por camila abdo e paulo eneas
O deputado Federal Ricardo Barros, líder do governo na Câmara dos Deputados, está no centro da delação do ex-presidente da Galvão Engenharia, que alega ter pago R$ 5 milhões a Ricardo Barros para facilitar negociações com a Copel. O deputado reagiu negando o recebimento de pagamentos ilegais e pediu à Procuradoria Geral da República que apure o vazamento de parte da investigação.
Na delação do ex-presidente da empreiteira, divulgada na última sexta-feira (14/08) afirma-se que “com a ajuda de Ricardo Barros, a Galvão conseguiu viabilizar em 30 de novembro de 2011 a venda de 49.9% de sua participação na São Bento Energia (holding proprietária de quatro parques eólicos em construção) para a Copel.”
“Ricardo Barros funcionou como interlocutor do governo na transação e auxiliou a destravar o processo de negociação da venda à Copel. Ricardo Barros mostrava ter influência e ascendência sobre os agentes públicos da estatal.”
Mais adiante, o documento da delação prossegue afirmando: “Restou acertado que ele faria jus ao recebimento de R$ 1 milhão e 1.5% dos valores que a Copel viesse a aportar dentro da SPE São Bento Energia. Tal acerto ocorreu em Curitiba em reunião realizada na sede do Partido, entre abril e novembro de 2011, possivelmente em 14 de junho.”
Em nota, Ricardo Barros informou que solicitou ao Procurador Geral da República, Augusto Aras, a abertura de uma investigação administrativa e criminal para identificar e apurar possível abuso de autoridade no vazamento ilegal de supostas delações premiadas.
O deputado também afirmou que estar surpreso com a menção ao seu nome na delação, afirmando que o que foi relatado não corresponde aos fatos, e que provará a sua inocência. Ricardo Barros ainda pediu acesso ao procedimento de investigação para prestar esclarecimentos.
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