse (vide exemplo da nova lei de imigração) e também por acertos a portas fechadas envolvendo quase sempre alguma troca de favores ou mesmo corrupção.
Esta é a realidade do parlamento brasileiro, formado por uma classe política corrupta e patrimonialista e pela sua banda alinhada ideologicamente com a esquerda. A despeito disso, o projeto de lei de Jair Bolsonaro que institui o voto impresso, e que o TSE sinaliza a intenção de não cumprir, foi aprovado no ano passado. Portanto, cobrar de Jair Bolsonaro a aprovação de um grande número de projetos de lei de sua autoria é desconhecer como se dá o jogo da real politik na capital federal, e equivale a cobrar da faxineira de um prostíbulo por ela não ter conseguido nenhum cliente.
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