por paulo eneas
A Casa Branca confirmou na tarde desta terça-feira (08/04) tarifas de importação adicionais sobre produtos chineses, elevando para 104% a taxação tarifária total aplicada pelos Estados Unidos sobre a China. As novas tarifas entram em vigor nesta quarta-feira.
O temor de uma quebra da cadeia global suprimentos decorrente dessas medidas trouxe nova instabilidade e aversão ao risco nos mercados. Bolsas americanas interromperam processo de recuperação que vinha ocorrendo hoje após dias seguidos de queda e estão no momento com as cotações estabilizadas, mas com viés baixista.
O dólar disparou assim que a medida foi anunciada. No Brasil, a moeda norte-americana volta a ser negociada acima de R$ 6,00 no mercado de câmbio futuro.
Nenhum analista consegue apresentar uma análise fria e mais assertiva sinalizando onde de fato Donald Trump pretende chegar. E quando se aponta um possível objetivo, como por exemplo a desvalorização do dólar frente a outras moedas para reduzir deficits comerciais norte-americanos, as ações ações de Trump produzem efeito na direção oposta.
Algumas análises apontam que Brasil poderá talvez (com muitas reticências aqui) beneficiar-se das sandices tarifárias trumpistas. De um modo geral, analistas acreditam que China e economias emergentes sairiam beneficiadas. Assim, China, Brasil, Mexico e India fortaleceriam suas economias por conta do isolacionismo irracional de Donald Trump.
Em termos políticos, caso esse isolacionismo norte-americano no comércio internacional persista, Donald Trump estaria na prática ajudando a reeleger o petista Lula no Brasil e fortalecendo politicamente a atual presidente esquerdista do Mexico.
No Canadá, ao contrário de algumas tolices afirmadas pelo ex-ministro Paulo Guedes em evento no início de março, o efeito político das bravatas e ameaças trumpistas foi fortalecer o Partido Liberal (progressista) de Trudeau, que saiu do cargo de premier, mas seu partido segue majoritário e apontou o sucessor, menos desgastado politicamente.
Há um entendimento junto a maioria dos analistas que as medidas adotadas por Donald Trump terão efeitos devastadores internos na economia americana, com recessão, desemprego e inflação. Pois tarifas representam encarecimento de produtos e serviços na ponta do consumo e aumento de custos na ponta da produção.
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