por paulo eneas
A troca dos comandantes militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, deu origem a narrativas da grande imprensa a respeito de suposto golpe ou ruptura institucional. Além de desonestas, estas narrativas são criminosas, pois correspondem a acusar de maneira caluniosa o Presidente da República de estar tramando um suposto golpe, quando na verdade o presidente está exercendo uma prerrogativa prevista explicitamente na Constituição Federal.
Mais do que narrativas para fins de guerra política, a acusação que a grande imprensa vem fazendo contra o Presidente da República constitui-se em um crime, e é assim que deve ser tratada. Não se trata o livre exercício de opinião, que precisa existir e deve ser assegurado em uma democracia: trata-se de um imputação criminosa contra o Chefe de Estado, e que merece ser respondida na forma da lei.
No entanto, o que assistimos é a completa ausência de atitudes duras na forma da lei por parte de órgãos como Ministério da Justiça e Advocacia Geral da União contra estas falsas imputações criminosas feitas pela grande imprensa contra o Presidente da República. Em vez disso, assistimos importantes autoridades públicas sendo pautadas por esta narrativa criminosa e alimentando-a, ainda que por meio de afirmações nominalmente corretas.
Por exemplo, o presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco, pautado pela grande imprensa para alimentar essa narrativa, fez uma afirmação protocolar afirmando ver a troca no comando militar com naturalidade. Da mesma forma, o vice-presidente Hamilton Mourão, em sua enésima declaração para a Globo News e outra vez pautado pela emissora, afirmou o óbvio: que não existe ruptura institucional alguma.
Estas afirmações protocolares, ainda que corretas, mostram a facilidade com que a grande imprensa consegue pautar a discussão nacional de acordo com sua conveniência, quase que obrigando autoridades públicas a discorrer sobre narrativas falaciosas colocadas por esta mesma grande imprensa, em um processo de retroalimentação constante.
Esse ciclo de retroalimentação somente irá cessar quando o Governo Federal adotar uma estratégia correta de comunicação, o que não existe hoje, que se destine não a retroalimentar as narrativas falaciosas da grande imprensa, mas sim a pautar o debate nacional na perspectiva dos reais interesses do país. Cabe também uma mudança de postura na área jurídica do governo, que precisa começar a tratar estas narrativas caluniosas como crime, a ser enfrentando na forma da lei.
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