por paulo eneas
Conforme anunciou em mensagem publicada em sua conta no twitter na semana passada, na qual afirmava que havia chegado “o momento de os Estados Unidos reconhecerem plenamente a soberania de Israel sobre as Colinas do Golã”, o presidente norte-americano Donald Trump reconheceu oficialmente as Colinas de Golã como território israelense. O anúncio oficial da decisão foi feito nessa segunda-feira em Washington, na presença do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
O reconhecimento das Colinas do Golã como parte do território israelense é uma decisão histórica que reverte décadas de política externa norte-americana. A região, que fazia parte da Síria, foi conquistada por Israel em 1967 durante a Guerra dos Seis Dias, quando uma coalização militar formada por Síria, Egito e Jordânia foi destruída pelas forças militares israelenses, em um ataque preventivo que foi um dos mais bem-sucedidos em toda a história.
Conquistas militares e históricas de uma guerra preventiva
A Guerra dos Seis Dias, de junho de 1967, resultou na conquista da Faixa de Gaza e de toda a Península do Sinai por parte dos israelenses. Por sua vez, as Colinas do Golã, situadas ao norte de Israel, e de onde as forças sírias promoviam ataques diretos à população civil da Galileia, foram também conquistadas e ocupadas por Israel, tornando-se uma das posições estratégicas para a defesa israelense.
A guerra também resultou na conquista das regiões da Samaria e Judeia, que a grande imprensa ocidental chama de Cisjordânia ou Margem Ocidental do Rio Jordão. E resultou também na mais emblemática de todas as conquistas: a reunificação da capital de Israel, Jerusalém, no dia 7 de junho de 1967, pelas forças israelenses comandada pelo General Moshe Dayan, ilustrado na foto acima.
Até a Guerra dos Seis Dias, Jerusalém era uma cidade dividida, com a chamada cidade velha, ou Jerusalém Histórica, onde estão o Monte do Templo e o Muro das Lamentações, sob controle dos jordanianos. Ao iniciar a guerra, as forças jordanianas comandadas por um general egípcio dispararam ataques contra Israel, que reagiu tomando toda Judeia e Samaria, ou Cisjordânia, e reunificando Jerusalém.
Vitória diplomática e decisão histórica
Presente na cerimônia de assinatura de reconhecimento da soberania israelense sobre o Golã, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, descreveu a decisão de Donald Trump como sendo uma justiça histórica e uma vitória diplomática.
Por sua vez, a diplomacia brasileira, chefiada pelo chanceler Ernesto Araújo, segue na mesma direção pró-Israel, conforme compromisso assumido pelo Presidente Bolsonaro. Na semana passada, durante reunião em Genebra do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o Brasil votou contra uma resolução que era favorável aos sírios e que condenava Israel por supostas violações aos direitos humanos nas Colina do Golã.
O chanceler Ernesto Araújo comentou a decisão em mensagem publicada em sua conta no twitter, afirmando:
(…) apoiar o tratamento discriminatório contra Israel na ONU era uma tradição da política externa brasileira dos últimos tempos. Estamos rompendo com essa tradição espúria e injusta, assim como estamos rompendo com a tradição do antiamericanismo, do terceiromundismo e tantas outras.
O presidente Jair Bolsonaro visitará Israel em abril reafirmando laços entre os dois paises. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews
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