por paulo eneas
Em uma entrevista concedida na semana passada para a Folha de São Paulo, o novamente futuro presidiário José Dirceu fez algumas revelações que confirmam o vem sendo afirmado há muito tempo alguns analistas do campo conservador e de direita: o projeto de poder político comunista dos petistas dependia essencialmente de armas para ser imposto à força e mantido à revelia da vontade da maioria dos brasileiros.
Depois de fazer um exercício de filosofia de botequim ao comentar sobre o cotidiano da vida de presidiário, como se houvesse algum glamour e algo a aprender e ensinar na relação com outros criminosos condenados, José Dirceu revela o caráter cínico da moralidade revolucionária ao afirmar: nós temos que denunciar o que fizeram conosco, e não foi por causa de nossos erros.
Isto é, na visão do agente comunista cubano e principal mentor estratégico da esquerda revolucionária brasileira nas últimas décadas, os chefes petistas como ele, Lula e Palocci não estão indo para a cadeia por terem cometido crimes, mas sim por conta das coisas supostamente boas que o petismo fez ao País e que estariam sendo desmontadas pelos novos donos do poder. Trata-se do discurso vitimismo sendo usado para isentar-se de qualquer responsabilidade.
O modo como o outrora todo-poderoso capo petista fala dá a entender que ele realmente acredita nos seus próprios delírios de comunista derrotado que poderá passar o resto da vida na cadeia. Em seguida o criminoso petista faz acusações à Igreja Católica, usando de narrativas de livros de história de ginásio, mas sem reconhecer e admitir que o aparelhamento que seus companheiros comunistas fizeram da Igreja foi peça-chave para a formação do partido que ele liderou, e que hoje está em vias de extinção.
O poder mantido pela força das armas
Ao falar da derrota do petismo pelos crimes de corrupção, derrota essa que ele obviamente chama de golpe, José Dirceu abre o jogo e diz: só derrotamos tentativas de golpe quando a gente tem armas. Aqui o líder petista condenado admite que o petismo precisaria da força das armas para manter-se no poder à revelia da vontade da maioria da população e à revelia das leis.
Ao fazer essa afirmação, José Dirceu reconhece que o petismo deveria ter espelhado-se na sua versão venezuelana, o chavismo, que assegurou sua permanência no poder por meio do aparelhamento e da corrupção das forças armadas daquele país, bem como por meio de milícias armadas disfarçadas de movimentos sociais.
Ou seja, trata-se da velha fórmula revolucionária clássica, de tomada ou pelo menos a manutenção do poder pelas armas para implantar uma ditadura socialista-comunista. A fala de José Dirceu na entrevista pode também ser entendida como uma mensagem cifrada aos grupos proto-guerrilheiros como MST e MTST e suas lideranças, para que estes radicalizem suas ações visando desestabilizar o país.
A íntegra da entrevista pode ser lida nesse link aqui, e termina com José Dirceu afirmando que acredita na capacidade de transferência de votos de Lula mesmo estando ele na prisão, e reafirmando a decisão dos chefes petistas lançar Lula como candidato mesmo ele estando preso e inelegível, em um total desrespeito às leis e às instituições.
A entrevista serviu um pouco para mostrar que a mentalidade comunista revolucionária, presente até à medula numa figura como José Dirceu, não encontra limites para tentar levar adiante seu projeto de poder, que é de natureza essencialmente comunista, autoritária e antidemocrática.
Um projeto de poder que encontra na corrupção seu método preferencial de fazer política e, se necessário for, propõe-se a fazer o uso ilegal das armas para manter-se no poder. Nesse sentido, a entrevista de José Dirceu foi uma das mais reveladoras da natureza real do petismo, um câncer comunista que precisa ser extirpado da vida pública brasileira. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews