O Vírus Chinês & Uma Falácia do Espantalho: A Pseudo-Questão da Vacinação Obrigatória

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por paulo eneas
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (02/12) a medida provisória do Governo Federal destinando um crédito extraordinário de cerca de R$2 bilhões para compra e produção da vacina contra o vírus chinês produzida pelo laboratório farmacêutico  AstraZeneca. Os recursos serão utilizados pela Fundação Oswaldo Cruz, que estabeleceu parceria com o laboratório. A medida provisória segue agora para o Senado Federal.

A vacina do AstraZeneca, ou vacina de Oxford como passou a ser chamada no Brasil, tem menos de um ano de desenvolvimento e pesquisa, como de resto todas as demais vacinas contra a covid. Nunca na história da indústria farmacêutica desenvolveu-se uma vacina em um tempo inferior a quatro anos de pesquisa. Também nunca na história das epidemias adotou-se a estratégia de desenvolver uma vacina no decorrer de uma pandemia para debelá-la.

Nenhum dos laboratórios farmacêuticos que desenvolvem vacinas para a covid consegue atestar a segurança de seus imunizantes. No caso do coronavírus, como a taxa de letalidade é inferior a 1% (um por cento), somente faria sentido do ponto de vista da segurança e da eficácia para a população a adoção de uma vacina que oferecesse segurança e eficácia superiores a 99%.

Ocorre que a maioria dos imunizantes que estão sendo desenvolvidos oferecem uma segurança e eficácia muito abaixo disso. Portanto, do ponto de vista estatístico, o risco que uma pessoa irá correr ao tomar uma destas vacinas será maior do que o risco que ela corre ao contagiar-se com o coronavírus.

Em artigo publicado pelo Crítica Nacional no final de agosto deste ano intitulado Indústria Farmacêutica Admite Não Ter Como Garantir Segurança Das Vacinas e Tenta Proteger-Se De Ações Judiciais, mostramos que a indústria farmacêutica europeia fazia gestões junto à União Europeia para isentar os laboratórios de responsabilidade legal quanto ao uso de suas vacinas para covid:

A Vaccines Europe, uma divisão da Federação Europeia de Associações de Indústrias, que representa empresas como AstraZeneca, GlaxoSmithKline, Novavax, e Pfizer, está alertando sobre os riscos que a própria entidade considera inevitáveis pelo uso das vacinas.

A entidade reconhece que a indústria farmacêutica decidiu apressar a produção de vacinas em poucos meses em um processo que, em circunstâncias normais, demoraria vários anos ou até mesmo mais de uma década para se chegar a resultados seguros.

A Vaccines Europe apelou junto à União Europeia para obter a isenção de responsabilidade judicial pelas consequências do uso das vacinas. Segundo o jornal Financial Times informou na segunda-feira (24/08), a União Europeia negou que estaria negociando os termos dessa isenção de responsabilidade com a indústria farmacêutica.

O fato é que o problema real da segurança e da eficácia das vacinas foi deixado de lado por meio de um estratagema de comunicação e de direcionamento da opinião pública em torno da pseudo-questão da obrigatoriedade das vacinas. Tornou-se lugar comum, mesmo entre figuras públicas, a afirmação de que o problema não está nas vacinas mas sim na ideia de obrigatoriedade de vacinação.

No entanto, a obrigatoriedade é uma pseudo-questão, também conhecida como falácia do espantalho. É óbvio que a vacinação irá tornar-se progressivamente obrigatória em quase todo o mundo. Esta obrigatoriedade não será ostensiva: as polícias não irão arrancar as pessoas de casa e levá-las à força para vacinarem-se.

A obrigatoriedade será implementada por meio da progressiva restrição de direitos civis para as pessoas que não vacinarem-se. Incluem-se entre estes direitos o direito de viajar para o exterior, locomover-se no próprio território nacional, assumir cargos públicos, matricular-se em escolas, ter acesso a determinados serviços públicos, entre outros.

Portanto, afirmar-se que é contra a vacinação obrigatória não passa de uma quimera: a vacinação irá tornar-se progressivamente obrigatória mas de modo não ostensivo por meio da restrição de direitos civis, que ficarão em segundo plano ante o poder do lobby da indústria farmacêutica e da grande imprensa a seu serviço.

Além do que, esta obrigatoriedade progressiva não ostensiva diz respeito não a uma preocupação com saúde pública, preocupação esta que a rigor nunca existiu por parte da quase totalidade dos agentes públicos. Esta obrigatoriedade tem a ver com controle social e demonstração de poder ensejados pela pandemia.

Uma demonstração de poder que já foi dada ao impor-se uma solução de vacinas produzidas a toque de caixa para uma epidemia, quando sabidamente existem tratamentos de custo e risco muitíssimo menores, mas que foram ignorados e boicotados ou mesmo demonizados pelos detentores do poder de fato: as burocracias estatais e a grande mídia susceptíveis ao lobby globalista da big pharma.


 

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