Faz algum tempo que dissemos que o crescimento consistente da pré-candidatura de Jair Bolsonaro a partir de um dado momento não teria mais como ser ignorado pelos sempre suspeitos institutos de pesquisa. E isso de fato ocorreu: pesquisas divulgadas essa semana mostram a vitória do candidato da direita em todos os cenários, tanto em primeiro quanto em segundo turno.
Diante desse cenário, o establishment político começa a articular-se, abandonando seus balões de ensaio e partindo para a tentativa de criar uma unidade em torno de um nome para fazer frente ao favoritismo da direita. O blog O Antagonista publicou nota agora à tarde informando que o articulador político do governo, Carlos Marun, tomou a iniciativa de formalizar essa iniciativa junto aos partidos.
Não há como avaliar de momento se essa proposta de unidade do establishment irá prosperar integralmente. Mas é fato, como já estamos afirmando há meses, que o principal adversário de Jair Bolsonaro virá desse núcleo duro do establishment político, que inclui principalmente o governo e os tucanos. Por sua vez, a esquerda revolucionária irá correr por fora com Ciro Gomes, que carregará o fardo representado pelo apoio dos petistas. Uma fardo cujo peso a Senadora Katia Abreu descobriu nas eleições tocantinenses essa semana.
Assim, o cenário eleitoral caminha aparentemente para esse afunilamento, com petistas reduzidos a meros coadjuvantes da disputa, e com o establishment político vestindo o figurino de centro com as cores da socialdemocracia. É dentro desse possível quadro de referência que a direita deverá definir sua estratégia de ação político-eleitoral.
E esta estratégia da direita não poderá em hipótese alguma limitar-se a chutar o cachorro morto do petismo, como já viemos alertando há cerca de dois anos. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews
Comentários estão fechados.