por andré gordon
Durante o programa O É da Coisa que foi ao ar ontem, o jornalista Reinaldo Azevedo voltou a destilar vigarices, ocupando mais da metade de seu tempo com elas. É uma pena que um
bom analista se perca, muitas vezes, tentando manipular os fatos de forma a defender seus objetivos, sem a mínima transparência junto aos seus ouvintes quanto aos seus reais objetivos. O jornalista gastou uma parte do tempo ofendendo o deputado Jair Bolsonaro, que na véspera fora convidado para um programa de entrevistas numa emissora de televisão que pertence ao mesmo grupo empresarial que detém a emissora de rádio em que Reinaldo Azevedo trabalha.
É claro que o jornalista pode ter a opinião que ele bem desejar, mas o que chamou a atenção foi a forma vigarista que Reinaldo Azevedo utilizou para “condenar” Jair Bolsonaro por este ter supostamente feito apologia ao estupro no episódio do confronto havido com a deputada petista Maria do Rosário. O resumo desse confronto foi essencialmente o seguinte:
Maria do Rosário:
– Estuprador
Jair Bolsonaro:
– Fica tranquila, que você não merece ser estuprada
A partir desse trecho de diálogo, Reinaldo Azevedo decide então construir seus sofismas. Segundo a interpretação do jornalista, se Jair Bolsonaro disse que Maria do Rosário não merece ser estuprada, logo as outras mulheres, principalmente as “bonitas”, mereceriam ser estupradas. Daí ele concluiu então que houve apologia ao estupro, justamente por parte do deputado que propõe a castração química dos estupradores.
Obviamente que Reinaldo Azevedo entendeu o que houve. Tanto entendeu, que destacou o adjetivo bonita, para contrapor-se a “feiura” da deputada gaucha. Até uma criança concluiria, a partir dos fatos, que o deputado quis dizer algo do tipo: você é tão feia, que nem que eu fosse um estuprador (como você me acusa), eu a estupraria.
Por essa lógica do jornalista, se no calor de uma briga você chegar para seu oponente e bradar: você é tão desprezível, que não vale nem uma bala em sua cabeça, então você também deveria ser considerado criminoso por apologia ao assassinato, já que se aquele seu oponente não mereceu, é porque há quem merecesse o tiro.
Aqui não entro no mérito da resposta errada pelo deputado, embora eu entenda que o certo seria levar a deputada para a Comissão de Ética pelas graves ofensas feitas por ela contra o deputado Jair Bolsonaro. Mas na verdade, o que está em risco aqui é outra coisa: o Brasil está caminhando sobre a tênue linha divisória entre respeito à Constituição e às instituições e a desordem. Uma descontinuidade ou ruptura não seria a primeira nos últimos 130 anos. Será talvez a décima. Temos alguma tradição latina no assunto.
Os ministros do STF estão jogando lenha na fogueira. Já macularam o processo de impeachment, preservando os direitos políticos da ex-presidente petista, o que alimentou o discurso do golpe. Agora ameaçam condenar e excluir da disputa o segundo colocado na preferência eleitoral dos brasileiros, segundo os institutos de pesquisa, e um dos únicos de fora da panelinha PT-PSDB.
Reinaldo Azevedo, que ajudou a resgatar a popularidade do Lula, imputando essa responsabilidade ao que ele chama direita xucra, agora serve como porta-voz daqueles que não suportam a ideia de ver um verdadeiro outsider da agenda globalista da ONU. E quanto mais Bolsonaro cresce nas pesquisas, mais o jornalista irá dedicar-se a tentar destruí-lo, sem jamais no entanto demonstrar alguma ombridade para convidá-lo para seu programa.
Para recapitular os desdobramentos recentes do cenário político, no início desse ano criaram a figura do super gestor que supostamente não seria político, mas que gostava de prefeitar. Passados pouco mais de três ou quatro meses, caiu a máscara do personagem super gestor. Logo em seguida começaram então a desesperadamente tentar encaixar o apresentador Luciano Huck como sendo o cara. No final, acabarão babando o ovo do governador Gerado Alckmin, que será o good cop da esquerda.
Resta saber se Geraldo Alckmin disputará o segundo turno com o bad cop do estamento, seja na figura do Lula, da Marina ou do Ciro ou se de fato poderá disputar, finalmente, com alguém da direita. E é essa possibilidade que tanto assusta os atuais mandatários do poder e seus porta-vozes na grande imprensa. #CriticaNacional #TrueNews
André Gordon é economista e sócio da GTI Administração de Recursos, e de tempos em tempos colabora com o Crítica Nacional com artigos na área de economia. Recentemente participou juntamente com Adolfo Sachsida e Eduardo Bolsonaro de um debate sobre cenário econômico brasileiro. O vídeo com esse debate poder ser visto abaixo. No final desse mês de novembro, André Gordon irá participar juntamente com o editor do Crítica Nacional de uma transmissão ao vivo especial tratando do cenário e das perspectivas para a economia brasileira.
Eu até estava lendo o artigo, mas ao me deparar com a pérola “…que nem que eu fosse um estuprador…” Que nem QUE eu fosse??? Que nem SE eu fosse. Parei por aí mesmo.
Por causa de um erro insignificante de gramática você deixa de ler um artigo tão bom? Ou são outras as suas razões?
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