Militantes ou simpatizantes tucanos estão fazendo um esforço para comparar os valores envolvidos na corrupção praticada pelos petistas com os valores envolvendo políticos tucanos na delação de Emílio Odebrecht. A comparação visa obviamente sugerir a ideia de que o problema mais grave se chama PT e que os pecados do PSDB devem ser devidamente dimensionados conforme os valores envolvidos. Quando um militante precisa usar do argumento de que seu partido é menos corrupto do que um outro, é porque já não há régua moral alguma que possa ser utilizada, mas somente a régua monetária para medir quem roubou menos e quem roubou mais.
Usar da medida do grau de corrupção como argumentos para negar que petistas e tucanos podem e devem ser equiparados é argumento desonesto e cínico. Se o petismo promoveu o maior esquema de corrupção na história do país, é porque o partido chegou ao poder, e chegou graças ao caminho que lhe foi pavimentado e assegurado pelos tucanos.
Portanto, petistas e tucanos podem e devem ser equiparados, tanto no que diz respeito às afinidades ideológicas entre socialistas e socialdemocratas, quanto às práticas de corrupção de ambos os partidos. E se existe diferença de escala de valores nessas práticas corruptas, ela se deve à circunstância do exercício ou não do poder, que ambos têm disputado num jogo combinado de mais de duas décadas. Um jogo que, para o bem do país, parece ter chegado ao fim.
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