por paulo eneas
Ao longo de todo o dia e desde o início da noite observa-se o mesmo padrão no fracassado movimento grevista que os aparelhos sindicais controlados pelas esquerdas tentaram empreender hoje: diante da incapacidade de obter adesão real e espontânea da população ao seu movimento, a delinquência em forma de militância concentrou o foco de suas ações na violência, na intimidação, no impedimento forçado do trânsito de pessoas e veículos, e no enfrentamento permanente com a polícia. No início da noite vários ônibus foram incendiados na capital carioca, em ações que não se distinguem em nada de atos cometidos quase diariamente pelo crime organizado que controla as favelas da cidade. Em alguns locais houve início de tentativa de saques a lojas.
Na capital paulista, as ações principais foram no sentido de tentar bloquear as principais vias de trânsito da cidade. Em alguns pontos da cidade foram adotadas táticas de produzir engarrafamento de trânsito com milicianos usando motocicletas, o que remete imediatamente a tática idênticas empregadas pelas milícias chavistas na Venezuela. A paralisação do transporte público na cidade, principalmente os ônibus, foi quase total. Houve ações violentas também em frente à residência do presidente Michel Temer em São Paulo.
É fato que a greve geral foi um fracasso em termos de adesão popular. Mas acreditamos que os dirigentes de esquerda que a convocaram já avaliavam isso de antemão, e em vista disso adotaram táticas que não foram no sentido de viabilizar a adesão política da população, mas sim de potencializar atos de violência e de sabotagem e impor um clima de medo e terror. Voltaremos mais tarde a analisar as implicações políticas dessa opção calculada feita pelos sindicalistas a serviço do movimento revolucionário no país.
Publicado Originalmente em 28/04/2017. #CriticaNacional #TrueNews