por emma sarpentier
O Foro de São Paulo utilizou os instrumentos da democracia para instalar e perpetuar ditaduras socialistas em quase todos os países da América do Sul. Assistimos esse mesmo modus operandi agora na Bolívia, onde o Tribunal Plurinacional de Evo Morales, usando a mentira de que reeleição indefinida é um direito humano, cumpre com a cartilha comunista do Foro de São Paulo e toma uma decisão que consolida naquele país o regime de ditadura de facto, chefiado pelo narcotraficante Evo Morales.
Não resta dúvida de que o regime de Evo Morales foi imposto pela força e, portanto, é um regime que carece de legitimidade. O Foro de São Paulo, com o velho guerrilheiro e ditador e narcotraficante cubano no comando, tem como objetivo a implantação de ditaduras comunistas do século vinte e um no continente sul-americano. Ditaduras essas chefiadas por lideres colocados no poder para nele perpetuarem-se por meio da manipulação eleitoral, da destruição do sistema de partidos políticos e o estabelecimento do partido único.
O controle imposto pelos comunistas nesse processo de aparelhamento dos estados para implantação de ditaduras envolve também alterações constitucionais, leis feitas à medida, o controle de todos os poderes, a destruição das instituições do Estado, a perseguição política, com prisioneiros e exilados políticos, manipulação da justiça, dogmatismo castrista e anti-imperialista, implementação de um sistema de medo com recompensas e punições, destruição da liberdade de imprensa, assassinato da reputação da dissidência, estatismo e corrupção sem limites, além de tráfico de drogas, financiamento e apoio ao terrorismo islâmico.
É exatamente esse processo que ocorrer presentemente na Bolívia, para permitir que Evo Morales possa ser candidato em 2019, contrariando assim o que dizia anteriormente o ordenamento jurídico do país. A perpetuação de Evo Morales no poder irá ocorrer por fraude eleitoral, como já aconteceu na Venezuela com o falecido ditador genocida Hugo Chávez. Em 2007 o então ditador venezuelano perdeu um no qual nós venezuelanos dissemos não à reeleição infinita. Mas Hugo Chávez manipulou esse processo, assim como tantos outros, e governou até sua morte em dezembro de 2012.
Já no ano de 2014 Evo Morales não poderia mais ser candidato a presidente de acordo com a Constituição da Bolívia. Mas uma decisão do Tribunal Constitucional Plurinacional, tomada com base na infâmia de que a primeira eleição do então presidente, ocorrida em 2005, teria sido realizada em uma República inexistente da Bolívia, uma vez que o novo estado plurinacional boliviano havia sido estabelecido em 2009, de modo que a reeleição de 2014 teria sido a primeira para a Evo Morales.
No ano de 2016, Evo Morales convocou ao povo para um referendo com a intenção de se perpetuar no poder de forma legalmente, e os boliviano disseram não à reeleição no dia 21 de fevereiro daquele ano. No entanto a cartilha comunista do Foro de São Paulo não desiste de ocupar os espaços, nem dos bastiões que já conquistaram precisamente através da democracia. Desta forma, o tribunal constitucional aparelhado a serviço de Evo Morales, outra vez fez-se de cego e surdo decidiu em favor da reeleição infinitamente.
É importante ter em mente que o mesmo tribunal que em 2014 havia autorizado ilegalmente o ditador a se apresentar como candidato, é a mesta instância do poder judiciário daquele país que esconde todos os seus crimes, permite as perseguições políticas, processos ilegítimos, corrupção, roubo dos cofres públicos, produção de cocaína e o silenciamento da verdadeira dissidência.
A democracia na Bolívia deixou de existir em 2003. Agora, com a ajuda de uma suposta oposição, a ilusão de ótica da democracia sob um regime de ditadura socialista de facto começará a ser recriada, fazendo com que as pessoas acreditem que o Foro de São Paulo entregará o poder com eleições, e que essa suposta oposição poderá unir-se para, com as ferramentas constitucionais talhadas pelo Foro de São Paulo, tirar Evo Morales do poder por meio de limpas. Como venezuelana, conheço em profundidade esta encenação do Foro de São Paulo.
Não pode haver dúvida sobre a real natureza do regime que usurpa o poder na Bolívia, nem pode haver dúvida sobre quem e o que é facto Evo Morales: um ditador, narcotraficante a serviço dos comunistas. A cartilha comunista na Bolívia está apenas alguns capítulos para trás em relação à Venezuela, mas o objetivo é o mesmo, consolidar e perpetuar uma ditadura socialista nos moldes do Foro de São Paulo.
Emma Sarpentier é dirigente do Movimento de Resistência Rumbo Libertad e colaboradora do Crítica Nacional em Caracas. Edição de texto de Paulo Eneas. #CriticaNacional #TrueNews.
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