Dando prosseguimento à divulgação ilegal de informações provenientes de quebra de sigilo bancário sem autorização judicial, conforme mostramos nessa nota aqui, o COAF fez vazar nesse sábado a um veículo de imprensa conveniente a informação de que Flavio Bolsonaro teria pago um título da Caixa Econômica Federal no valor de um milhão reais.
No mesmo vazamento ilegal, o COAF afirma que não conseguiu identificar o beneficiário do título nem a data da operação. É evidente que, além da ilegalidade da divulgação da informação, o conteúdo divulgado é completamente sem nexo e sem sentido, pois:
a) Segundo as normas bancárias vigentes, não existe título ao portador em valor superior a dez mil reais.
b) Se o COAF identificou o pagamento de um título no valor de um milhão de reais, seria impossível não identificar automaticamente o beneficiário e a data da operação.
O vazamento ilegal dessa informação truncada e sem nexo evidencia de novo que o que estamos assistindo é uma operação fora da legalidade para fins políticos levada a cabo pelo COAF e pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Uma operação na qual Flavio Bolsonaro encontra-se na paradoxal situação de ao mesmo tempo estar sendo e não estar sendo investigado, uma prática típica dos piores regimes ditatoriais.
Se existe algo que precisa ser investigado de imediato é a conduta dos integrantes do Ministério Público do Rio de Janeiro e do próprio COAF, esse último agora subordinado ao Ministério da Justiça. Pois é inaceitável que instituições de Estado usem de métodos ilegais sob pretexto de investigar supostas ilegalidades de quem quer que seja. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews