por paulo eneas
O porta-voz do governo iraniano, Ali Rabiei, afirmou durante entrevista coletiva realizada nu último domingo (07/07), que o Irã irá romper o acordo nuclear firmado em 2015 com os principais países do Ocidente, além da Rússia e China, e que irá exceder o limite estabelecido nesse acordo para o enriquecimento de urânio em suas instalações nucleares.
A decisão do regime teocrático muçulmano iraniano constitui-se em mais uma herança maldita, ainda que tardia, da Era Obama, uma vez que o acordo nuclear entre Irã e os principais países dos Ocidente somente foi alcançado, em termos favoráveis ao Irã, devido a interferência e pressão diretas do ex-presidente socialista dos Estados Unidos.
Conforme esperado, a decisão anunciada nesse domingo pelos iranianos agravou ainda mais as tensões entre os Estados Unidos e Teerã. O aumento do enriquecimento de urânio irá fazer com que o Irã possa em curto prazo ser capaz de produzir armamento nuclear.
Já na época do acordo em 2015, o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, havia alertado sobre essa ameaça, chegando a discursar no Congresso dos Estados Unidos sobre os riscos que o acordo bancado e estimulado pelo ex-presidente Obama poderia representar para a segurança do Oriente Médio e dos países europeus.
Junto com a decisão, o regime iraniano informou também ter dado um prazo de sessenta dias para que os países que fazem parte do acordo (China, França, Alemanha, Rússia e Reino Unido) venham a proteger o Irã das sanções impostas pelos Estados Unidos, sanções essas que envolvem o setor petrolífero e bancário.
Diante do anúncio, a União Europeia instou o Irã a suspender as ações que violem o acordo nuclear firmado em 2015 e que buscava, em vão, conter o programa nuclear iraniano. O Irã vem pressionando os países europeus para que comprem petróleo iraniano ou forneçam linha de crédito a Teerã a fim de manter o acordo vivo. Por sua vez, o regime informou que o país irá enriquecer urânio com base nas suas necessidades.
A decisão iraniana de aumentar o enriquecimento de urânio para além do limite estabelecido pelo acordo levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a advertir o Irã. Os Estados Unidos se retiraram do acordo nuclear em 2018, e desde então têm imposto sanções contra o Irã, que recentemente derrubou um drone americano perto do Estreito de Ormuz. Colaboração Angelica Ca #CriticaNacional #TrueNews #RealNews