O quarto dia da greve dos caminhoneiros faz agravar a situação de desabastecimento de combustíveis e alimentos em várias cidades do país. Na capital paulista, inúmeros postos já não têm mais combustíveis e as filas de veículos aumentam nos que ainda conseguem abastecer. Vários aeroportos operam com restrições, e o principal temor diz respeito ao desabastecimento de alimentos nos supermercados e centrais de distribuição atacadista como a Ceagesp, que já está operando em nível muito abaixo do usual e com aumentos de até cem por cento em alguns itens.
No Rio de Janeiro, a greve pode afetar a distribuição de água segundo a Companhia de Abastecimento de Água do Estado, devido à falta de produtos químicos usados nos processos de tratamento da água distribuída à população. No front político, o Senado parece não ter se dado conta da gravidade da situação e não havia confirmado até o fim dessa manhã se iria ou não votar a redução do PIS/Cofins sobre o preço do óleo diesel, aprovada ontem na Câmara dos Deputados.
Ainda no front político, a greve tem suscitado reações distintas no campo da direita, que refletem a a ausência de um leitura de conjuntura e de uma visão de estratégia comum nesse campo. Por outro lado, conforme mostraremos na próxima nota, a totalidade das organizações e partidos de esquerda estão dando apoio incondicional ao movimento grevista, e usando do mesmo discurso: manter a greve até a queda do governo federal e até que o líder petista criminoso e condenado pela justiça seja colocado em liberdade. Fica patente que essa greve hoje não tem a ver apenas com preços de combustíveis. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews