por paulo eneas
Dede o final da manhã desta quarta-feira (10/03), o ex-presidiário Lula está praticamente em rede nacional voluntária de rádio e televisão. A pauta única de quase todos os veículos é a cobertura do comício de pré-campanha de Lula, disfarçado de entrevista coletiva. Os veículos não se limitam a fazer a cobertura, mas endossam e potencializam o discurso do líder petista.
Em contrapartida, há dois anos os apoiadores do Presidente Bolsonaro apelam quase desesperadamente para o chefe de governo usar de sua prerrogativa e convocar com regularidade uma rede nacional de rádio e televisão para tratar dos grandes temas nacionais. Exceto por umas pouquíssimas vezes, isso nunca foi feito a contento.
Em vez disso, o presidente limita sua comunicação às redes sociais, que atingem apenas um fração do público, o que torna a disputa na opinião pública absolutamente assimétrica em desfavor do governo e, agora, em favor e em benefício do chefe petista. Não poderia haver erro estratégico maior do que este cometido pelo governo.