por paulo eneas
É fato que o agente político estrangeiro Glenn Greenwald continua agindo com desenvoltura no País, afrontando e confrontando autoridades constituídas com um amplo respaldo da grande imprensa e de instituições, usando do subterfúgio de estar supostamente fazendo jornalismo investigativo para encobrir suas atividades criminosas.
Em mais um episódio que caracteriza a permanente inversão de valores presente na sociedade brasileira, Glenn Greenwald passou a ser estrela de eventos que incluem desde feira literária até, numa suprema ironia ou cinismo, palestrante em seminário de ciências criminais.
Por sua vez, a ala mais esquerdista do Ministério Público Federal, representada pela procuradora Deborah Duprat, também saiu em defesa da ação criminosa do editor do The Intercept, sob o argumento absurdo de que a ilegalidade, que a própria procuradora admite, da obtenção de informações privadas envolvendo o trabalho de investigação criminal de agentes públicos não pode obstaculizar a divulgação dessas informações.
Dessa forma, segundo essa ótica, a liberdade de imprensa inclui a liberdade de dar publicidade a informações obtidas ilegalmente. E na semana passada, o TCU agiu de maneira fora do padrão pressionando o COAF para que este órgão não viesse a adotar seus procedimentos usuais de análise da movimentação financeira de Glenn Greenwald e pessoas a ele associadas.
E por fim, no último final de semana, os principais jornais da grande imprensa trouxeram matérias dando respaldo e guarida às ações de Glenn Greenwald, especialmente seu argumento cínico e mentiroso de que a motivação de suas ações não é política, mas tão somente a de denunciar o que considera ser uma ação judicial injusta levada a cabo por razões políticas.
Oras, considerar a Lava Jato uma ação política destinada a perseguir lideranças políticas da esquerda, e não uma investigação de crimes de corrupção, faz parte do núcleo da narrativa mentirosa que a esquerda e parte da grande imprensa usam para tentar deslegitimar a operação. A ação de Glenn Greenwald veio justamente somar-se a essa narrativa, tentando dar a ela alguma materialidade por meio da divulgação de material privado roubado, suspeito de adulteração, disfarçado de trabalho de jornalismo investigativo.
A esse quadro de prática de crime continuado levado adiante por razões políticas, respaldado pela grande imprensa e por instituições e ancorado cinicamente em uma noção enviesada do direito ao sigilo de fonte, soma-se a a lentidão das autoridades encarregadas de investigar tais crimes. Ainda que o trabalho de investigação envolva sigilo, é inaceitável que até o momento Glenn Greenwald não tenha sido ao menos convocado a prestar esclarecimentos na Polícia Federal sobre suas ações.
A falta de resposta ou de satisfação ao público, ainda que parcial, por parte da Polícia Federal a respeito desse episódio é tão emblemática e inaceitável quanto a não elucidação plena, até o momento, da investigação sobre o real mandante da tentativa de assassinato do então candidato Jair Bolsonaro. #CriticaNacional #TrueNews #RealNews
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