O empresário Otávio Fakhoury foi um dos mencionados na matéria caluniosa e oca de conteúdo publicada em 11/10 pela Revista Crusoé e assinada pelo jornalista Felipe Moura Brasil. A nossa primeira reposta editorial, assinada pelo editor-chefe do Crítica Nacional, foi dada no dia seguinte e intitulada Revista Crusoé: O Jornalismo Investigativo Reduzido À Fofoca De Grupos De WhatsApp, onde mostramos que o pretenso jornalismo investigativo de Felipe Moura Brasil, que aparentemente esqueceu tudo o que precisa saber para não ser um idiota, não passou de um ajuntamento mal cozido de mensagens vazadas.
Agora, Otávio Fakhoury oferece uma resposta de próprio punho, esclarecendo o leitor o que merece e precisa ser esclarecido e mostrando, mais uma vez, que o trabalho de pseudo-jornalismo empreendido por Felipe Moura Brasil não passou de uma peça burlesca travestida de investigação jornalística que prestou-se unicamente a, além de mostrar o amadorismo de Felipe Moura Brasil como jornalista, servir de munição retórica para petistas e o resto da escória da esquerda combater o Governo Bolsonaro e seus apoiadores voluntários.
Resposta em face de publicação da Revista Crusoé, do dia 11/10/19, intitulada Os blogueiros de crachá, assinada por Felipe Moura Brasil
Meu nome é Otávio Fakhoury. Tenho 46 anos, sou brasileiro, casado e pai de família. Sou neto e bisneto de imigrantes libaneses, nascido e educado em bases cristãs. Nossa tradição familiar é de muito trabalho, e apesar de eu ser formado em Administração de Empresas pela EAESP/FGV, costumo dizer que meu PhD é da “Universidade 25 de março”, região tradicional do comércio em SP, inicialmente dominada pelos imigrantes sírio-libaneses, reconhecidos por serem intolerantes a quem não preza o trabalho e a honradez da palavra empenhada.
Minha carreira de 20 anos como profissional do mercado financeiro, da qual muito me orgulho, foi sempre marcada por retidão, honestidade, e sucesso no cumprimento de metas. Em 2012, abandonei a carreira como profissional de mercado financeiro, em função de doença na família. Fui ajudar meu pai, que lutou por mais de dez anos contra uma doença rara. Em 2016 ele veio a falecer vítima dessa doença.
Nunca exerci função pública e nunca tive fonte de renda proveniente de atividade política ou relação com órgãos de Estado e de governo. Portanto, todo tipo de investimento que fiz ou faço em minha vida são com recursos próprios e de origem lícita, cuja única fonte é e sempre foi a minha atividade privada legal.
Ativismo político
Em 2014, após a vitória de Dilma Rousseff no segundo turno, eu, como muitos brasileiros à época, decidi participar mais ativamente da vida política do país. Participei por alguns meses no início de 2015, do movimento Vem Pra Rua, onde conheci meu amigo e hoje deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança. Saímos praticamente juntos do Vem Pra Rua, e dessa dissidência, surgiu o Movimento Acorda Brasil, fundado pelo Luiz Philippe em maio de 2015, e do qual fui cofundador.
Logo em seguida, em setembro de 2015, conheci a então procuradora do DF e também ativista política Beatriz Kicis, hoje deputada federal pelo DF. Nos tornamos grandes amigos e juntos participamos e ajudamos a coordenar, junto com outra quantidade imensa de brasileiros patriotas e abnegados, as várias manifestações de 2015 e 2016, que levaram ao impeachment da então presidente.
Em 2017, tanto Bia quanto Luiz Philippe decidiram ingressar na política partidária para se candidatarem à Câmara dos Deputados, e desde sempre souberam que iriam contar com a minha ajuda e colaboração, inclusive financeira, como de fato ocorreu e consta no site do TSE. Tenho muita satisfação e orgulho de ter colaborado para a eleição de dois grandes parlamentares, que hoje lutam incansavelmente ao lado do Presidente Jair Bolsonaro, para mudar esse nosso país para melhor.
Nunca colaborei com nenhuma campanha com intuito nem objetivo de tirar proveito pessoal e material. O único proveito que almejo é o resgate do nosso país, tão saqueado e tão pisoteado pelos seus antigos governantes. O meu “ganho” é o ganho de todos, é ver o Brasil cada vez mais longe do socialismo, e cada vez mais perto de ser um país verdadeiramente livre, democrático, e que permita aos seus cidadãos que trabalhem em paz e produzam!
Um país que preze suas famílias, suas crianças, suas tradições, e sua cultura, e que respeite as liberdades individuais mais básicas, como o direito à vida, à liberdade religiosa e de expressão da opinião, e à propriedade privada. Nesse sentido, recentemente ingressei no Movimento Avança Brasil, como conselheiro.
Critica Nacional
Em 2016, conheci o jornalista e analista político Paulo Enéas, e também passei a colaborar com seu portal, o Crítica Nacional. O Critica Nacional é um portal de notícias e análise política, com uma clara linha editorial conservadora. Seu editor chefe não esconde nem nunca escondeu sua opinião e viés editorial. Tanto esse viés editorial quanto essa honestidade e transparência em expressá-lo (coisa rara hoje em dia nas mídias tradicionais, onde muitos jornalistas posam de isentões e na verdade adotam linha editorial claramente de esquerda sem nunca admitir) foram decisivos para atrair e impulsionar a minha colaboração com o portal.
O Crítica Nacional cresceu justamente por isso, e hoje tem um Conselho Editorial composto por várias outras pessoas que opinam sobra a pauta, e uma equipe de redação, composta por colaboradores que escrevem e apresentam junto com o editor chefe Paulo Enéas uma edição diária de telejornal via YouTube. Ainda assim a palavra final editorial é do editor chefe.
O trabalho do Paulo Enéas e da equipe editorial rendeu frutos, e hoje o Crítica Nacional é lido, comentado, e compartilhado por vários membros do governo Federal, incluindo o Presidente Jair Bolsonaro e o Ministro Sérgio Moro. E tudo isso sem nunca ter recebido um tostão que seja de dinheiro público proveniente de SECOM ou qualquer outra fonte pública de recursos.
Resta claro, portanto, que o objetivo do portal não é nem nunca foi, a venda de apoio a qualquer órgão de governo, e sim a produção independente e transparente de notícias e conteúdo editorial, esse sim com viés conservador.
Minhas considerações sobre a matéria escrita por Felipe Moura Brasil
A matéria intitulada “Os Blogueiros de Crachá”, para início de conversa, fere as mais básicas regras do jornalismo ético. O autor da matéria faz uso de mensagens privadas obtidas por fonte em conflito de interesses, sem consultar os envolvidos ou entrevistá-los.
Ao deixar de “ouvir o outro lado”, e agir como acusador, o autor da matéria tem o claro propósito de destruir a reputação de uma pessoa com o passado ilibado e um árduo comprometimento com valores, a ética, e o futuro do nosso país. Nesse sentido, a Associação Brasileira de Imprensa – ABI, em seu Código de Ética do Jornalismo, por força de seu artigo 14, diz:
O jornalista deve:
– Ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas objeto de acusações não comprovadas, feitas por terceiros e não suficientemente demostradas ou verificadas;
– Tratar com respeito todas as pessoas mencionadas nas informações que divulgar.”
É inegável, portanto, que essa regra basilar foi inescrupulosamente violada por Felipe Moura Brasil.
Quanto ao método usado, nada há a se acrescentar ou tirar em face daquele visto no The Intercept: mensagens vazadas, sem que os envolvidos sejam também ouvidos, marcam exatamente a forma de atuação desonesta e tendenciosa de Glen Greenwald. Apesar de declarar que as mensagens não foram obtidas via um hackeamento criminoso, Felipe Moura Brasil se equipara a Greenwald na forma de publicação e divulgação dessas mensagens.
No mérito, a matéria é mal escrita, confusa, cheia de referências e de idas e vindas sem qualquer implicação, se esforçando para dar um ar de grande “Sherlock Holmes” ao pateta que a escreve. Felipe Moura Brasil relata conversas de grupos de WhatsApp entre pessoas que queriam marcar um encontro, e cuja ocorrência sempre foi pública e nunca foi mistério para ninguém.
Tratava-se de pessoas buscando um certo alinhamento político para atuação como ativistas, tanto nas ruas quanto nas redes sociais, em conformidade com os valores e opiniões políticas do grupo. Nesse grupo havia empresários, profissionais liberais, militantes, funcionários públicos, pessoas desempregadas e pessoas que vieram a se tornar assessores parlamentares, mas jamais em decorrência do evento.
Felipe Moura Brasil tenta dar ares de escândalo a algo comum numa democracia – a reunião entre pessoas com algumas afinidades para discutir política e, em alguns pontos concordar, em outros discordar, mas, basicamente mostrar descontentamento contra políticos (sobretudo os que ostentam cargos) – e, pasmem, inclusive integrantes do governo que o grupo em questão franqueava apoio.
Resta claro, portanto, que Felipe Moura Brasil violou o mais básico dever ético do jornalista, circunscrito ao art. 10 do Código de Ética da ABI:
O jornalista não pode: Concordar com a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, políticos, religiosos, raciais, de sexo e de orientação sexual.
Felipe não apenas concorda, mas visivelmente pratica manobra de discriminação por motivos sociais, e sobretudo, por motivos políticos.
A perseguição política é patente, pois já que nada de ilegal é apresentado pelo incompetente autor de panfletos, resta a ele atacar pessoas que estão em discordância política em face de sua posição ostensivamente liberal e anti-conservadora.
As insinuações vis nada agregam ao jornalismo brasileiro – apenas assassinam o mínimo de dignidade que restava aos meios que tentam sobreviver sem verbas do governo. Talvez a motivação de Felipe Moura Brasil e seus associados, ao publicarem essa matéria que mais parece um mal escrito texto de fofoca (do qual até o grande Nelson Rubens se envergonharia) do que uma matéria jornalística, tenha sido pura inveja ou outro sentimento oriundo da constatação de que por exemplo, o Min. Sergio Moro passara a compartilhar e retuitar matérias do Critica Nacional, essas sim jornalísticas.
Uma espécie de inveja de tricoteira, por assim dizer, que fica ainda mais evidente inclusive, depois que Sergio Moro tornou explícito ser leitor e entusiasta do Crítica Nacional, um veículo de qualidade infinitamente superior aos veículos aos quais Felipe Moura Brasil é ligado, como o Antagonista, a Crusoé e a Jovem Pan.
Eu imagino que Sergio Moro não queira mesmo seguir nem dar likes em postagens do Antagonista, por exemplo, que passou meses a fio publicando notas infundadas dando como certa a queda ou demissão de Moro do Ministério da Justiça, o que de fato nunca aconteceu.
Entrando no mérito das mensagens e áudios que foram divulgados, repito, fora do contexto, pois como já foi dito, nenhum dos mencionados foi previamente consultado nem entrevistado por Moura Brasil, faço uso de trechos da resposta escrita com muita propriedade pelo Leandro Ruschel, também citado na matéria em questão. Escreve Ruschel:
O @BlogDoPim fez longa matéria, se utilizando de supostas conversas privadas, para atacar quem ele chama de “milicianos bolsonaristas”, com o claro objetivo de colocar tais pessoas na mesma condição de MAV’s, numa espécie de vingança pessoal por ter sido criticado pela turma. Como tive meu nome citado, me sinto no dever de comentar, até porque está sendo feita, novamente, uma perseguição vil contra muitas pessoas corretas que cometem o único crime de se engajar politicamente para mudar o Brasil, enquanto canalhas falam nas teses de Burke….
…A matéria é claramente auto-contraditória. Coloca como personagem principal da articulação “bolsonarista” o Otávio Fakhoury, um empresário muito bem-sucedido, que obviamente faz política por um senso de dever cívico, já que ganharia muito mais dedicando seu tempo aos negócios. Ele investiu no Crítica Nacional, um portal independente que traz informações de um ângulo que você não encontrará na extrema-imprensa. Adotou um editorial pró-governo? Sim, mas qual é o problema? Se 99% da imprensa é contra, é salutar que existam vozes a favor….
…Esse é outro ponto sobre a matéria. @BlogDoPim não ouviu ninguém que foi citado, rasgando todos os manuais jornalísticos. Simplesmente atacou, sem dar espaço para as pessoas se defenderem.
Moura Brasil ainda cita um grupo de WhatsApp que eu integro para organizar a ação contra a difamação feita pelo Estadão. A reunião dessas pessoas após tal acusação deixa claro que pouco havia contato antes disso, ou seja, prova quanto a acusação do jornal foi falsa.
Ele pergunta como um conservador pode incitar pessoas a “atacar” jornalista, se referindo à mensagem de Otávio, esquecendo que foi o jornalista que atacou os integrantes do grupo, atribuindo falsamente a eles o crime de difamação de adversários políticos.
Sobre o suposto caso de “reunião secreta”, fica claro no áudio do Fakhoury como ele foi irônico ao falar de “central de conspiração”. A reunião era tão secreta que um dos seus participantes, o @filgmartin, postou foto da mesma nas redes sociais.
Em relação à coordenação para se opor ao General Santos Cruz, @BlogDoPim insiste na tese de que a motivação ao movimento foi o bloqueio de verbas publicitárias aos “milicianos”, mesmo que o próprio Santos Cruz já tenha desmentido várias vezes tal tese, “As informações divulgadas, de que, quando ministro responsável pela SEGOV, eu teria bloqueado ou divergido sobre um possível pagamento de 320 ou 400/420 mil reais pela SECOM ou de discordância sobre possíveis programas a serem veiculados na EBC são absolutamente mentirosas.
Tampouco correspondem à verdade os rumores de um embate com o secretário Wajngarten. “Fabio nunca falou comigo sobre isso”, disse. “Se existe a ideia, comigo não comentou. Nada de recurso foi destinado (a blogs) neste ano e até a hora em que saímos não havia nada previsto.” Foi assim que Santos Cruz tratou a questão na última entrevista sobre o tema, na Época, no dia 20/06.
Na própria matéria do Moura Brasil, a troca de mensagens revelada, mostra integrantes da “milícia” criticando comunicação do governo, muito mais pelo tom do que por verba. As conversas mostram, claramente, que o objetivo de pedir a cabeça de Santos Cruz era o seu total desalinhamento com Bolsonaro, a ponto dele intervir em outros ministérios a fim de garantir verbas para a esquerda. Ninguém falava em derrubar Santos Cruz por bloqueio de verba….
A integra da resposta de Ruschel pode ser encontrada no link a seguir
https://threadreaderapp.com/thread/1182697405612998656.html
Continuando, é importante contextualizar também as colocações envolvendo Paulo Guedes e Sérgio Moro. O termo liberal, usado ao lado do nome de Guedes, na verdade descreve as forças políticas que apoiam a agenda econômica liberal de Paulo Guedes, sendo indiferentes em muitos casos ou até contrárias à agenda conservadora que elegeu o Presidente Jair Bolsonaro (agenda que os liberais e o Centrão chamam de “pauta de costumes”).
É o caso de muitos integrantes do partido Novo, e também de outros partidos como o DEM, por exemplo, que integram o Centrão. Naquele momento (início de abril), notava-se claramente um bloqueio no Congresso à implementação e avanço da pauta conservadora que foi a grande responsável pela eleição do conservador Jair Bolsonaro.
O diálogo, descontextualizado pelo Moura Brasil na sua matéria, era apenas uma mera constatação da minha parte, de que as convicções pessoais de muitos liberais precisariam estar submetidas a um projeto conservador de governo, que recebeu 57 milhões de votos, e não o contrário, o projeto ser comprometido, como parecia lá em março/abril que estava por acontecer.
É completamente errada, portanto, a interpretação ignóbil dada pelo novo Rolando Lero do “jornalismo investigativo”, Felipe Moura Brasil, de que o risco para a pauta conservadora seriam as pessoas “Paulo Guedes” e “Sérgio Moro”.
Quanto ao termo tecnocrata, usado ao lado do nome de Sergio Moro, não se trata de ofensa nem demérito, e sim apenas para constatar o que era nossa opinião naquele momento, de que Sérgio Moro era extremamente preparado tecnicamente, porém com pouca ou nenhuma experiência política, principalmente num ambiente tensionado por mais de 30 anos de dominação cultural e ideológica marxista, que permeou nosso sistema legal e político com leis e diretrizes bandidólatras e democidas.
Hoje está claro que houve evolução positiva nos dois casos acima. Sérgio Moro aprendeu muito rápido o ofício político e demonstra atualmente ser um dos mais escolados ministros em termos de guerra política e cultural, na luta pela aprovação do tão necessário pacote anti-crime.
O ministro Moro está atuando fortemente nas mídias sociais, divulgando seu trabalho, desmentindo “fake news”, inclusive aquelas publicadas pelo Antagonista, e combatendo o bom combate da verdade a favor do cidadão de bem, contra a bandidagem e as narrativas da esquerda bandidólatra. Como já foi dito, em alguns casos o próprio ministro, provavelmente cansado das mentiras e do viés esquerdista da mídia tradicional, compartilhou matérias do Crítica Nacional.
Já no caso do Paulo Guedes, tudo indica que ele está mais “bolsonarista” do que nunca. Isso é importante porque ajudará a convencer os próprios parlamentares apenas liberais a dar apoio no Congresso à pauta conservadora. Afinal, ainda que no campo popular/eleitoral, tenha sido a pauta conservadora que elegeu Jair Bolsonaro, no campo político, é uma aliança de forças liberal-conservadora que dá apoio político e parlamentar ao governo. Essa aliança deve se fazer respeitada por todas as suas pautas, e não apenas e tão somente a pauta econômica liberal.
Um último ponto para ser esclarecido, diz respeito à minha atual participação na executiva estadual do PSL-SP como tesoureiro. Essa participação não tem conexão nenhuma com a objeto do texto, uma vez que teve início em junho desse ano, dois meses após os fatos descontextualizados e narrados de forma invertida e pejorativa na matéria do tricoteiro Moura Brasil.
O convite me foi feito em pessoa, pelo Dep. Luiz Philippe de Orleans e Bragança, e pelo presidente estadual da legenda, Dep. Eduardo Bolsonaro. Os motivos que os levaram a fazer tal convite são de simples compreensão, para quem conhece meu histórico de vida: trabalho, honestidade e confiança.
Aceitei a missão pelo mesmo motivo que me levou desde 2014 a um maior engajamento político: Brasil acima de tudo, e Deus acima de todos!
Otávio Fakhoury (17/10/2019)