por camila abdo e paulo eneas
Um painel realizado na semana passada pela Universidade John Hopkins sobre a evolução da pandemia do vírus chinês em diversos países mostrou que a Argentina ocupa a décima posição em números absolutos de óbitos por conta da pandemia. À frente da nação vizinha, em ordem crescente, estão Espanha, Irã, França, Itália, Reino Unido, México, Índia, Brasil e Estados Unidos.
Ocorre que a Argentina está entre os países que adotaram as medidas mais draconianas de isolamento social, lockdown e outras restrições em todo o mundo. Há meses os argentinos estão praticamente proibidos de usar transporte público, e também proibidos de afastarem-se para além de uma determinada distância de suas residências. A violência e a repressão política coroam esse estado de anomalia social.
Houvesse alguma base científica para as medidas de restrição, a Argentina deveria exibir os números mais promissores em relação à covid, mas ocorre exatamente o contrário. Isto mostra que estas medidas de de cerceamento de liberdades impostas por governantes não dizem respeito ao controle da pandemia: elas são adotadas para impor controle social, que no caso argentino é facilitado pelo fato do país ser governado pelo Foro de São Paulo.