por angelica ca e paulo eneas
O Ministério Público da Bolívia emitiu nesta quarta-feira (18/12) uma ordem de prisão do ex-ditador boliviano Evo Morales, que se encontra refugiado na Argentina. De acordo com a denúncia apresentada pelo governo interino de Jeanine Áñez, Evo Morales é acusado de sedição, terrorismo e financiamento do terrorismo.
O Ministério Público da Bolívia solicitou em novembro, abertura de processo para investigar Evo Morales, após denúncia de Jeanine Áñez. O processo foi aberto após divulgação de gravação de um telefonema, no qual Evo Morales dá instruções a um de seus apoiadores, o plantador de coca Faustino Yucra, para bloquear estradas e não deixar comida nem combustíveis passar para as cidades.
Com base nas denúncias, o Ministério Público solicitou abertura de processo para investigar o caso e o ex-ditador, que foi acusado por crimes de sedição e terrorismo. No último sábado (14/12), durante participação em ato militar em Tajira, a presidente interina da Bolívia Jeanine Añez, anunciou que em poucos dias a Justiça iria emitir um mandado de prisão contra Evo Morales:
Certamente nos próximos dias o mandado de prisão será emitido, já fizemos as denúncias relevantes. Evo Morales nunca respeitou nada, nem mesmo a própria Constituição. Por isso, se ele retornar à Bolívia, sabe que precisará dar respostas ao país, uma vez que ele tem contas pendentes com a Justiça.
A determinação foi assinada pelos promotores de La Paz, Jhimmy Almanza e Richard Villaca, que ordenaram que promotores, policiais e funcionários públicos prendam e conduzam o Sr. Juan Evo Morales Ayma aos escritórios da procuradoria.
O ministro interino do governo, Arturo Murillo, publicou no seu twitter nesta quarta-feira, uma imagem do documento em que ele é ordenado a prender Morales e transferi-lo para o Promotor Especial Anticorrupção. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews
Sr. @evoespueblo para su conocimiento pic.twitter.com/1KrAFcevjQ
— Arturo Murillo (@ArturoMurilloS) December 18, 2019
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