por paulo eneas
As exonerações e realocações de assessores do Ministério da Educação ocorridas essa semana deram origem a uma discussão intensa nas redes socias a respeito das motivações dessas mudanças. A principal versão apresentada fala de atritos entre os assessores ou ex-assessores alunos do professor Olavo de Carvalho e militares membros do governo. Segundo apuramos, independentemente desses atritos, alguns já tornados públicos, as mudanças ocorridas no MEC estão relacionadas à atuação do Coronel Ricardo Wagner Roquetti.

Ricardo Wagner Roquetti tem se tornado para todos os efeitos o ministro de fato, isolando Ricardo Vélez do contato com demais assessores, principalmente no momento da tomada de decisões. Foi o que ocorreu, por exemplo, no caso da redação da carta do MEC aos diretores de escola trazendo orientações para a execução do Hino Nacional. A carta foi elaborada sem participação dos assessores agora afastados ou exonerados.

O Coronel Ricardo Roquetti foi um orientando de Paulo Roberto de Almeida, diplomata recentemente exonerado do Itamaraty por decisão do chanceler Ernesto Araújo. Trata-se do mesmo diplomata que, em debate recente com o Professor Olavo de Carvalho, demonstrou não saber a distinção entre globalismo e globalização.

Um novo Gustavo Bebianno no Governo Bolsonaro
Roquetti aproximou-se da área de educação do Governo Bolsonaro ainda durante a transição, apresentando-se como especialista em uma das áreas de estudos de filosofia do professor Olavo de Carvalho. Nesse período de transição ainda no ano passado, conquistou a confiança Ricardo Vélez, chegando a atuar até mesmo como segurança pessoal do futuro ministro.

Iniciado o governo, Roquetti passou a atuar como o ministro de fato, afastando assessores e aproximando pessoas de sua confiança. Um dos afastados por ação direta de Roquetti foi o cientista político Antônio Flavio Testa, que havia sido escolhido por Ricardo Vélez como Secretário Executivo. Testa foi então substituído por Luiz Antonio Tozi, homem de confiança de Roquetti e ligado a área de ensino técnico, além de ter excelentes relações com o PSDB.

O poder de Roquetti consolidou-se no Ministério a partir do momento que ficou determinado que todos os demais assessores reportassem diretamente a ele, isolando dessa forma o ministro Vélez, que passou a despachar unicamente com o próprio Roquetti e com o secretário executivo Luiz Tozi.

Projetos do próprio ministro Ricardo Vélez, como a extinção do Conselho Nacional de Educação, órgão que funciona como um soviete que comanda o MEC e composto por pessoas ligadas ao MST, ao movimento LGBT, à CUT e a sindicatos de professores, foram colocados na gaveta por decisão de Roquetti.

Ocupação do ministério por tucanos e riscos para a Lava Jato do MEC
A tensão no ministério chegou ao ponto máximo essa semana, quando Roquetti decidiu exonerar ou afastar todos os assessores orginalmente escolhidos por Ricardo Vélez, a maioria alunos do professor Olavo de Carvalho, e também o próprio Luiz Tozi, que foi afastado.

O novo gabinete do ministério está sendo reformulado com assessores escolhidos a dedo por Roquetti, todos eles ligados ao PSDB. Essa reformulação ocorrerá exatamente no período em que o Ministro Ricardo Vélez ficará em viagem ao exterior durante três semanas.

Em meio a essa sucessão de eventos, a anunciada Lava Jato da Educação foi desarticulada dentro do ministério por pressão dos grupos lobistas interessados em seu esvaziamento. As ações relacionadas a estas investigações foram encaminhadas para juristas ligados ao Presidente do STF, Antonio Dias Toffoli.

Em breve traremos mais detalhes a respeito da operação e da tentativa de sua sabotagem. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews


 

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