por paulo eneas
Durante depoimento que está prestando nesta quarta-feira (19/05) à CPI da Covid do Senado Federal, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou em dado momento que o Brasil, por ser um país soberano, não é obrigado a seguir orientações de organismos internacionais a respeito de qualquer assunto, inclusive saúde pública.

“O Brasil é soberano para tomar suas próprias decisões em qualquer área, inclusive na área da saúde. Não somos obrigados a seguir nenhum tipo de orientação de OMS ou de ONU”, afirmou o ex-ministro, que é general da ativa do Exército Brasileiro.

A fala do ex-ministro contrasta com a abordagem feita pelo senador petista Rogerio Carvalho (PT-SE) que, durante a sessão da CPI da Covid da terça-feira, mencionou o editor do Crítica Nacional condenando-o por ter afirmado em palestra na Fundação Alexandre de Gusmão no ano passado que as orientações da OMS devem ser ignoradas.

Esse trecho do depoimento do ex-ministro da Saúde está em linha com o entendimento que sempre tivemos sobre esse tema: o Brasil não pode nem deve, sob risco de fragilizar sua soberania, submeter ou sujeitar suas políticas públicas a qualquer órgão burocrático transnacional. Especialmente quando este órgão carece de legitimidade para isto, como é o caso da Organização Mundial de Saúde.

A falta da legitimidade da Organização Mundial de Saúde para impor aos países diretrizes para lidar com a pandemia do vírus chinês ficou evidenciada ao longo de toda a crise sanitária mundial, conforme mostramos em artigo publicado ontem, e cujo link encontra-se abaixo. Sob este aspecto específico, este trecho da fala do ex-ministro na CPI da Covid merece ser elogiado.

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