por paulo eneas
O proto-ditador tucano paulista João Doria anunciou nesta quinta-feira (10/12) o início da produção de sua vacina chinesa pelo Instituto Butantan, que inclusive contratou novos funcionários para a tarefa. A produção será iniciada à revelia das autoridade nacional de saúde, o Ministério da Saúde, e sem a autorização da Anvisa. O governador também anunciou que onze estados firmaram contratos com o instituto para a compra do suposto imunizante.
O anúncio foi mais uma demonstração de poder por parte do governador, e revela a total falência da autoridade da União Federal em assuntos relativos à pandemia. Os estados, especialmente o Estado de São Paulo, têm agido como entes soberanos e têm tomado as decisões que bem entendem por meio de negociação com países estrangeiros e criação de planos de vacinação, como se não houvesse autoridade nacional de saúde no país.
E parece de fato não haver: a lerdeza e tibieza do próprio Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o erro do governo federal que acatou decisão judicial inconstitucional que retirou do governo central as prerrogativas para tratar da pandemia em âmbito nacional resultaram nesse quadro de completa anarquia institucional.